Capítulo 67

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Leticia.

Digamos que eu e o Gustavo tenhamos ficado mais alguma vezes. Mas esse caso escondido e proibido, não estava sendo muito legal pra ele, mesmo que fosse gostoso, ele achava que não seria bom continuar. Então entramos em um acordo de sermos amigos até porque fazemos bem um ao outro, e depois disso não paramos mais de sair juntos, mas esse sair é um ir na casa do outro. Como se fôssemos dois adolescentes.

No último dia que ele foi na minha casa, a gente bebeu com a Larissa e com um amigo dele e ele mudou o nome dele pra "Gostoso" no meu celular. E como eu tenho preguiça de mudar, deixei assim e fodase. Ele estava me ligando então eu atendi.

Ligação — 20h40.

Leticia: Late, Gustavo.
Gustavo: Au au — rimos e eu escutei uma música alta do outro lado.
Leticia: Fala, cara.
Gustavo: Tô com saudades.
Leticia: Até acharia fofo se você não tivesse bebado.
Gustavo: Mas eu não to, caraí. Tá tirando? — eu ri.
Leticia: Eu reconheço um bebado de longe, Gustavo. Olha sua voz alterada.
Gustavo: Tá achando que eu to bebado? Então vem aqui na minha casa ver.
Leticia: Que jeito de me convidar, vei.
Gustavo: Vem logo, to te esperando — falou e desligou. Mas era só o que me faltava.

Eu estava entendiada na casa da Martina porque ele só queria dormir e a Maria tava vidrada na série dela. Então quando a Lari foi pra casa ela me deixou no apartamento do Gustavo, só queria ver o que iria dar. Apertei o interfone e o amigo dele que eu já conhecia atendeu, ele liberou minha entrada e eu subi rapidamente pelo elevador. Apertei a campainha e a porta não demorou pra ser aberta.

— Olha só quem veio — o amigo dele abriu a porta e o mesmo tava com marcas de batom no pescoço e com os olhos minúsculos. Dei uma risada e entrei.

— Tá bem, doido? — perguntei enquanto ele fechava a porta e analisei a sala. Tinha umas meninas e uns meninos e o cheiro de maconha tava forte, a música tava média e eu já vi as garrafas de bebida espalhadas.

— Sempre bem, Lelê — é, eu odeio esse apelido.

— Meu Jesus, a bagunça — falei pegando uma garrafa de vodka de cima da mesinha — Cadê o Gustavo?

— Lá no quarto — falou e se atirou no sofá com umas garotas. Esse louco acha que eu sei onde é o quarto do Gustavo, né? Pelo amor.

Fui andando lá pra dentro e tinha uns homens bem gatos pelo caminho, mas eu iria me conter.

— Gustavo? — abri uma das portas do corredor devagar e o quarto estava todo escuro.

— Quem é? — ele falou baixo e eu encostei a porta.

— É a Leticia, posso acender a luz?

— Não — ele disse rápido e eu liguei a luz do celular pra ver. Ele estava atirado na cama e eu fui até a mesma, sentei ao seu lado e ele virou seu rosto. Seus olhos estavam vermelhos, é claro, e ele estava todo mole.

— Ô, Gustavo — dei um tapinha no seu braço — E você dizendo que não tava bebado. Tá podre, filho.

— Eu sei.

— Então porque mentiu?

— Pra você vir, burra — ele disse e dei uma risada.

— Oint, queria me ver bebezão? — falei mexendo na sua cabeça.

— Queria, e dai? — ele disse sentando na cama e logo encostou a cabeça no meu ombro.

— Meu deus, menino. Você tá uó — falei dando uma risada.

— Mas eu nem bebi muito, só to cansado — levantou a cabeça e pela fresta da porta que tinha luz consegui ver seus olhos encarando os meus.

— Quer ajuda? — fui levantar e ele me puxou de volta fazendo eu deitar — Ai, doido.

— Eu tô com saudades da sua boca, Leticia.

— Gustavo, não... — falei e ele veio se aproximando — Você que quis ser meu amigo.

— É impossível ser só seu amigo — ele segurou meu rosto com uma mão e começou um beijo.

— Gustavo, fudeu — o amigo dele entrou no quarto e a gente se afastou — A vizinha do lado tá aqui, o pessoal já tá vazando.

— Ai, que caralho — ele levantou e saiu do quarto junto com o amigo dele. Eu sentei na cama e ajeitei meu cabelo, dando um longo suspiro.

Levantei e sai do quarto também indo atrás deles, todo mundo estava mesmo saindoe já não tinha música, o Gustavo estava conversando com a mulher e eu fui indo perto deles.

— Não vai se repetir, Lúcia, já falei — ele disse com a voz cansada e ela o olhou bem antes de sair. Ele bateu a porta e se virou pra mim.

— Acho que eu já vou — falei.

— Não, Lê, dorme aqui hoje — ele segurou minha mão e eu dei uma risada.

— Aí, garoto — ele se aproximou e colocou as mãos na minha cintura — O que você não pede sorrindo que eu não faço chorando?

— Como se fosse ruim dormir comigo — ele disse com um sorrisinho e eu esperava mesmo que não rolasse nada, nunca transamos e queria que assim continuasse.

— Tá — me virei de costas e ele colocou o braço por cima dos meus ombros.

— Hoje tem? — o amigo dele que estava com uma menina ali no canto da sala disse com um sorriso e o Gustavo riu.

— Cala a boca — falei rindo e fui entrando com o chato.

Ele tirou a camisa e jogou em qualquer canto enquanto eu fechava a porta. Larguei meu celular na mesinha e minha bolsa na poltrona que estava cheia de roupas. Eu estava realmente cansada então deitei na cama com ele, virei de costas e apaguei. Eu só queria dormir.

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