Forty

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Boa noite seus fofos e fofas. Só vou soltar esse capítulo porque tô na reta final da Minha pequena gigante. Tá lindo e maravilhoso e eu tô feliz por esse fim;
Espero que gostem, boa leitura


















Pov Dara.

Quando ouvi o que tinha acontecido com minha menina minha alma se tornou um robô, eu não sentia nada somente agia. Minha esposa só me pedia calma e que eu não batesse mais em lugar algum porque já tinha machucado minha mão; depois de tudo recolhido fechamos a conta e após o pagamento a dona da pousada aparece nos parabenizando pelo casamento e nos entrega uma pequena cesta de chá como presente dela pela nossa estadia.

--- Nossas portas estarão sempre abertas pra vocês, vão com cuidado e obrigada.

Agradecemos o cuidado e em menos de meia hora já estávamos no carro a caminho de casa, passava das 7 da noite e com certeza chegaríamos em casa depois de meia noite mas estaremos em casa.
Nossa viagem foi silenciosa, trocamos poucas palavras mas ouvíamos atentas cada mensagem de áudio que a gente recebia de casa, tentando entender o que tinha acontecido pra Lauren estar no hospital agora.

--- Por que ela não fez igual as demais hein? Seria tão mais tranquilo se dona Lauren colaborasse...

Ouço minha esposa falar enquanto me mostra a foto que recebeu, Lauren estava dormindo e tinha alguns machucados em seu rosto, seu braço direito estava enfaixado e sua mãe sentada na poltrona do lado da cama. Faziam duas horas que estávamos na estrada e a fome já falava alto...

--- Não fique preocupada minha vida, ela está bem agora. Estamos voltando pra casa e iremos resolver tudo.

Sinto sua mão segurar a minha por cima do volante do carro, era a única coisa que eu desejava nesse momento, que tudo voltasse a sua normalidade porque não estamos preparadas pra uma nova onda de mudanças em pouco tempo.
Chegamos em nossa casa o dia estava amanhecendo quase, tiramos nossas coisas do carro e subimos pro nosso quarto direto, precisamos de banho e um café da manhã reforçado antes de ir ao hospital.

--- Amor... vem aqui. Veja isso...

Ouço minha esposa me chamar e vi que ela estava parada na porta do quarto de nossas filhas. A abracei por trás e vi que Ally estava encolhida abraçando um travesseiro e Normani atrás dela fazendo alguma careta, devia estar sonhando.
Meu coração bateu forte a ponto deu sentir medo delas ouvirem e acordarem, voltamos pro nosso quarto e tomamos banho juntas; sem segundas intenções, pude cuidar com calma do meu bem precioso e abraça-la apertado.

--- A momy tá aqui?

Ouvimos a voz da nossa filha Ally na porta do quarto, estávamos no banheiro ainda arrumando algumas coisas. Dinah foi na frente e ouvi quando alguém saiu correndo junto de um sonoro momy para aquela hora do dia; sai logo depois as encontrando sentadas na cama. Minha esposa na verdade, Ally estava em seu colo a abraçando apertado...

--- Será que eu também ganho um abraço gostoso desse da minha bebê!?

Assim que me ouviu vi seu sorriso iluminar aquele quarto enquanto descia do colo e vinha em minha direção. Ela estava mais leve, um pouco abatida e não queria falar...
Ficamos ali agarradas até baby Mani aparecer aos prantos e assustada, Dinah estava com nossa bebê em seu colo e eu levantei a pegando em meu colo; ela tremia inteira e me apertava cada vez mais.

--- O que aconteceu meu amor? Estamos aqui com vocês...

Falo assim que consigo me sentar na cama junto das demais, ficamos ali deixando que nos sentissem e se acalmarem também pois precisamos saber como elas estão...

--- Eu tava sonhando ruim mom, a Laur ficou muito dodói! Eu viu...

Ouvimos em silêncio nossas filhas contarem a seu modo o que vinha acontecendo, mas a gente sabia que em algum momento isso iria acontecer, nada vem na paz por muito tempo... Nós ficamos perdidas nos cuidados com nossas bebês até a nossa fome apertar bastante e descermos pra tomar café da manhã. No corredor encontramos os irmãos da Lauren e ouvimos a voz da minha mãe vindo de um dos quartos, pedimos pra conversar somente depois de cuidar da nossa alimentação.

