MARTINA
Acordei sentindo meu braço dormente e quando abri os olhos vi que o Vitor não tava mais ali. Levantei e me espreguicei, vi no celular ser seis e meia então daria tempo de eu ir pra aula. Quando estava escolhendo minha roupa senti um frio tomar o meu corpo e estranhei porque estava maior sol lá fora e eu ainda estava suando. Coloquei uma calça jeans, uma blusinha preta e um moletom por cima, calcei meu tênis e penteei meu cabelo, deixando ele como estava. Quando fui fazer a make de sempre senti um mal estar e um pouco de enjoo, então fui lá pra cozinha procurar um remédio.
- Tina? - o Vitor disse sem camisa enquanto comia o pão e nisso eu me senti tonta e me segurei na parede, fazendo ele levantar rápido e me segurar - Que isso, Martina?
- Eu não tô me sentindo muito bem - coloquei a mão na cabeça e sentei - Acho que comi muita pizza e tomei muita cerveja porque tô bem enjoada - joguei a cabeça pra trás.
- Maior calor e você de moletom, tá com frio? - colocou a mão na minha testa e eu concordei - Só pode ser febre.
- Não é febre - levantei - Eu preciso ir pra aula daqui a pouco.
- Ta doida? Hoje você não vai - ele me colocou sentada na cadeira de novo e foi até o armário, começando a procurar algo. Pegou um remédio e me entregou junto com um copo de água - Toma pra aliviar um pouco - eu tomei e larguei o copo em cima da mesa.
- Quer comer? - ele perguntou e eu neguei com a cabeça.
- To sem fome - levantei e ele passou o braço pela minha cintura, me guiando lá pra dentro.
- Acho melhor você tomar um banho frio, Tina - falou e eu tava passando mal real, a vontade de me atirar na cama e nunca mais levantar tava enorme e eu me sentia fraca.
- Tá - tirei meu moletom de qualquer jeito e a minha calça logo em seguida, jogando tudo na cama. Ele tirou a minha blusa e me levou até o banheiro, ligou o chuveiro e foi comigo pra baixo dele.
Eu tirei o sutiã ficando somente de calcinha e ele entrou de samba canção mesmo só pra me ajudar. Ele me virou de costas pra ele e grudou meu corpo no seu, deitando minha cabeça no seu ombro e passando a mão com a água gelada no meu rosto. Fiquei ali com ele até dar uma aliviada e depois enrolei meu cabelo na toalha enquanto ele se secava e colocava a roupa rapidamente. Me sequei e assim que acabei ele veio com um pijama curto e fresco pra mim, eu coloquei e quando voltei pro quarto o ar estava ligado.
- Penteia pra mim? - peguei a escova de cabelo apontando pra ele com um sorrisinho e ele riu nasal. Sentei na cama e tirei minha toalha. Ele penteou com cuidado enquanto ia massageando minha cabeça e juro, eu não queria mais nada. Eu relaxei um pouco e consegui respirar melhor, a tontura e o enjoo diminuíram e eu deitei na cama com o Vitor assim que ele penteou meu cabelo.
- Obrigada - falei me aconchegando no peito dele e ele me abraçou enquanto eu fechava os olhos e descansava.
- Só quero te ver bem - falou e eu sorri de olhos fechados.
MAJU
Acordei com um movimento estranho na cama e abri os olhos vendo o Cadu sentado de costas pra mim.
- Cadu? Tá fazendo o que aqui ainda? - sentei rápido e me tapando com a coberta pra ele não ver meu baby-doll.
- Pô, não queria te acordar - levantou e eu desviei o olhar pra não ter que olhar pro seu abdômen.
- Se veste e vai - falei olhando pra baixo.
- Calma aí, Júlia - falou catando a blusa dele e eu ergui as sobrancelhas - Não sei porque esse estresse, você sabe que não rolou nada mesmo.
- Tchau, Cadu - falei e ele colocou o sapato, pegando seu celular e suas coisa de cima da minha mesinha.
- Abre lá pra mim - falou e eu bufei.
- Ai, que inferno - levantei com o meu pijama minúsculo e sai andando na frente dele já sabendo que ele estava dando uma bela de uma olhada.
- Obrigado pela hospedagem - sorriu.
- De nada, volte nunca - sorri de volta e ele riu.
- Agora eu vou, juro - foi saindo mas antes de eu fechar a porta ele veio rapidamente e beijou minha bochecha, riu e saiu andando me deixando com cara de pamonha.
Fechei a porta e tranquei a mesma pensamento na noite anterior. Eu já estava meio altinha e quando o Cadu me perguntou se podia dormir aqui porque o Miguel ia pra Renata e não queria ouvir eles transando eu não vi problema e deixei. Mas agora em sã consciência em percebi que fui idiota em deixar um cara que mal conheço dormir na mesma cama que eu.
Fui andando lá pra dentro e passei pelo quarto da Martina que tava com a porta entreaberta. Dei uma olhada e vi ela de pijama dormindo no peito do Vitor enquanto ele olhava reto parecendo pensar em algo. Voltei pro meu quarto e me atirei na cama, ainda mais porque hoje eu não teria aula, só a tarde eu trabalharia e ainda sairia bem mais cedo porque nos sábados é assim.
Fechei a cortina blackout pro quarto ficar bem escuro e fechei a porta, fechei os olhos e fiquei viajando nos meus pensamentos até dormir. Acordei depois de um tempo com barulhos no corredor e levantei vendo ser já meio dia e meio. A Martina tava no sofá com o Vitor vendo algo na TV e ela tava com uma cara de doentinha daquelas. A irmã do Vitor acabou vindo pra cá almoçar com a gente e aproveitamos pra conhecer mais ela, e ela era uma menina maravilhosa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sintonia
RomanceTudo ocorria bem na vida de Martina, uma universitária que a recém tinha conseguido a liberdade que sempre quis se mudando para um apê com a amiga. Mas as coisas parecem mudar de rumo quando ela conhece seu vizinho, Vitor.