Capítulo 98

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Maju

Finalmente o Natal havia chegado, e eu estava passando na casa dos meus pais, com o Cadu junto. Pois é, resolvemos ir ficando até ver o que dava e agora estamos aí, não é um namoro, mas estamos bem assim.

No ano novo eu e o pessoal nos organizamos pra ir pra Cabo Frio onde os primos do Miguel tem casa. Já havíamos planejado tudo e por incrível que pareça eu nunca fui pro RJ, nunca saia de Santos na verdade, mas seria foda.

— Então Carlos, cê faz o que? — meu pai perguntou enquanto estávamos na sala esperando a hora de comer.

— Tô terminando a faculdade de direito, mas o sonho do meu pai era que eu fosse médico — disse e bebeu um gole da cerveja. Fui lá pra cozinha ajudar minha mãe deixando eles conversarem e terminamos de ajeitar tudo na mesa.

Cadu tirou uma foto nossa e eu acabei deixando ele postar no story, não precisávamos esconder de ninguém e além de tudo éramos amigos. Fomos comer e eu estava amando passar um tempo com meus pais e ele. Mas ainda sim eu sentia falta do meu irmão, todo ano.

< Pra quem não lembra, em um capítulo mais anterior Maju conta que seu irmão sumiu da vida deles por conta das drogas, e nunca mais tiveram contato com ele >

Story do Cadu:

Story do Cadu:

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Martina

Esse natal com certeza foi um dos melhores da minha vida. A mãe do Vitor e a Milena vieram passar aqui em casa com minha família, e isso era importante demais pra nós. Nossas mães se deram muito bem e a Milena e eu estavam bem próximas.

— Tina, o Gui pode vir aqui depois? — ela disse baixo no meu ouvido.

— O seu ficante? — sorri e ela sorriu de volta — Claro que sim, quero conhecer meu cunhadinho.

— Hm, cunhadinho? — Vitor chegou e parou na nossa frente.

— A Milena tem quase 18 anos, amado. Aposto que você com uns 13 era pior e agora fica nessas — ela riu e ele me olhou cerrando os olhos.

— Tá pedindo pra levar uns tapas hoje né? — ele falou e a Milena fez barulho de vômito.

— Me recuso a escutar isso, por favor — disse saindo de perto e a gente riu enquanto ele me abraçava. Tinha bastante gente da minha família ali, uns na sala e outros na cozinha, incluindo uns primos chatos e umas tias irritantes que já tinham vindo encher o saco meu e do Vitor.

— Tenho uma surpresa pra você lá em casa depois — ele disse no meu ouvido.

— Agora não é mais surpresa — ri.

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