Hard to say goodbye

Forty three

Boa madrugada gente. Vim aqui deixar esse capítulo pra vocês e dizer que tô voltando e com novidades...

Boa leitura.

Pov Dinah Jane.

Essa noite foi um tanto estranha. Começamos o dia naquela marcha entre cuidar da nossa casa, nossas filhas, entra e sai de hospital e terminamos com um desentendimento com um único funcionário da gravadora.
Muito diferente do que todos acham, nosso retorno com o grupo não aconteceu de forma rápida ou instantânea; levamos meses analisando tudo o que estava sendo proposto, exigido, planejado antes de assumir um novo compromisso. Sentamos, conversamos, discutimos, choramos juntas incontáveis vezes antes de afirmar que iríamos retornar aos palcos juntas. Nosso retorno ainda era muito recente pra que a gente conhecesse a todos na nova gravadora, mas nos focamos em conhecer os principais e ter um bom rendimento como vinha acontecendo.

Após algumas horas de brincadeiras pela casa e uma sessão banho pra lá de divertida colocamos nossas meninas na cama e fomos para o nosso quarto, combinamos que Lauren voltaria pra casa com seus pais e viria pra cá somente no final do dia quando tudo tivesse pronto para recebê-la.
No meio da madrugada fomos acordadas com batidas na porta, esfregando os olhinhos e com a carinha amassada Ally veio nos chamar pois a irmã estava inquieta e ela queria dormir junto de nós. Dara levantou assim que ouviu o motivo, voltou ao nosso quarto com uma baby chorosa e com um bico imenso pois sabia que iria para o chuveiro...

--- Separa pra mim as coisas dela amor? Temos um bebê suado e bem molinha aqui.

Ligo a tv do quarto num dos canais de desenho e vejo que ele tem a completa atenção da nossa pequena, assim, me coloco de pé e vou até o quarto delas buscar o que minha esposa iria precisar para os cuidados da nossa menina. Vejo que a cama estava um pouco molhada perto do travesseiro confirmando o suor e a febre alta;

--- Puque a Mani tá dodói mom? Não gosta de nindem dodoi...

É a primeira coisa que ouço assim que volto pro quarto, deixo tudo na beirada da cama e a recebo em meu colo já chorando. Para a nossa maior surpresa era a negra quem mais estava sentindo todos esses acontecimentos, estamos preocupadas sim com essas febres mas sabemos que são emocionais e os cuidados estão mais que redobrados.

--- Eu prometo que já já tudo vai melhorar meu amor. Amanhã a Laur volta pra casa e estaremos todas juntas.

Meu bebê só fez que sim com a cabecinha e começou a erguer minha blusa, eu só pude dar risada. Me encostei na cabeceira da cama e deixei que ela naquele momento tivesse o que queria, suas sugadas eram leves mas firmes ao mesmo tempo me fazendo prestar atenção nos seus movimentos; sua mãozinha não saia do meu peito, seu toque era bem suave e ela já estava mole de sono de novo. Quando segurei sua mãozinha e disse bem baixinho o quanto a amo, eu sei que foi inevitável aquele sorriso que ganhei...

--- Eu não sei explicar, é muito amor que eu tenho por vocês!

Falo num tom baixo enquanto minha esposa volta pro quarto com nossa filha toda enroscada em si tamanho frio. Num tempo recorde as duas já estavam vestidas e a baby fazendo careta pelo gosto amargo do remédio; nos minutos seguintes ficamos admirando nossas obras de arte no formato de nossas filhas enquanto elas eram AMAmentadas.
Eu muito já ouvi sobre nossa escolha desse "estilo de vida", porque alem de ser completamente fora dos ditos padrões da sociedade é algo perigoso. Sim, perigoso porque envolve o bem estar físico e emocional delas, tanto eu quanto Dara estamos tomando decisões a todo momento que vai impactar em suas vidas diretamente e sem contar que é um tremendo voto de confiança que elas nos deram por garantir que conosco elas podem ser tudo, e que ninguém irá descobrir e nada vai lhes acontecer.
Quando eu me abri a amamentação, eu sei que foi o maior passo que dei nessa direção. Nosso senso de direção se fortaleceu e nosso elo só fez aumentar, essa cena de agora só reforça tudo isso; nossa família é tudo de mais valioso que podemos ter.