Capítulo 75

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Martina

Cheguei em casa meio dia com um rango pronto e a Maju ficou na faculdade. Arrumei a mesa e enquanto comia mexi no celular.

✉️ Só os confirmados
Biel: Po galera
Biel: Milianos que não saímos juntos 🥺
Leti: Real, saudades grupao
Biel: Rolê hj?
Tiago: Resenha no Biel gogo
Maju: Apoio
Martina: Credo gente já tá frio
Renata: Parou amiga, não mete essa
Vitor: Tendel sem Martina fica ruim
Maju: PROOOONTO rabo da Martina
Miguel: Vitor boiola
Vitor: Quem falando queridão
Vitor: E sou mesmo não gostaram vão se fuder
Martina: KKKKKKKK te amo vida
Martina: Bele então vamos
Leti: Chama a Laraaa, sdd da nega
Martina: Siiim
Tiago: 😶
Biel: KKKKK eita carai
Miguel: Enviou um link: Youtube: Supera - Marília Mendonça.
Maju: KKKKKKKKK A NAOOO
Renata: KKKKKKK MIGUELLL
Tiago: Se fode vei KKKKKKKK
Fer: Gente q isso kkkkkkkk
Maju: A casa de vocês hoje vai bombar Fer
Fer: Gente, segunda feira...
Miguel: Todo dia é dia de beber irmã
Renata: Disse tudo
Renata: Chamo o Cadu?
Maju: Kk
Biel: Porra Maria Júlia KKKKKK
Vitor: Todo mundo brigou aqui é?
Miguel: Aí Vitor, todos os casais em colapso menos o nosso 🤝
Vitor: Boa
Leti: Prooonto, Miguel sabe de nada
Vitor: Ihh Leti furacão tá off e nem me contou
Leti: 🤫🤫
Martina 👀

Eu ria muito com eles, e realmente estávamos nos afastando, então eu iria hoje pra os ver e esquecer um pouco o resto do mundo. Terminei de almoçar, lavei a louça e me arrumei pra voltar pra faculdade, tinha uma aula até as 15:30, já que tinha parado com o estágio. Inclusive saudades do consultório.

Mandei mensagem pra Lara que provavelmente estava dormindo ainda, a chamando pra ir no Biel. Vitor tambem estava na faculdade então depois pegava carona com ele. Juro que só queria ter o meu carrinho logo.

Vitor

Final de aula e eu estava com um sono fora do normal, sai da sala com uns amigos e desci pra encontrar a Martina que me esperava do outro lado.

— Fala minha gata — dei um selinho nela e passei o braço pelo seu pescoço, enquanto seus cabelos longos e morenos se mexiam de acordo com o vento que estava.

— Quer ir em algum lugar? — perguntou.

— Tipo qual?

— Sei lá, não tô muito afim de ir pra casa agora.

— E eu só querendo ir dormir um pouco com minha morena — falei em um tom cansado e ela sorriu.

— Po meu bem, então bora — envolveu os braços no meu pescoço e realmente nos estávamos num grude só.

— Martina — escutei uma voz masculina chamar e quando olhei era aquele filho da puta do Matheus. A expressão da Martina mudou rapidamente e a minha também.

— Cara, melhor não — falei enquanto a Martina bufava e estava visivelmente incomodada com a presença dele.

— Eu preciso falar com a Martina, fica fora irmão — disse em um tom meio grosso, meio desesperado sei lá.

— Porra mas ce tá achando que é quem? Ninguém aqui tá afim de falar com você caralho, segue teu rumo — falei aumentando o tom de voz mas ele não moveu um músculo, enquanto Martina segurava minha mão.

— Tina por favor — olhou pra ela que olhou de volta pra ele, fazendo eu sentir uma coisa ruim.

— Só fala — ela disse séria e ele respirou fundo dando uma mordidinha no lábio.

— Pode vir comigo?

— Mas é claro que ela não vai contigo, mano. Tá viajando? Vaza — ela me puxou um pouco pra trás e deu um passo pra frente.

— Puta que pariu Matheus, pra que? Fala logo, o que foi? — ela disse irritada e ele ficou olhando pra ela uns minutos antes de dar as costas e ir embora — Caralho, que ódio eu tenho disso, sério mesmo — ela falou e a senti triste.

— Não fica pensando muito, Tina. Esse merda faz isso só pra te deixar assim.

— Você acha que eu não sei? Isso me deixa puta. E mal. Ainda mais porque eu sou uma pessoa que pensa muito e cria 300 situações na cabeça. Fazia tempo que ele não falava comigo e eu não faço ideia do que seja.

— Relaxa Tina, respira. Não devia ser nada demais — peguei sua mão novamente e fui dar um abraço mas ela se desvencilhou.

— Só vamos embora — saiu andando e eu fui atrás. Fazia tempo que ela não era grossa comigo mas eu entendia a situação. E é o jeito dela real, ainda mais quando acontece essas coisas.

Nunca fui com a cara desse Matheus e depois de tudo que rolou aquela vez peguei um nojo imenso. Sem caráter da porra, tem que se fuder muito um moleque desses.

Enquanto eu dirigia pra casa a Martina seguia quieta só mexendo no celular. Isso mexeu com ela e ela estava meio estressada, então era melhor deixar ela no canto dela. Aprendi a lidar com a Martina e sei que ela precisa de espaço nessas horas.

Entrei no estacionamento do prédio deixando o carro e fomos subindo juntos.

— Tina? — a chamei enquanto esperávamos o elevador.

— Oi — me olhou com uma cara bonitinha.

— Tá bem?

— Tô sim, relaxa — deu um sorrisinho amarelo e entramos no elevador.

— Qualquer coisa sabe que eu tô aqui pra você, né? — falei e ela concordou com a cabeça enquanto me olhava — Não quero você mal por causa daquele porra — deu uma risadinha nasal.

— Obrigada, Vitor — se aproximou de mim e botou as mãos no meu rosto — Mas eu vou ver o que faço. Parecia ser sério.

— Será que era ou ele fez parecer só pra conseguir tua atenção? — ela apertou os lábios e foi se soltando de mim.

— Sei lá — olhou pra baixo e saiu assim que abriu o elevador — Te vejo depois? — concordei e mandei um beijo. Ela sorriu e entrou em casa. Foda.

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