--- Chegamos aqui o dia estava nascendo, por isso ninguém nos viu. Como estão as coisas por aqui?

Dinah pergunta enquanto arruma em seus braços uma Allysson nervosa e chorosa. Ela devia estar sentindo o cheiro do leite, incrivelmente essa noite sabendo que estaríamos em casa parece que nossos corpos sentiram e voltamos a produzir bastante leite.

--- Tirando as crises sem sentido da minha irmã ficou tudo bem, sua mãe veio ontem e ajudou bastante quando tudo aconteceu...

Chris tomou a frente e nos respondeu enquanto atacava a mesa posta, ficamos ali até todos estarem a mesa e levantarmos para ir ao hospital, não tínhamos conversado sobre como agir depois desse acidente mas eu sabia que não iria mais tolerar tais atitudes vindas dela.
Trocamos de roupa e seguimos pra lá, o caminho era meio longo mas o fizemos em meio a uma conversa necessária;

--- Eu sei que quando chegar lá você vai querer arrancar o couro dela! Mas eu preciso saber, o que pretende fazer?

Ouço sua fala enquanto vejo de relance ela começar a devorar um pacote de biscoito que ela mesma havia escondido no carro.

--- Eu não quero repetição desses acontecimentos, ela pode ser dona de si mas ainda assim fazer merda?! Eu pretendo dar uma boa dor de cabeça pra ela hoje...

A respondi enquanto estacionava o carro, faltava ainda meia hora para o horário de visitas. Demos nossos nomes na recepção e depois de ter todas as informações seguimos para a sala de espera do andar onde Lauren estava, eu não sou nada fã de hospitais e estar dentro de um me deixava bastante nervosa.
Assim que permitiram nossa entrada avisamos a dona Clara e seguimos corredor a dentro, em frente a porta respiramos bem fundo e após bater entramos. Quando nos viu Lauren começou a chorar, nos deixando sem entender nada; uma de cada vez nos aproximamos dela e ficamos um pouco até se acalmar...

--- Eu vou ser muito sincera com você, estou tentando mesmo entender o que está acontecendo e o motivo de você estar aqui!

Estava em pé do outro lado do quarto enquanto Dinah estava sentada ao seu lado na cama. No momento em que entendeu sobre o que eu falava Lauren deixou de ser branca e começou a mudar de cor demonstrando estar nervosa;

--- Eu me lembro muito bem da gente ter sentado juntas e separadas pra conversar com você, eu ouvi você dizer que ia colaborar com a gente, que estava feliz pelo nosso casamento e o que aconteceu foi o completo oposto! A cada mensagem e ligação era só reclamação sobre você...

--- Eu não concordei de início com a ideia dela de lhe dar dor de cabeça, até porque acredito que com esse acidente você já tem dores demais pra sentir. Mas eu concordo com ela nesse sentido, você nos deu a certeza de que estava tudo bem e não é isso que estamos vendo! olha onde estamos Laur...

O silêncio que se formou foi imenso, não posso negar que estou chateada com tudo isso, mas eu preciso saber a verdade por trás desses episódios. E ela nada falava, somente olhava para as suas mãos e respirava fundo:

--- Eu não quero voltar pra casa e não saber como você vai reagir cada vez que me vê junto da minha esposa! Se você vai agir bem ou mal a cada momento em que estivermos com as demais, ou que ao invés de falar e conversar vais sair fugida de carro e vim parar no hospital!!

Eu falei enquanto me sentei do lado de sua mãe, estava a ponto de cair no choro bem aqui e não me importo com nada disso.

--- Você já tem assunto demais pra pensar enquanto estiver aqui nos próximos 3 dias. Estaremos em casa, na nossa casa, esperando você chegar e nos dizer como vai querer fazer isso tudo bem? Estamos aqui pra você e sempre estaremos.

Assim que Dinah mostra sua posição, eu confesso que não esperava algo assim, mas concordei em termos com tudo isso. Não gosto de viver algo na base da surpresa, de não saber o que esperar quando chegar perto da minha família!
Ficamos juntas até o fim do horário de visitas, podemos matar um pouco da saudade de nossa filha sem tocar no assunto acidente e crises, sabemos que o caminho não será fácil mas vamos vê até onde ele irá nos levar.

Hard to say goodbyeOnde histórias criam vida. Descubra agora