Vitor.
Era tão bom estar com a Martina novamente. Eu ainda não sabia se namorar no momento era o que queríamos, então só me desculpei com umas rosas simples e comida que estava tudo certo. Ela me fazia muito bem e realmente eu não conseguia mais me ver sem essa menina no meu dia a dia. Ficar admirando ela enquanto ela se lambuzava de doce era o me hobby preferido.
— Olha só quem tá aqui — ouvi a voz da Maria Júlia e me virei vendo ela com cara de quem dormiu a tarde toda — Se acertaram?
— O que você acha? — a Martina disse e a Maju fez careta.
— Com comida a fera fica mansinha — falei e a Martina já me fuzilou com o olhar.
— Comida, vinho, e rosas. Vê se não é perfeito? — ela disse vindo apertar minha bochecha e eu ri envergonhado.
— Meu Deus, aonde que arruma um desses? — a Maju disse sentando perto da gente.
— E o Cadu, amiga? Ele é bem desses, e ainda é gato pra carai — ela disse e eu a olhei automaticamente — Ai, Vitor. Gato pra Maju.
— Uhum, tô ligado — falei me encostando na cadeira e as duas riram — Que foi, pô?
— Amorzinho — a Martina levantou da cadeira dela e sentou no meu colo, me dando um selinho e me fazendo dar um sorrisinho. A gente ficou trocando uns beijos e até esquecemos da presença da Maria Júlia.
— Deus que me perdoe — escutei a voz da Maju e ri. Logo escutei os passos dela e estávamos sozinhos novamente.
— A Milena ainda tá morando com você? — ela perguntou enquanto mexia no meu cabelo.
— A minha mãe disse que ia mandar o Leandro embora essa semana já que eles já estavam bem afastados. Mas o doente resolveu ir embora ontem sem falar nada, daí a gente foi correndo pra casa ver ela, conversar e tal, e agora a Milena já voltou a morar lá. Espero nunca mais ver esse cara, eu hein, quer bater em geral e se achar o certo ainda.
— Enfiou o senso no cu, né. Nem Deus na causa — ela completou e eu concordei passando o dedão na sua bochecha enquanto puxava seu rosto mais perto e enchia a mesma de beijos.
— Sabe do que que eu to com saudade? — falei baixinho no ouvido dela.
— Do que? — ela deu uma risadinha.
— De te ouvir gemendo meu nome — ela riu — Que? — ri.
— Credo, Vitor. Não é nem nove horas ainda vei, toma jeito.
— Vai dizer que você não tá também? — coloquei a mão embaixo do seu cabelo e puxei um pouco forte indo beijar seu pescoço enquanto a minha outra mão subia pela sua coxa e ia até a sua bunda, apertando a mesma. Eu já escutava seus suspiros.
— Meu Deus, Vitor. Mas tá com fome, né? — ela disse erguendo meu rosto e olhando nos meus olhos.
— Fome de buceta — a Maju gritou da cozinha e eu nem tinha percebido que ela tava ali.
— Maria Júlia! — a Martina riu alto.
— Tudo voltando ao normal, né gente. Vou sair daqui a pouco pra vocês aproveitarem a casa.
— Já falei que te amo? — eu falei e ela riu.
— Bobo — falou antes de desaparecer lá pra dentro.
— Deus ouviu minhas preces — falei e a Martina riu levantando e largando as coisas na cadeira. Seu short tava atolado na bunda e só de ver aquilo já deixou meu amigo animado.
— Vou lavar minhas mãos — falou levantando e seguiu pra cozinha, dando umas olhadas pra trás e me deixando ainda mais com vontade.
Martina.
Eu amava provocar o Vitor então fiz questão de andar rebolando com o meu shortinho até a cozinha. Lavei minhas mãos na pia e quando fui secar escutei uns passos atrás de mim, me virei e o Vitor vinha com aquela cara de safado.
— Eu não vou transar com você enquanto a Maju ainda estiver em casa — falei com um sorrisinho.
— Tá — ele disse e tirou a camisa.
— Que isso, doido? — falei rindo e ele continuou sério, e essa pose de machão que ele estava fazendo me deixava excitada, a única coisa que eu queria no momento era dar pra essa macho, mas eu não queria mostrar — Vitor, veste essa camisa pelo amor de Deus — tapei meus olhos com as mãos e senti as suas mãos firmes na minha cintura, ele me puxou forte pra perto dele e eu senti seu corpo encostando no meu.
Tirei minhas mãos dando de cara com seus olhos fitando os meus e quando eu olhei pra sua boca ele sorriu e começou um beijo feroz. Nossas línguas se misturavam de um jeito forte mas bom. A gente estava precisando daquilo.
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Sintonia
RomanceTudo ocorria bem na vida de Martina, uma universitária que a recém tinha conseguido a liberdade que sempre quis se mudando para um apê com a amiga. Mas as coisas parecem mudar de rumo quando ela conhece seu vizinho, Vitor.