RALICIA: Rivais por opção.

Assumindo.

Salve bactérias. Voltei!😔🤙❤️

Votem e comentem muito.
Espero que gostem!

ALICIA TÁ VIVA!🤖❤️

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Raquel POV

Os últimos dias estavam esquisitos, mas era um esquisito bom. É só que desde o "início" do namoro, a gente não parecia mais a gente. Não parecíamos aquelas duas pessoas que brigavam feito gato e rato, haviam apenas briguinhas bestas por algumas coisas que a gente não concordava em relação as crianças, mas que logo entravamos num acordo ou simplesmente deixavamos as decisões em aberto.

A Paulinha ainda não sabia sobre nós ainda. Ela apenas percebia algumas coisas, mas não sabia da história toda. Achei melhor não contar, porque estamos em uma fase de "experimento". Não sabemos se nós vamos dar certo como um casal, então estamos apenas testando. Já ouviram dizer que tem amor que nasce para existir, e não para acontecer? Então, estamos com receio de ser nosso caso, e não queremos a Paula metida nisso, porque ela claramente torce muito pela gente e se isso não rolar ela ficará decepcionada.

Era fim de tarde e estávamos todos na sala, inclusive o Léo que está cada dia mais interativo. Ele estava no meu colo assistindo clipes infantis enquanto a Alicia ajudava a Paulinha a desenhar, ou quase isso já que notei que a ruiva estava muito dispersa e quieta, pelo que a conheço estava pensando em alguma coisa.

-Está tudo bem aí?-Perguntei me direcionando a elas.

-Sim. Olha mamãe, esse é o tubarão malvado que a tia Alicia desenhou.

-É impressão minha ou ele está comendo a família inteira do Nemo?

-Por isso ele é malvado, né.-Disse como se fosse óbvio.

-Entendi... Bem bonito. Alicia?-Pausei a TV.

-Oi.-Respondeu e a Paulinha revezou o olhar entre nós duas rapidamente, mas logo voltou a colorir o desenho.

-Pode me acompanhar até a cozinha?-Me levantei com o bebê no colo e segui até o outro cômodo, logo sentindo ela me seguindo.

-O que queria me dizer?-Me deu um selinho e me perguntou em seguida.-Vem, filho.-Pegou o Léo do meu colo, pois estava se jogando nos seus braços.

-Por que você está tão estranha? Está tão pensativa, tão distante... Nem parece que está aqui. Aconteceu alguma coisa?

-Não, mas eu realmente estava pensando.

-E então?

-Depois falamos sobre isso.-O bebê começou a resmungar.-Acho que está com sono. Vai ficar com a Paula que eu vou colocar ele para dormir.

-Depois você vai me contar tudo.

-Ok, ok, ok. Vai lá para ela não ficar sozinha.

Segui até a sala me ajoelhando na mesinha onde a minha filha estava.

-Cadê a tia Alicia?

-Foi pôr o Léo para dormir, mas eu estou aqui.-Peguei um lápis de cor roxo.

-Ah.-Falou sem animação nenhuma.

-O que foi?

-Mãe, não me se ofenda mas você não desenha muito bem.

-É, pior que tem razão. Mas vamos lá, você pode me ensinar.

-Tudo bem.

Começamos a desenhar coisas diversas, ora abstrata, ora figurativa. E eu estava até me divertindo. A última vez em Madrid que eu tinha sentado com ela para colorir, desenhar... Foi em momentos antes do primeiro assalto. Eram raros esses momentos com a minha filha antes, mas agora estava cada dia mais comum. Ela tinha mais atenção minha, da Alicia, e tinha até do Léo que é apaixonado pela irmã. Ela parece mais feliz e isso é ótimo.