Capítulo 70

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Primeiramente, gostaria de me desculpar com vocês que leem e gostam de Sintonia, passei um looongo tempo afastada daqui e sem postar nada. Acabei tendo real um grande bloqueio criativo e dei foco a outras coisas da minha vida. Mas, como muita gente gosta dessa história e ela é muito especial pra mim, não posso deixá-la sem um fim. Então tentarei terminar ela o quanto antes, já que está quase no final, e espero mesmo que vocês me entendam e gostem das atualizações. ♥️

Maratona 1/12
Martina

Umas semanas haviam se passado e já estávamos no mês do aniversário da Lara. Ela já estava morando aqui em Santos e tudo corria bem, pelo menos pra mim.

Era uma noite de sexta-feira e o pessoal estava aqui em casa pra jantar, beber e afins. O Vitor estava com a Maju e o Miguel no sofá enquanto o Tiago e o Biel enchiam o saco da Leticia e da Fernanda.

— Tina — a Leti me chamou e eu a olhei — O Gustavo tá me esperando lá embaixo, vou ir ok?

— Aham — dei um sorrisinho malicioso — Toma cuidado.

— Vou tomar — me deu um beijo no rosto e saiu. Ela e o Gustavo se aproximaram cada vez mais e sempre estão se vendo fora da faculdade, mas eles precisam se cuidar porque ele é ainda é o professor dela, e todo mundo sabe que professor com aluna não dá muito certo.

A Lara não tinha vindo por causa do Tiago e a Renata estava vindo com o Cadu.

Maju

Eu estava conversando com os meninos quando a campainha tocou e eu vi ser o Cadu e a Renata. Ele estava bravo comigo, e eu estava também.

Fiquei com ele algumas poucas vezes, e todas elas eu estava sob efeito de bebida. Eu sou extremamente idiota. E na última vez que saímos todos juntos eu fiquei com um cara e ele ficou bravo. Veio brigar comigo e eu mandei ele a merda, discutimos bastante. Mas eu não estou errada, eu sou solteira e ele sabe que eu não me prendo as pessoas, ainda mais a ele que não conheço a muito tempo.

— Maju, vai lá falar com ele — o Vitor falou porque eu tinha contado a ele, e fiquei olhando pro Cadu enquanto ele conversava com a Martina. Ela apontou pro corredor e ele foi lá, mas antes olhou pra mim, que engoli seco.

Eu esperei um pouco e levantei, indo até lá. A porta do banheiro estava fechada então esperei ele encostada na parede. Escutei ele destrancando e respirei fundo.

— Oi — falei assim que ele saiu. Ele não respondeu e saiu andando, mas eu o puxei — Sério que você vai ficar bravo comigo por causa dessa merda?

— Aí Júlia, me deixa na minha — ele disse e saiu mas eu puxei seu braço de novo.

— Cadu, por favor! Eu não vou te deixar ir até me dizer o real motivo por você estar bravo comigo. — falei como se não soubesse e ele riu.

— María Julia você não é nada burra.

— Eu sei que não mas eu não estou entendendo sua chateação — falei e ele se encostou na parede enquanto suspirava.

— Você ficou comigo, foi legal comigo, deu a entender que você estava afim assim como eu estava, e no dia que eu achei que a gente ia ficar junto de novo você pega outro cara na minha frente, e ainda um moleque daqueles, véi. Eu acho que eu sou bem melhor que isso, beleza? E também acho que eu criei expectativa demais.

— Cadu? Eu sou solteira, você ficou bravo por nada! Nossa, é isso que me irrita em você, você é... apegado demais.

— Sou mesmo, e daí caralho? É crime eu ser desse jeito? Você ainda pega alguém na minha frente sabendo que sou assim, Julia. Eu acho que não sou do jeito que você pensa que eu sou — a última frase me matou.

— O que você quer que eu faça? — perguntei baixo.

— Só para de me dar falsas esperanças. Você é uma das mulheres mais lindas que eu já conheci, e por isso eu quis tanto você, mas cê sempre me tratou que nem cachorro e acha daora ficar me usando. E isso não é legal, cara — agora sim eu estava morta e enterrada.

— Cadu... — falei e ele suspirou esperando eu falar — Me desculpa.

— Beleza — ele falou e eu puxei ele pra um abraço, ele ficou meio parado mas logo me abraçou de volta.

— Você é bom demais pra mim — falei.

— Não sou, mas sei que não mereço isso, ser tratado desse jeito tá ligada? — ele disse e se afastou.

— Eu vou tentar não agir mais assim, tá? — falei e ele intercalou o olhar na minha boca e nos meus olhos.

— Eu não quero mais isso, acaba por aqui — ele disse  calmamente, se afastando e eu não consegui falar nada — Desculpa, Júlia. — ele falou e saiu andando me deixando ainda mais perdida.

Fiquei meio blé depois disso e fui pro meu quarto, troquei de roupa, tomei um remédio pra dormir e capotei.

Renata

Depois de cumprimentar todos meus migos, fui sentar perto do Miguel e vi que ele estava estranho.

— O que houve, amor? — perguntei perto do seu ouvido e ele pareceu dar uma acordada.

— Nada, vida. Tô pensando só em umas coisas — falou passando o braço pelos meus ombros e me puxando mais pra ele.

— Tem certeza que tá bem? Não quer ir embora? — o olhei e ele negou com a cabeça dando um gole na cerveja.

A gente ficou conversando com os outros mais um pouco e depois fomos comer. O Cadu estava com uma cara péssima e a Maju tinha sumido. Todos estavam estranhos ultimamente, com a cabeça longe, menos o meu casalzinho Vitina, que parecia cada vez mais feliz.

Depois de comer o Cadu quis ir embora e uns minutos depois a Letícia chegou com uma cara mais feliz impossível. O Gustavo a fazia bem.

O Biel e a Fernanda ainda moravam juntos e pelo o que a Nanda nos falava, eles se pegavam as vezes mas não era nada sério. Os dois foram embora também e eu logo fui com o Miguel.

— Renata — Miguel me chamou quando estávamos saindo do prédio e eu parei na sua frente — Sei que eu tô estranho hoje, eu real tô meio longe.

— O que aconteceu meu bem? — passei a mão no seu rosto e parei ela na sua nuca.

— É isso, tá vendo? Você é toda atenciosa e fofa, e eu não, eu sou seco e acho que não te dou a atenção que você merece, sei lá.

— Aí Miguel — dei uma risadinha — Nada haver isso, bebê. Você é fofo sim, do seu jeito, e me faz muito bem assim. Eu entendo seu jeito e você o meu. Não precisa se sentir mal por isso — ele sorriu meio torto e botou as mãos na minha cintura.

— Amo você minha loirinha — ele disse meio baixo e eu me derreti toda.

— Eu te amo meu amorrrr — dei um selinho nele — Você é muito bebê — ele riu e veio cheirar meu pescoço.

— Dorme lá comigo? — falou e eu fingi pensar.

— Só se você ver The Originals comigo.

— A série do Klaus lá? — sorri vendo que ele lembrou e concordei — Bora mulher, por você eu faço tudo.

O puxei pela mão até o carro e fomos felizinhos pra casa. Ô vida boa.

SintoniaOnde histórias criam vida. Descubra agora