No dia seguinte decidimos por ir ao cinema, como estratégia resolvemos pegar a primeira sessão por ser a mais vazia e o shopping também, nos permitindo andar sem maiores problemas. Ainda de manhã escolhemos o filme e no caminho pra lá compramos a pipoca, chocolates e refrigerante. O filme escolhido foi Os Incríveis 2.
Na sala era possível vê a animação delas quando conseguimos a sessão na língua delas. Um susto básico ocorreu quando entramos numa loja de livros e discos, olhando na bancada de CDs uma adolescente de uns 15/16 anos reconheceu minha Lauren e quase deu um grito estridente. Consegui vê a tempo e fazê la se calar, com o susto minha baby não quis se aproximar da menina e ameaçou chorar prevendo algo pior se mais alguém visse.
Dinah contornou a situação tirando foto com ela e pedi quase exigindo que ela não falasse nada sobre a nossa estadia ali, a menina em choque concordou e saímos dali rumo a casa da minha mãe. Quando entramos no carro eu não sabia dizer quem chorou mais, eram as três aos prantos, saí do estacionamento com pedidos agoniados e presos pelo cinto de segurança; com a atenção dividida entre ajudar minha mulher a acalma las e dirigir chegamos em casa num tempo quase recorde.
Somente desliguei o motor e dei a volta, tirei Ally que estava na ponta e Lauren que estava no meio. Do outro lado Dinah retirou Mani que das três naquele momento era a que chorava menos, só passei do portão da rua e me sentei num sofá que tinha agora na varanda, já abrindo minha camisa pra que pudessem ter acesso a mim.
Lauren conseguiu não sei como arrebentar a alça do meu sutiã, mas logo estava agarrada a mim e mais calma. Com um pouco mais de vergonha Ally somente encostou o rosto em meu seio e ficou ali, se dividindo entre conter sua vontade de repetir o ato da irmã e acalmar o choro preso.
--- Tá tudo bem agora meus amores, passou. Já estamos seguras, todas nós.
Falo enquanto chamo com o olhar minha grandona, que junto de Normani se sentam do meu lado ali.
--- É impressão minha ou teremos em breve mais uma baby sendo amamentada?
Dinah me pergunta no pé do ouvido me fazendo prestar atenção nos movimentos que Ally fazia em meu colo. Ela estava com o rosto em meu seio, sua mão estava em frente ao rosto ora no nariz ora na boca; sem contar da lingua que estava sendo estalada.
--- Ela quer, mas algo a impede de ter. Vamos cuidar delas que vou conversar com ela sobre isso.
Falo e a vejo concordar e pedir que no momento da conversa ela esteja junto. Nesse ponto em nada tenho de reclamar, ela sempre está ali comigo me apoiando, mostrando que não importa o que aconteça, ela sempre estará ali pra mim.
Nos levantamos e entramos; com muitos resmungos, manhas e algumas birras tivemos de dar banho nas 3 babys. Algo que jamais aconteceu, devo confessar. Mas após o banho a única que não quis dormir foi Ally, a briga contra o sono era muito grande a ponto dela chorar.
--- O que ta deixando minha bebê assim hein?
Pergunto com ela em meu colo. Que nada responde, somente chora e arrasta o rostinho em meu peito. Vendo que tal nervoso era sono e sua real vontade, Dinah se sentou ao meu lado no sofá da sala e a puxou pro seu colo já oferecendo seu seio a ela que aceitou sem reclamar.
--- Num sei, mas como você faz pra não fazer careta?
Minha grandona pergunta dando risada, provavelmente de nervoso. Me levando a rir junto.
--- Isso é algo difícil, as vezes Laur também me machuca, caretas são inevitáveis. Mas tem que criar um ritmo de vocês, assim ela não machuca.
Digo enquanto me aconchego as suas costas, enlaço meu braço pelo dela e começo a fazer carinho no rosto da nossa baby que no automático suaviza a pegada.
--- Tá vendo só!? Se for realmente um desejo seu de criar mais esse laço com elas, é vocês quem vão criar os limites. Se machucar demais, um carinho no rosto ou falar simplesmente, ajuda.
--- Lembro que quando eu vi você amamentando a primeira vez quase enlouqueci. Mas vi que o laço de vocês cresceu numa proporção que até hoje não sei explicar; estamos sempre juntas, elas confiam na gente de uma maneira absurda! Assusta um pouco, mas é tão bom...
De relance consigo vê o sorriso em seu rosto ao acompanhar cada movimento da nossa bebê em seus braços.
--- No começo de toda a nossa história era somente com a Lauren, e foi tudo muito rápido. Eu saí de casa pra trabalhar normalmente e volto com o coração faltando um pedaço! Um ano depois eu largo tudo pra viver num outro país, mas onde ela estava achando que iria preencher esse espaço. Mero engano meu, só sou completa quando estamos todas juntas, vocês são meu mundo.
Volto a me sentar ao seu lado enquanto seguro a mãozinha da baby que estava procurando pela minha.
--- Dara, você se arrepende algo?
Olho surpresa pra minha mulher, por tal pergunta.
--- Jamais. Se algo me acontecer tenho a certeza que fiz tudo o que eu quis e vivi de maneira correta.
--- Você é uma mulher incrível, sorte a nossa por ter você em nossas vidas meu amor.
--- Hoje eu sei que aqui é o meu lugar.
Boa noite! Tudo bem? Volto logo rs
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Norminah-Kordansen
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Hard to say goodbye
Short StoryNós não duramos para sempre Nós temos que seguir caminhos diferentes E agora estamos aqui, desamparadas Procurando algo para dizer Nós estivemos juntas por tanto tempo Pensamos que nunca fosse acabar Sempre estivemos tão próximas Vocês sempre foram...