"Seja a mãe dele"

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Oi putada do caralho, voltei! 

SEJAM GAYS E FELIZES... ou não.

Ah, e não esqueçam de ler a minha fic com @moodzurena lá no perfil @moodbabadas 

BYE!


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Alicia POV

Raquel nunca se comportou dessa forma, não comigo, e se ela está assim é porque está farta das minhas atitudes. E eu entendo, pois se fosse o oposto eu estaria puta com ela por me esconder algo, no entanto, a descoberta, as informações que recebi, me paralisaram, eu não sei o que fazer, o que e muito menos como lhe falar, se ao menos eu ainda não absorvi. Eu sei que ela é compreensiva e mesmo sem concordar comigo, vai arranjar um jeito de tornar tudo mais fácil para mim como sempre faz, afinal, não importa o que eu diga, sei que ficará ao meu lado, porém, ainda não é o momento, eu devo lidar com isso primeiro.

Após algum tempo, fumei mais um cigarro e ao descartá-lo, caminhei para a parte interna do imóvel, subi as escadas e rumei ao nosso quarto.

Ela não estava lá. 

Respirei fundo negando com a cabeça. 

Me guiei ao banheiro, tomei um rápido banho, me aprontei, vestindo apenas uma camiseta branca e um calcinha e repousei-me no travesseiro dela. Encarei a porta fechada por alguns instantes e me levantei para abri-la, encostando-a na parede e deitei.  Só então, depois de alguns minutos, eu dormi.


Raquel POV

Depois de muito tempo, muita luta contra o sono, dengo, raiva, choro e resistência,  o Léo dormiu. Ele pedia por Alicia e eu até pensei em chamá-la, mas a verdade é que sei que ela iria se negar a vir aqui, então eu só, desisti, me expliquei e dei meu jeito. Agora ele parece tranquilo, ainda que esteja respirando diferente do normal, provavelmente por gritar muito e ficar no relento, ele ainda é muito novinho, acontece, porém me preocupo, então por garantia, ficarei aqui durante um tempo.

Posteriormente, ao ver que parecia melhor, fui até o quarto, me deparando com a visão de Alicia dormindo em meu espaço; me aproximei  da cama e a observei: seu cabelo solto cobria seu rosto e pela pouca roupa e o clima esfriando, se encontrava encolhida. Puxei o cobertor e a cobri, retirei as mechas ruivas de sua face, alisei uma de suas bochechas coradas e frias e a senti tocar minha canhota com sua destra gelada. Me assustei. Ela abriu os olhos lentamente e me fitou como se estivesse me pedindo para ficar, devolvi o olhar, mas firme. 

Nem uma única palavra ecoando pelo quarto, apenas o silêncio.

- Está do meu lado.- Falei, tirando minha mão dentre a dela.

Se moveu para se lado da cama, parecendo decepcionada, o que quase me fez amolecer e entregar os pontos, mas resisti, pois ainda estou brava e ela merece um gelo. Como disse, eu sempre quero poupá-la de situações embaraçosas, mas ela não precisa disso, porque tem a capacidade de lidar com tudo, portanto deve encarar a realidade. Ela não é uma criança, sabe o que deve ou não fazer, não precisa da minha proteção, muito menos do meu monitoramento, está bem crescidinha. 

Basta tanta compreensão!

Se tivesse cometido alguma falta comigo, tudo bem, mas com o nosso filho, o filho dela, o pequeno ser humano que gerou, que sentiu crescer... Eu sinceramente não a entendo. Ele tem pouco mais de dois anos, ainda é um bebê, um ser humano totalmente dependente de nós, dela e parece não dar a mínima atenção as dores que estão crescendo nele, os possíveis traumas que podem vir a surgir. E isto eu não aceito.

RALICIA: Rivais por opção.Onde histórias criam vida. Descubra agora