Me, Myself And Time

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Ela se sentia a pior pessoa do mundo, parecia estar quebrada em milhares e milhares de pedaços, mesmo sabendo que não era culpada sentia o peso da culpa em si, as lágrimas lavavam seu rosto, o abraço de sua irmã era seu abrigo nesse momento, seu coração estava destruído mais seu orgulho era mais forte.

Demi — Avisa ao Joe que quero ver apartamentos amanhã, na primeira hora.

Dalla — D, não é para tanto. —sua voz era um misto de tristeza, angústia e medo.

Demi — Eu cansei, não posso viver ao lado de quem me olha com mágoa de um passado que nem é meu.

Dallas— Não sei o que dizer, mais posso te abraçar até você se sentir melhor.

Demi — Obrigado, por acreditar em mim. — elas ficaram ali, até a mais nova cair no sono. Dallas cogitou ir conversar com sua mãe, porém ela nunca ouvia ninguém, sempre que podia deixava uma megera incontrolável dominar seu ser e parecia adora essa situação. No fundo ela sabia que seria impossível ser apenas uma conversa, então avisou a Nick que não iria para casa e ficou ali com sua irmã, torcendo para que nada do que tinha acontecido deixasse marcas irreparáveis. Demi despertou com seu celular tocando e xingou mentalmente quem estava do outro lado da linha, porém não se interessou em atender ao ver um número desconhecido, ficou olhando pro teto pois sua última vontade era levantar dali e dar de cara com sua mãe. Pegou o celular e mandou uma mensagem para Joe.

*Mensagem on – Preciso de um apartamento, se possível me mudo no sábado. Sem questionamentos, apenas me ajude. *

Ela se arrastou até o banheiro, levou um longo tempo ali tentando afastar tudo que lhe fazia mal em baixo do chuveiro, porém não tinha como evitar o inevitável era hora de encarar os problemas. Sair do banheiro tinha sido um sacrifício porem mal sabia ela que o pior ainda estaria por vir.

Eddie – Dianna, precisamos ir ou vamos atrasar toda agenda.

Dianna – Não vamos não querido, senta aqui do meu lado um pouco. – o tom dela era um misto de deboche e tranquilidade.

Eddie – Responsabilidades não podem esperar, você mesma sempre diz isso.

Dianna – Nunca te vi com tanta pressa, fique um pouco comigo. – estendeu a mão

Eddie – Dianna, você sabe o quanto te amo, respeito, admiro e apoio porem nesse momento não tem meu apoio nessa insanidade que está cometendo.

Dianna – Eu não vou deixar que você me ensine a criar minhas filhas.

Eddie – Suas filhas? Para mim eram nossas filhas, mais nas últimas horas eu apenas vejo que eu dormia com uma mulher completamente diferente pela qual me apaixonei anos atrás, agora na minha frente existe uma pessoa fria e amarga. – saiu antes dela se quer ter tempo para responder.

Dianna – Um bando de ingratos, vivo cercada disso... – falava alto, enquanto andava de um lado para o outro na enorme sala.

Demi – Talvez o problema esteja em você mesma e nos seus demônios interiores mãe. – disse da ponta da escada, ganhando um olhar carregado de fúria.

Dianna – Quem você acha que é para falar assim comigo?

Demi – Sua filha, que mesmo com toda magoa ainda queira te ajudar e evitar que se afunde de vez.

Dianna – Me afundar? Você é o meu maior problema, talvez a minha ancora presa que me puxa para o fundo.

Demi – Eu não tenho culpa, e não vou deixar que a senhora me leve nisso.

Dianna – Me arrependo de não ter lhe deixado com o inútil do seu pai.

Demi – Não precisa se preocupar, me culpar nem nada do tipo pois estou saindo da sua vida por completo hoje senhora Dianna.

Dianna – Vai morar com seu marginal?

Demi – Não, e mesmo se fosse não era problema seu e sim meu, porém não vou morar com o Luke afinal ele faz parte do meu passado como a senhora.

Dianna – Ingrata como sempre.

Demi – De hoje em diante tudo que o meu pai deixou irei administrar, hoje senhora Dianna me torno uma mulher independente e do fundo do meu coração espero que mude, pois, o seu fim pode ser igual ou pior ao do cara que você mais odeia, e por mais magoada que eu saia daqui hoje ainda assim eu te amo e sou grata por me dar a vida. – tentou segurar as lagrimas, porem falhou e saiu dali sem se quer um olhar de compaixão, saiu dirigindo sem rumo, pensando em quantas vezes ouviu o Luke dizer que sua mãe a destruiria de todas as formas possíveis e era horrível ver que ele tinha razão.