Marisa não gostava muito de Maite, talvez fosse ciúmes e toda fez que se encontravam ela deixava claro sua insatisfação com a presença da outra, aquilo irritava Demi pois eram suas amigas e precisava de ambas. Ela fez aquele encontro ser breve, queria evitar qualquer situação que lhe faria mal, já tinha sido difícil demais as últimas horas do seu dia.
Marisa — Você deveria ter me ligado...
Demi — Eu necessitava fiar sozinha.
Marisa — Você já ficou tempo demais assim, não precisa mais D.
Demi — Acho que me acostumei.
Marisa— Pode ir perdendo esse costume, estou aqui neném.
Demi— Eu não sei, as vezes sinto que tudo que toco acabo destruindo. — seus olhos estavam cheios de lagrimas
Marisa – Não é assim, geralmente tudo que você toca acaba florescendo, não seu culpe pelo erro dos outros.
Demi – Eu sinto que sou culpada, em tudo. As vezes sinto que o Luke tinha razão, nós somos um para o outro por sermos estragados para os demais.
Marisa – Demi, olha o bem que você faz para todos ao seu redor, olha para o Wilmer e observe como ele fica iluminado só de ouvir seu nome.
Demi – E se eu machucar ele, como fiz com você e todos?
Marisa – Todos nós erramos, era uma situação com diversos elementos e eu errei me calando.
Demi - É complicado...
Marisa – Sim, não é fácil e nunca vai ser. Por sorte estou falando com uma mulher incrível e forte que não vai desistir. – ela abraçou a morena e depositou um beijo na sua testa. – agora vai tomar um banho pois esta fedida. Durante o banho ela tentou pensar que mesmo com tantas coisas a enfrentar o melhor naquele momento seria conversar com o rapaz e tentar ser o mais honesta possível.
Ele havia acabado de chegar, Marisa pediu para ele esperar um pouco que logo ela ia aparecer.
Wilmer – Mari, eu não quero magoar a Demi.
Marisa – Algo me diz que não quer, mas vai ter que lutar contra muita coisa para fazer ela feliz.
Wilmer – Não tenho medo, irei até o fim. Vou lutar, mais só posso fazer isso se ela me deixar entrar.
Marisa – Precisa falar com ela, isso ai só com ela. Ahhh se tentar manipular, machucar, iludir ou qualquer outra coisa, eu te mato na verdade você ou qualquer outro filho da puta. – deu um tapa no ombro do rapaz.
Wilmer – Entendido.
Demi – Que mania horrível de ameaças as pessoas Mari. – piscou
Marisa – Ameaças? Nunca, sou uma menina comportada, qualquer coisa dita ao contrario é calunia. –riu e saiu andando lentamente e gritou do meio do caminho: Qualquer coisa estou no meu quarto e lá tem um estilete.
Demi – Cuidado, ela morde as vezes. – riu e se jogou no sofá
Wilmer – Ela só protege quem ama, isso é muito bonito. – sentou de seu lado, coçou a nuca e respirou fundo.
Demi – Acho que precisamos conversar.
Wilmer – Eu quero muito te ouvir, mas acredito que tudo tem seu tempo exato de acontecer e se não for, posso esperar.
Demi – Pronta nunca vou estar, então esperar não é muito inteligente nesse momento.
Wilmer – Quando quiser então.
Demi – Eu... eu gosto de você, porem tem tanta coisa no meio e isso pode afastar a gente. Tenho medo de te ferir pois sempre faço escolhas burras e talvez em muito tempo você seja a escolha certa. – respirou fundo. Tenho medo de te ferir, de perder você, de não te deixar conhecer a Demi que talvez nem eu mesma conheça.
Wilmer – Não me importo, não me importo nem um pouco com nada se for para enfrentar tudo ao seu lado. Me deixa te conhecer e fazer sorrir, pois sinto lhe informar que já me faz sofrer toda vez que me afasta. – ficaram em silencio por um tempo.
Demi – Cara é tão complicado...
Wilmer – Podemos ir fazendo do seu jeito, só não deixa isso que a gente sente acabar aqui.
Demi – Então é um ultimato?
Wilmer – Talvez...
Demi – É assim que me ama?
Wilmer – Você me ama?
Demi – Eu te perguntei uma coisa antes... – balbuciou: eu te amo e rio.
Wilmer – Isso é um eu te amo, Demizinha? – ela revirou os olhos
Demi – Não, foi um eu te odeio mesmo.
Wilmer – Então... Isso foi um vamos tentar, eu sei que foi.
Demi – Tentar não se matar? – sorriu
Wilmer – Quando anunciamos que estamos casados?
Demi – Não se emociona, ainda não virei cuidadora de idosos. – ele levou a mão ao peito
Wilmer – Estou magoado agora, isso foi muito para mim. Se quiser posso ser seu velho da lancha.
Demi – Calado é um poeta.
Wilmer – Você deveria me calar.
Demi – Era pra ser uma conversa, seria Valderrama.
Wilmer – Nosso jeito é assim, mais falando sério agora adoraria te admirar enquanto dorme.
Demi – Você é muito bobo. – se aproximou lentamente com um sorriso nos lábios e colou seus lábios aos dele, o quando deram por si seus corpos estavam colados, se afastaram rindo.
Wilmer – A gente pode ir para minha casa, com toda certeza a Mai não deve estar lá.
Demi – Não senhor, pois vamos ter pequenas regras por enquanto.
Wilmer – Eita, regras da Demi..
Demi – Muito engraçado, porem precisamos por enquanto.
Wilmer – Manda.
Demi – Só a Mari pode saber, preciso de um tempo para contar para cada um, principalmente para os meus pais.
Wilmer – Não gosto, mas aceito. – Demi o abraçou e beijou o rosto dele, deitando a cabeça no seu ombro e se aconchegando em seus braços, entre assuntos aleatório e beijos acabaram pegando no sono, no meio da madrugada Marisa foi beber agua e se deparou com aquela cena e resolver tirar uma foto e voltou para seu quarto.
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Me, Myself And Time
RomanceQuantos e quantos capítulos da minha vida vão se passar? Quantas e mais quantas vezes vou me acovardar? Creio que talvez eu não tenha forças para ir mais além, talvez desistir de tudo e todos seja o melhor. Queria poder sumiu e nunca mais me preocup...