Tudo ocorria bem na vida de Martina, uma universitária que a recém tinha conseguido a liberdade que sempre quis se mudando para um apê com a amiga. Mas as coisas parecem mudar de rumo quando ela conhece seu vizinho, Vitor.
Eram umas 4 da manhã e eu cheguei em casa, me senti um pouco enjoada da viagem e subi me arrastando até o apê. Vitor foi pro dele descansar e eu entrei no meu vendo tudo escuro, acendi a luz e Maju dormia no sofá.
— Ai! — ela disse dando um pulo — Que merda, dormi sem querer. Tava te esperando — falou levantando e logo sorriu vindo me abraçar — Odeio ficar longe da minha maninha.
— Saudades amorrr — a abracei e assim que a gente se afastou percebi suas olheiras— Você não tá dormindo né? — falei e ela engoliu seco, olhando pra baixo.
— Meu irmão morreu — fiquei travada, mas pior que eu já achava que ele estava morto.
— Como assim, Maria? — perguntei preocupada e ela suspirou.
— Apareceu do nada na tv que um cara tinha morrido a tiros no Rio, e logo me ligaram pra avisar que era o Yuri — ela disse e eu a abracei.
— Eu sei o quanto você pensava nele, mas ele nunca deixou de te amar — falei a abraçando forte.
— E o pior é que no dia do seu aniversário ele me mandou um "te amo" e eu nem sabia que era ele, nem respondi de volta — falou com os olhos marejados e segurei forte sua mão.
— Não tinha o que fazer, Maria. A gente sabia que uma hora ou outra ia acabar acontecendo... dói mas passa.
— Dói muito — disse e caiu no choro. A abracei de novo e ficamos ali uns minutos enquanto ela chorava nos meus braços. Cadu veio lá de dentro com a cara amassada e quando viu a gente fez uma cara e deu uns passos pra trás tentando fazer silêncio.
Limpei o rosto da Maju e levei ela pra tomar uma água, depois fui pro meu quarto e ela foi pro dela com Cadu. E assim que deitei desmaiei. .
Acordei no outro dia com vozes na sala e assim que levantei vi no celular que eram quase 15h da tarde. Fui até a sala e vi Maju, Renata e Leticia.
— Já tão com saudade de mim? — falei.
— Saudade da Maria, isso sim — Letícia disse e eu fiz uma careta.
— Tem almoço pra você ali, amiga — Maju disse e eu mandei um beijo pra ela indo até lá. Me servi rapidamente e comecei a comer, estava com fome.
Escutei Maju falando do irmão dela mas meus pensamentos estavam longe. Pensei no Vitor, no nosso casamento, em eu deixando a Maria, em ter filhos, na faculdade, nesse novo ano, na minha família... várias coisas ocupavam minha cabeça, e nisso peguei meu celular pra mandar mensagem pro Vitor mas ele deveria estar dormindo.
Terminei de comer, lavei a louça e fui ficar com minhas amigas. Chamei Nanda também mas ela estava na casa dos pais do Biel, então fiquei só com as três vendo uns filmes e conversando o resto do dia.
— Tá gostando de ficar com Cadu? — Renata perguntou pra Maju tomando seu copao de refri.
— Ai... — ela sorriu olhando pra baixo — Demais, que saco — a gente fez um "own" todas juntas e ela riu.
— Vocês combinam demais — Letícia disse.
— Esperei demais por esse momento — Renata disse e eu concordei — Minha cunhadinha — abraçou Maju de lado que deu uma risada.
— Que loucura né, todas estamos de boa nos relacionamentos — falei e elas concordaram felizes.
— Todas em momentos bons — Letícia disse mas logo lembrou do irmao da Maju, ficando meio sem jeito.
— Logo nasce a Sarinha e logo tem meu casamento, vou surtar — falei mudando de assunto e elas começaram a falar sobre isso empolgadas.
— Cadu que nao me apresse em nada que já termino tudo — Maju disse e nos rimos.
— Ai, boba... — Leticia disse — Finalmente tô namorando e tô amando.
— E eu nunca me dei tão bem com alguém, foi um encontro de almas com Miguel — Renata disse e isso era verdade, eram perfeitos juntos.
Pelas 17h fui de pijama mesmo ver o Vitor que não respondia e depois de bater muito na porta ele abriu sem camisa e torto de sono.
— Oie! — falei sorrindo e entrei enquanto ele estava com os olhos meio fechados.
— Me acordou, feiosa — falou fechando a porta.
— Como você conseguiu dormir até agora? — falei.
— Não sei — passou reto e foi indo até o quarto.
— Você me odeia? — perguntei parada e ele se virou pra mim dando um sorriso e coçando os olhos.
— Eu te amo, mulher — veio até mim e me abraçou — E se você me ama, vem dormir comigo — eu ri e fui deitar com ele.
Ele logo apagou de novo e eu fiquei no celular, vendo o Instagram e já postando uma foto que estava guardada com o Vitor. Postei e me ajeitei no corpo dele, logo dormindo junto.
@tinabeltrame: te amo pra sempre 🥺
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Biel
Meus pais amavam a Fernanda então o dia foi bem tranquilo lá em casa, só os amigos de 16 anos do meu irmão que ficavam de graça com minha namorada.
— Sério, Gabriel — ela dava risada do meu lado enquanto eu estava sério — Eu tava te zoando, idiota.
— Vai lá cuidar das suas crianças — falei e ela ria ainda mais.
— Jamais iria trocar um homão desses por aquele garoto, acorda — falou se referindo a mim e eu dei uma risadinha — Eu te amo filho da puta — me falou e a olhei com um sorriso. Puxei seu rosto e a beijei.
Fazia tempo que eu não me apaixonava e a Fernanda era tudo pra mim, me fazia bem e eu já estava acostumado com ela na minha vida, na minha rotina e até inclusa no meu futuro... me permiti sentir e ficar com ela.
