Martina
Já tinham se passado duas semanas do pedido de casamento e eu estava me preparando psicologicamente pra contar pros meus pais. Era uma segunda-feira e eu estava de férias, então resolvi ir almoçar nos meus pais e depois passar na casa do Vitor. Eu vi a mãe dele umas duas vezes e nunca tinha parado muito pra conversar com ela, e a Milena a mesma coisa, mas diz o Vitor que ele fala muito de mim e não tem quem não me ame.
Havia me arrumado bonitinha e pegado uma mochilinha pra levar, pra botar biquíni e essas coisas, verão, piscina e churrasco era tudo pra mim. Vitor estava me esperando na sala então fomos.
— Já pensou no que eu te disse? — ele disse no elevador.
— Vitor — segurei seu rosto — Eu já vivo com você no seu apê, não tem porque eu ir pra ali agora, se eu estou ali a todo momento. A gente nem casou ainda, relaxa.
— É momentâneo, até a gente conseguir nossa casa.
— Pra isso tem que ter preparo, amor — falei saindo do elevador — E por enquanto tá bom assim, deixa.
Entramos no carro e fomos. Estávamos pensando em casar lá por junho ou julho, tínhamos que nos preparar de verdade e seria a coisa mais importante da minha vida. Eu ainda não acreditava que era real.
Chegamos em casa e o Arthur estava brincando ali na frente de casa com minha mãe.
— Martina! — ela disse assim que me viu e o Arthur repetiu.
— Oi amores — entrei e os abracei.
— Bom dia minha sogra maravilhosa — Vitor disse a abraçando — E bom dia cunhado, tá gatão.
— Você também cunhado — Arthur disse fazendo a gente rir. Ele sempre aprendia essas palavras com o Vitor.
Entramos em casa e fomos lá no fundo onde meu pai assava a carne, falei pro Vitor ficar lá com ele e eu iria contar pra minha mãe primeiro.
— Preciso te contar uma coisa — a puxei pra um canto da sala enquanto meu pai e o Vitor ficavam lá fora.
— Tá grávida — ela disse cruzando as mãos na frente do rosto e eu ri.
— Pelo amor, não — suspirei enquanto ela me olhava e mostrei minha aliança fazendo ela fixar seu olhar nela — Tô noiva — e ela caiu no choro.
— Martina de Deus — me abraçou forte e meu sorriso era imenso — Tô sem palavras, Tina. Não achei que seria tão rápido mas... amei! — se afastou e pegou minha mão pra olhar.
— Estamos pensando em casar daqui uns meses, tipo junho ou julho.
— Ainda tô em choque, filha. Vocês são lindos demais, e como esse homem te faz bem né?
— Demais, mãe. A melhor pessoa que eu poderia ter, sou feliz demais com ele.
— E você tá pronta pra ser esposa dele? Morar junto, virarem marido e mulher real oficial? — suspirei.
— Acho que sim, eu quero! Pode ser cedo mas é o que eu quero.
— Se você tá feliz eu tô feliz, amor. E sempre vou te apoiar em tudo — sorriu segurando as lágrimas e me abraçou de novo — Quero ver a reação do seu pai. E já quero ligar pra sua vó, pras suas tias... ou chamar elas pra vir aqui, o que você acha? Contar pessoalmente.
— Calma mãe — eu ri enquanto íamos lá pra fora — Primeiro vamos almoçar e depois eu conto pro pai. Mais tarde anunciamos pra família.
Fomos lá pra área da churrasqueira levando arroz, farofa, maionese e a salada enquanto meu pai e o Vitor estavam arrumando as carnes na mesa, e os pãos de alho. Almoçar em família era tudo pra mim, meus pais, meu irmão e meu futuro marido todos juntos.
Comi bastante como de costume e ficamos por ali conversando, Arthur ficou brincando com o cachorro que tínhamos ali e depois foi dormir um pouco.
— Pai! — o chamei enquanto ele bebia cerveja com minha mãe — Eu e o Vitor precisamos contar uma coisa — ele levantou da cadeira com uma cara assustada e eu ri.
— Sogro, eu queria pedir a mão da sua filha em casamento — demos as mãos e ele deu uma travada — O senhor permite? — ele olhou pra minha mãe e pareceu pensar.
— Mas é claro que eu permito, meu genro — veio e nos abraçou enquanto minha mãe sorria vendo a cena. Achei que seria bem mais difícil — Ainda acho cedo mas, apoio esse casamento. Você vai ficar linda de noiva minha filha — se afastou e olhou pra mim enquanto sorríamos.
— Amo sua filha mais do que a mim mesmo, Carlos. Não vejo a hora de estar casado com essa mulher — Vitor disse me dando um abraço de lado e me olhando e eu estava um pouco tímida.
— Você cuida bem da minha filha, rapaz. Quero que ela seja feliz, minha menina — meu pai disse acariciando meu rosto e nos ficamos por ali conversando.
Depois fui por meu biquíni e o Vitor o calção pra irmos na piscina. Amava dias assim, estava mil maravilhas.
Vitor
Ficamos na casa dos pais da Tina até umas 18h, depois fomos jantar na minha mãe. Martina estava nervosa e ansiosa porque quase nunca tinha conversando com minha coroa mas ela já amava minha mulher. E a Milena o mesmo, elas se conheceram no dia que eu dei um pt nada a ver na casa da Tina mas tinham conversado pouco também.
— Daí estávamos pensando de casar em junho ou julho, por aí — Martina disse ao lado da minha mãe no sofá, havíamos contado e ela tinha até se emocionado.
— Mano do céu, meu irmão que brincava comigo até ontem agora tá noivo — Milena disse chocada e eu sorri indo a abraçar de lado.
— Logo é você, fedida — ela me deu um empurrãozinho.
— Sai fora — riu.
— Vocês sabem que qualquer coisa que precisarem podem me pedir, amores — minha mãe disse levantando junto com Martina e deu sorriso era enorme — Meu filhinho noivo! — ela dizia com as mãos no rosto.
— Tô muito feliz, mãe — falei indo pertinho da Martina e a dando um beijo no rosto.
— Eu também estou, Vitor. E ver você assim é tudo pra mim, sempre lutou pelas suas coisas... meu orgulho — seus olhos estavam marejados e fui até ela, dando um abraço apertado. Milena veio junto e nos abraçou. Os dias de glória finalmente haviam chegado e estava tudo em paz, realmente.
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Sintonia
RomanceTudo ocorria bem na vida de Martina, uma universitária que a recém tinha conseguido a liberdade que sempre quis se mudando para um apê com a amiga. Mas as coisas parecem mudar de rumo quando ela conhece seu vizinho, Vitor.