Capítulo 73

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Martina

Domingo, dia de ir ver a família. Acordei 11h e enrolei um pouco pra levantar. Meu cabelo estava todo embaraçado por causa do Vitor e foi um parto pra pentear, ajeitei ele, peguei qualquer roupa e fui tomar um banho.

Botei uma calça jeans, uma blusinha simples e um casaco. Calcei meu tênis, passei um rímel e um lip tint e fui lá pra cozinha pegar uma fruta.

— Bom dia minha linda — falei pra Maju que cozinhava.

— Ótimo dia pra você né sua safada — falou mexendo na panela e eu ri.

— Mentira que você ouviu — falei pegando a maçã.

— Porra Martina, meus ouvidos sofreram. Quase sai de novo.

— E porque não saiu? — falei e ela me fuzilou com o olhar, vindo me bater com o pano e eu ri — Desculpa minha vida, juro que vou parar.

— A mulher que não tem vida sexual ativa igual a sua ela SOFRE — ri.

— Cadu tá aí, tem mó cara que fode bem.

— Pois é, mas agora quem me chutou foi ele — meu queixo foi no chão.

— Mentira — falei encostada na parede — Também, o coitadinho cansou de ser feito de otario.

— Tá Martina, segue teu rumo — dei risada e fui dar um beijo em seu rosto, logo saindo porta fora. E nisso tive uma ideia.

Bati na porta do Vitor e uns minutos depois ela abriu.

— E aí, namorada mais linda — ele disse sem camisa e com um sorrisão.

— Oi bebê — o cumprimentei com um selinho — Quer ir almoçar nos meus pais?

— Será que é uma boa? — fez uma carinha.

— Eles já te conhecem, mas agora estamos namorando — falei — Vamos contar.

— Beleza, entra aí e espera um pouco — entrei e fechei a porta enquanto ele correu se arrumar. Sentei no sofá da sala e nisso vi que havia chegado notificação no celular do Vitor, que estava do meu lado. Dei uma olhadinha e vi ser uma Duda mandando mensagem no Insta, mas relevei.

Ele logo veio todo arrumadinho e achei a coisa mais linda.

— Sou sortuda demais, cara — falei levantando e ele veio até mim.

— Eu que sou sortudo, minha morena linda — envolveu seu braços em mim e eu coloquei as mãos em seu rosto — Amo você.

Dei um beijo nele e ficamos de chameguinho até resolvermos ir logo.

Enquanto iamos no carro o celular do Vitor tocou e ele falou pra eu atender.

— Duda F? — o olhei e ele fez uma cara de assustado.

— Não atende — falou e eu atendi.

— Alô?

— Hã... oi? Namorada do Vitor?

— Sim, ele não pode falar agora.

— Hm, então ligo depois — e desligou na minha cara.

— Pronto, era só o que faltava — ri enquanto o Vitor estacionava — Quem é essa, meu pai?

— Minha ex — parou o carro e me olhou com uma cara de quem tá cansado dessa menina.

— Eita — arrumei meu cabelo e desci do carro — Devo me preocupar? — perguntei enquanto ele vinha pra perto.

— Jamais, minha gata — colocou o braço em volta do meu pescoço e fomos entrando em casa.

— Filha! — meu pai abriu a porta e eu sorri indo abraçá-lo.

— Que saudade do meu véio — o abracei bem e ele me deu um beijo.

— Véio não Martina, pô — falou e eu entrei enquanto ele ia cumprimentar o Vitor. — Então esse é meu genro?

— Esse mesmo, pai — sorri vendo a carinha tímida do Vitor.

— Lembra de mim, seu Carlos? — o abraçou.

— Hm, não muito, são tantos que a Martina traz — ele disse fazendo eu rir alto.

— Aí que engraçado você é, né meu filho — puxei o Vitor pela mão e meu pai riu fechando a porta.

— VITOR! — minha mãe o viu e veio correndo abraçá-lo.

— Que bom que eu sou sua filha e não ele — sorri e ela fez uma cara pra mim, vindo me abraçar.

— Saudade de vocês meus bebês. O que me contam?

— Namoro oficial — mostrei minha mão com o anel e minha mãe abriu um sorriso imenso.

— Mentira filha! — abraçou nós dois extremamente faceira.

— Tava na hora né gente — meu pai disse e eu o olhei — Só estou brincando filha, tudo no seu tempo — falou com um sorrisinho.

— De boa sogrão — o Vitor disse e eu e minha mãe rimos da forma que ele falou.

— Martina? — reconheci a voz do meu baby e logo vi ele se aproximando com uma mamadeira.

— Oi meu bem — o peguei no colo e o enchi de beijo — Como você tá?

— Você vai casar? — nós rimos.

— Não, Thur. Eu e o Vitor namoramos, ainda não é casamento — Arthur olhou pro Vitor com aqueles olhões azuis e o Vitor sorriu. Todo mundo que conhece ele sabe que seu sonho é ter filho.

— Eu gosto do Vitor — sorriu.

— Eu também gosto de você, parceiro — Vitor disse e o pegou no colo.

O almoço foi tudo de bom, eu estava feliz com minha família e meu namorado, e pra falar a verdade acho que nunca estive tão feliz.

Eu e Vitor fomos brincar um pouco com o Arthur e ele logo cansou. Foi tomar uma água e eu e o Vitor ficamos no quarto conversando.

— Sabia né? — ele disse e eu franzi a sobrancelha enquanto me ajeitava na cama — Que a gente vai casar — deu um sorriso e foi impossível não rir.

— Eu te amo garoto, entenda!!! — sentei e o puxei pra um beijo.

— To falando sério, nega — pousou a mão na minha nuca e ficou acariciando — Não me vejo com outra pessoa sem ser você mais, sem brincadeira.

— Para que eu choro — falei dando um sorrisinho bobo — Eu também não me vejo mais sem você. Acho que nunca fui tão amada assim por alguém.

— Você merece muito amor, mulher — me deu um selinho — E caralho, nossa história é louca, quem diria.

— Real, eu não gostava de você — rimos.

— Não sei porque se sou um querido com todos.

— Aham, muito querido que você foi quando eu levei a tua encomenda lá — ele fingiu estar pensando.

— Não me recordo — ri e dei uma empurradinha no seu ombro.

— Otario. Ainda tinha uma garota lá que também me tratou igual bosta.

— Aquela sim é uma sem noção. A garota que você atendeu hoje. Ela.

— Humm, não lembro direito quem é.

— Que bom — riu.

— Cara, faz quantos tempo que nós nos conhecemos? — perguntei.

— Uns 7 meses por aí, passou rápido — falou e na minha cabeça passou um filme de tudo que vivi com o Vitor e o resto do pessoal.

— 7 meses que você tem a melhor vizinha — zoei.

— Graças a Deus — sorrimos e ficamos trocando uns beijos ali.

SintoniaOnde histórias criam vida. Descubra agora