O telefonema.

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De volta estou.🤧🙌

Votem e comentem muito.

E em breve terei novidades para vocês.😳👉👈

BOA LEITURA!
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Raquel P.O.V.

-Quem é?- perguntou ela baixinho. Ja que, a criança estava dormindo em seus braços.

-Provavelmente a Tóquio.

-Atenda! Mas cuidado com o que você vai falar.- disse a ruiva enquanto bebia o suco que eu havia lhe preparado. Então segui para a mesa onde ficava todas as tecnologias.

-Oi.- Atendi.

-"Raquel? Achei que seria a Alicia. Imaginei a Sierra te trancando em algum lugar é te torturando. Mas que bom que está bem. Só temos um problema."

-Qual?

-"O professor. Ele até agora não voltou."

-Ele não irá mais voltar. Infelizmente...- disse enquanto algumas lágrimas caíam.

-"Como assim ele não vai mais voltar? Está querendo dizer o que com isso? Por que sei que ele não nos abandonaria na altura do campeon..."- interropo-a.

-Ele não vai mais voltar porque ele está morto.- Ela paralisou por alguns instantes, e então ouvi outra voz conhecida.

-"Foi a Alicia não foi? Foi a puta grávida desgraçada?!"-era o Denver.

-Foi um acidente. E ela não está mais grávida...

-"Como você sabe disso? Achei que ela tivesse te soltado com algum acordo milionário que tivessem feito. Está parecendo que ainda está com ela. Mas como não está presa em algum lugar no fim do mundo, prestes a virar comida de algum animal?"

-Calma! A Alicia não é esse monstro todo que vocês pesam que é.

-"Espera!"- riu sarcástico.- "Está do lado dela? Está mesmo do lado dela? Passa o telefone para essa vagabunda."

-Não. Mas acho errado o jeito que falam dela. Ela é uma mulher forte, tem esse jeitão todo dela e lida com as coisas de uma maneira diferente e bem violenta. Mas tem sentimentos. E inclusive, acabou de dar a luz. Não vou deixar que a encham de desaforos e destruam um dos momentos mais incríveis que ela possa sentir na vida.- falei, pondo em seguida a língua no céu na boca e olhando para cima. Queria controlar o choro.- Denver, eu não estou pedindo para entender a minha situação. Não acho que vá entender. Mas peço que passe o telefone para a Estocolmo. Talvez ela...- nem esperou que eu terminasse. Apenas passou.

-"O que quer comigo, Raquel?"

-Eu acho que no momento você é a única que pode tentar me entender. Eu estou com vocês. Estou mesmo com vocês.

-"Então vai voltar?"- assenti.-"Quando?"

-Quando a Alicia me liberar. E...- sou interrompida.

-"E o que, Raquel? Quando ela estiver adaptada com a vida de mãe? Você é a babá da linda família?"- disse irônica.

-Na verdade sim, ela está perdida. Precisa de ajuda, de apoio. Você deveria entender. Quando estava grávida não teria apoio. Senão fosse o Denver, provavelmente estaria agora dependendo do desgraçado Arturo para sobreviver.

-"Isso não é da sua conta!"-disse alterada.- "Pode me responder mais uma coisa?"

-Fala!

-"Está tendo um caso com a Sierra, Raquel? Foi por isso que se juntou com ela para matar o professor? É o final feliz das amantes?"

-Quê? Eu não sei que tipos de coisas que você anda lendo, mas é melhor parar. Anda fantasiando até demais.

-"A Estocolmo não parece estar viajando tanto assim. Na verdade, faz todo sentido."- Tóquio retornava na linha.-" Prefiro acreditar que não, mas não está me dando outra escolha. Você claramente se uniu a ela."

-Tóquio, Por favor...- digo implorando mas sou mais uma vez interrompida.

-"Não, Raquel. Você não irá nos enganar dessa vez. Não podemos mais confiar em você."

-E tudo que eu já sacrifiquei por vocês? Não vale de nada?

-"Sim, eu reconheço que por um tempo você foi até útil. Mas o tempo acabou."- parecia estar chorando, bem decepcionada.- "Irá receber sua parte. Mas peço que depois disso nunca mais nos procure. Não somos mais a sua família!" - eu estava extasiada com a situação em que me encontrava naquele momento.- "Te ligarei pela última vez essa semana para que você ou a Sierra busque a grana. Não sei como é a relação de vocês, então se puderem se decidir por mim, irá ajudar muito."

-Tóquio, Tóquio! Não faz isso.- eu ja estava chorando muito.

-"Adeus, Inspetora Murillo!"- desligou sem me deixar com chances de falar mais nada. Eu só sabia chorar com o telefone ainda no ouvido mesmo sem ninguém na linha.

Quando me acalmei mais, voltei para perto da ruiva.

-Posso sair?

-Que liberdade toda é essa agora?

-Alicia, por favor! Eu não tenho mais para onde ir. Acabaram de cortar todos os laços existentes comigo.- segurei o choro.- E eu já tive várias chances de fugir mas permaneço aqui, não permaneço?

-Tá. Vai. Não quero saber dos seus problemas! Mas volte em no mínimo quarenta minutos, ou mandarei alguém atrás de você.- Não disse mais nada. Apenas saí.

Estava cansada de só perder as coisas. De pular de galho em galho. De correr atrás de qualquer um que fosse. De abandonar tudo, por nada...
E aquela cidade -aquela maldita cidade-, já estava me atormentando. Eu só pensava em uma coisa: Precisava me livrar daquele lugar rapidamente.
E eu iria sair, sozinha ou não. Mas me livraria.
Queria apenas ser livre.

Esses foram meus pensamentos no caminho até uma lojinha de conveniência de um posto de gasolina qualquer. Onde parei e resolvi entrar.

Alicia P.O.V.

Vinte minutos que ela saiu e não voltou. Espero que a desgraçada não tenha fugido.
Por mais que eu tenha ameaçado colocar alguém atrás dela. No momento, eu não tenho ninguém. E o meu dinheiro está se esgotando.

Eu estava desesperada. Não sabia o que fazer. Só os doces que eu comia me acalmavam. Mas uma hora isso acabou também.

Já estava entrando em desespero quando a Raquel entrou pela porta com algumas sacolas, e uma expressão esquisita.

-Cheguei! E não, eu não fugi. Fui apenas comprar umas coisas para ele.- disse me entregando fraldas, roupinhas e até mesmo chupeta.- Ah! Trouxe algo para você também.- disse me arremessando uma pequena sacolinha de Papelão com alguns doces.

-Obrigada. Eu acho...- olhei-a desconfiadamente.- O que está aprontando, hein?

-Eu? Nada! Por quê? - falou enquanto colocava fralda no bebê.

-Fala logo, porra. O que está escondendo?

-Ok. Estava planejando contar depois, mas enquanto seu filho nasceu de não sei quantos meses, você nasceu de sete. Porque não sabe esperar!- fez uma pausa. Me entregou ele e olhou nos meus olhos.

-Tenho um acordo para propôr.

...

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RALICIA: Rivais por opção.Onde histórias criam vida. Descubra agora