O parto? I

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Voltei, para a felicidade geral da nação.😔🙏💕
Quem amou?

NÃO ESQUEÇAM DE COMENTAR MUITO E VOTAR.
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Autora P.O.V.

Alicia estava entrando em trabalho de parto no meio de uma estrada, em uma noite cheia de emoções, a única companhia era sua refém, que por acaso estava algemada e desesperada.

-Ai Meu Deus! É sério?

-O que você acha?

-Tipo você está realmente em trabalho de parto, aqui, e agora?

-Se me perguntar isso mais uma vez, eu juro que arranco sua cabeça com as minhas próprias mãos. Agora, FAZ ALGUMA COISA!

-Ok, ok. Está doendo muito?

-É suportável.

-Ótimo. Ainda temos tempo!

-Tempo?- perguntou a ruiva confusa.

-De procurar um hospital não sei... - foi interrompida.

-É sério isso?-perguntou incrédula.- Raquel, estamos sendo procuradas. Você está mesmo pensando na possibilidade de irmos para um hospital?

-Eu só preciso pensar, tá legal?- respirou fundo.- pensa, Raquel, pensa!- apesar de já saber o que fazer, ela estava muito nervosa e não conseguia se concentrar.

-Você não está ajudando, sabia?- A Murillo fazia um gesto para que a Alicia se calasse.- Não me manda calar a boca não.

-Fica quieta um minuto, ok? Eu já sei o que preciso fazer.- olhou para a mulher ao seu lado.- Olha para mim.- a ruiva a olhou.- Agora, respira! Eu preciso que você fique calma.- a grávida assentia e parecia está se acalmando.- Você confia em mim?

-Não.

-Bom... Você não tem escolhas. Eu preciso que confie dessa vez.

-O que está planejando?

-Eu preciso que me solte.-falou estendendo suas mãos.

-Não mesmo. Qual a probabilidade de você ficar depois disso?

-Estar do seu lado nunca foi uma opção, mas agora que estou aqui, e depois do que aconteceu nas últimas horas, você acha mesmo que eu tenho para onde ir?

-Tá. Mas se fugir, pode apostar que eu te encontrarei até mesmo no inferno. E esse encontro não será nada agradável para você.- disse Sierra pegando as chaves da algema e a soltando.

-É isso que pensa de mim? Que eu sou um monstro?

-Eu não disse isso!

-Foi o que deu a entender falando que eu fugiria, te deixando em trabalho de parto sozinha no meio da estrada.- dizia Raquel.-Saiba que, ao contrário de você, eu tenho um coração.- Elas se encaravam sem dizer mais nenhuma palavra.- Desce do carro. Eu vou dirigir agora! Preciso te levar para "casa".- finalmente se pronunciou quebrando o silêncio.

Lisboa agora estava dirigindo, e Alicia que antes estava sentindo nada mais que um incômodo, começara a sentir as primeiras contrações.
Ela respirava fundo e tentava não transparecer, mas falhou miseravelmente já que as dores só se intensificavam.

-Segura! Vai se sentir melhor.- A Murillo falou estendendo a mão para a ruiva, sem tirar os olhos da estrada.

-Quê? Eu não vou segurar a sua mão!

-Ok. Então eu seguro a sua.- disse Raquel pegando na mão da Sierra.

O restante do caminho até o galpão foi silencioso, dando para escutar apenas alguns gemidos e fortes respirações da grávida.

...

-Chegamos.-olhou para a ruiva.-Espera, eu te ajudo!- Desceu do carro, dando a volta e indo ao encontro da ruiva.- Isso.

- Ok, ok! Mas não precisa ficar me segurando. Eu não sou uma inválida. - disse a Alicia, dando um leve tapa na mão da mulher que a segurava cuidadosamente.

Raquel P.O.V.

A teimosia dela acaba comigo.
Eu sei o que ela está sentindo. Eu sei como é essa dor. Ela sabe que eu tenho uma filha. Sabe que eu posso ajudar mesmo que com o mínimo, mas não me deixa chegar perto.
Eu sinceramente não sei o que fazer, mas não vou deixar ela achar que pode dar conta de tudo isso sozinha, pois mesmo que não admita, ela precisa de alguém, ela precisa de mim.

-Alicia, é o seguinte...- falei, agachando perto do colchão que ela já se encontrava sentada.-Você não vai admitir, e eu não estou pedindo para fazer isso, mas precisa de mim e eu vou te ajudar.- ela me encarava, ora se contorcendo de dor, ora respirando fundo.- Agora, vamos contar as contratações. ok?- assentiu.- Quando começar você me avisa.

-Agora!- peguei em sua mão e olhei para o relógio.

-Calma! Respira, respira...- parecia estar ajudando.- Isso.- alisando sua mão com o polegar.- acabou?-ela afirmou.- vamos esperar a próxima.

-Agora.- disse alguns minutos depois.

E assim continuou até eu ter certeza do tempo das contrações.

-E aí?- perguntou.

-As contrações estão durando 35 segundos , com intervalos de cinco minutos.

- E o que isso quer dizer?

-Quer dizer que você, provavelmente, está dilatada cerca de cinco centímetros.

-Ótimo!- disse irônico colocando a mão na cabeça em seguida.

-Calma! Isso é bom. Eu fiquei vinte e sete horas em trabalho de parto.- disse nostálgica, olhando para o nada.- foram cinco horas para dilatar apenas quatro centímetros.- voltei a olhá-la.- Você está indo muito bem.

-Linda a sua história, mas as contrações tão voltando. Se puder prestar atenção aqui, eu agradeço.

E assim ficamos durante uns quarentena minutos. Já que, as contratações vinham mais frequentes e com cada vez menos intervalos.
Ela sentia muita dor, era nítido. Mas queria manter a postura de durona, como sempre.

-Alicia?

-Quê?

-Tira a roupa!

-É sério isso?- dando um sorriso tanto irônico, quanto malicioso.

-Não é isso. É só que a água vai te ajudar. Vem!

Ela me deu a mão, se levantando. A levei para o banheiro, colocando-a em baixo do chuveiro e liguei-o.
Sei o quanto é relaxante.

-Acho que não precisa ficar aqui.

-Tá legal. Qualquer coisa estou aqui fora.- falei me retirando e fechando a porta.

Após ter saído do banheiro, passaram-se sete minutos e eu ouvi um grito dela. Então corri imediatamente até lá.

-O que foi? Está tudo bem?- Entrei presenciando muito sangue.

...

Roi!!
Já tem mais um capítulo pronto. Só preciso revisar.
Que amou?²

RALICIA: Rivais por opção.Onde histórias criam vida. Descubra agora