Maratona 8/8
MARTINA
Acordei no outro dia com vozes vindo lá da sala e quando abri os olhos vi que o Arthur não tava mais ali. As cortinas estavam meio abertas então o sol iluminava o quarto. Levantei e peguei uma roupa da minha bolsa, me vesti e fiz um nó no cabelo devido ao calor.
- Cadê a Martina? - reconheci a voz da Lara da sala.
- Tô aqui, bebê - ela deu um sorrisão assim que me viu e correu pra me abraçar.
- Saudades de ti, garota - falou enquanto eu a abraçava forte.
- Saudades da minha sulista fav - falei dando uma batidinha na sua bunda e ela riu saindo do abraço.
- Como tu tá, doida? - puxou minha mão até o sofá - Quero saber das novidades, me conta tudo.
- Martina! - a tia Jana voltou lá de fora com a minha mãe e eu fui até ela a abraçando apertado.
- Oi, tia. E o tio Otávio? - saí do abraço.
- Ele não pode vir, amor. Sabe como é, né? Sempre ocupado.
- Sim, sei bem - falei indo sentar com ela no sofá que a Lara tava - Como foram de viagem?
- Fomos bem, só... - minha tia estava falando mas a Lara a interrompeu.
- Bem nada, mãe. Foi uó, mesmo sendo um vôo rápido, era criança incomodando no banco de trás e era velha olhando torto pro meu funk em plenas 5 horas da manhã - reclamou e eu ri.
- Também né, funk no avião Lara? - falei.
- Eu tava de fone ué, ela que escutou o meu "chacoalha a xereca no meu macetin" - cantou e eu ri enquanto a tia Jana tapava a cara com a mao.
- Não sei mais o que eu faço com essa menina, juro - falou levantando.
- Mas mãe, eu não tenho culpa - fez beiço.
- Uhum, eu que tenho - riu e saiu atrás da minha mãe na cozinha.
- Podemos ir lá pro quarto conversar, amada? - se virou pra mim e eu assenti.
Ela sentou na cama do Arthur e eu fechei a porta antes de sentar também. Tava com preguiça de ter que falar tudo de novo sobre eu e o Matheus mas ela iria me incomodar pelo resto da vida então eu contei todos os detalhes novamente.
- Caralho, Martina. Qual o problema desse menino? - falou alto - Af, tudo culpa minha.
- Para, menina - ri fraco - Culpa sua nada. Ele que vacilou feio comigo, acontece né. Quebrar a cara faz parte.
- Idiota - cantarolou fazendo eu rir - Tá mas tu já pulou pra outro? Já tá pegando alguém?
- Eu não - ri.
- Duvido - levantou e começou a andar pelo quarto.
- E você? Tem alguém lá em POA? - perguntei e ela riu sarcástica.
- Boy lá é o que não falta, né Tina? Mas não da pra querer algo sério com nenhum, pelo amor - falou.
- Quem falando, Lara - rimos.
- Mas dessa vez estou a procura de um love - falou fazendo eu rir alto.
- Ah tá, né.
- Para, Martina. Seríssimo isso - voltou a sentar do meu lado.
- Hm, tá - a olhei rindo baixo e ela me deu um tapinha na perna.
- Ridícula - riu comigo.
- Enfim, vamos numa chopada hoje? Meus amigos chamaram a gente - falei.
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Sintonia
RomanceTudo ocorria bem na vida de Martina, uma universitária que a recém tinha conseguido a liberdade que sempre quis se mudando para um apê com a amiga. Mas as coisas parecem mudar de rumo quando ela conhece seu vizinho, Vitor.