Nine

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E foi assim que aconteceu.

Tomamos café da manhã juntas, sem pressa alguma. Nove e quinze da manhã pedimos que liberassem a subida da menina, avisamos rapidamente sobre como elas deveriam agir e como era o esperado Lauren não quis desgrudar da gente passando de colo em colo.

Enquanto Dinah foi a primeira com a maquiagem ajudei a secar o seu cabelo e passar a chapinha. Mani foi mais fácil, só enaltecer seus cachos e uma make leve. Ally já estava com o cabelo seco, só acalmamos os parentes com a chapinha e a maquiagem leve também.

Terminado os cuidados com elas a menina ainda quis saber sobre a Lauren que ficou deitada no quarto enquanto conversava com sua mãe pelo facetime. Respondemos que ela não usa maquiagem e o cabelo era natural mesmo, até aqui nenhuma mentira.

Quando ela se retirou meu celular apitou avisando que recebi uma mensagem. Nela o produtor avisava que a van já estava na porta a nossa espera junto de alguns fãs, olhei rapidamente pela sacada e pude vê um grupo de umas 20 ou 30 pessoas na porta do hotel.

Nem com o frio e chuva que estava lá eles desistiam de virem atrás delas. Pedi encarecidamente que a van fosse pro estacionamento para que não houvesse tumulto, assim que terminei de dar as coordenadas nos preparamos pra sair.

Graças aos deuses conseguimos sair sem problema algum, e quando chegamos na rádio tive a certeza de que fiquei completamente surda. Foi a van estacionar no prédio que a gritaria começou, ali tinha o triplo de pessoas que na porta do hotel e alguns resolveram cantar outros berrar a troco de nada.

Meu sangue ferveu quando um garoto de uns 17 anos no máximo agarrou minha baby Lauren pra tirar foto, apressei as demais e a tirei de lá ordenando que os seguranças dali dispersasse aquelas pessoas até o fim da entrevista ou cabeças iam rolar. Quando olhei pra minha menina ela tava com os olhos cheios d'agua e com um bico de quem ia chorar e muito, seu pulso estava vermelho com a marca de uma mão;

Avistei rapidamente um banheiro ainda no primeiro andar e sem dar muitas chances a puxei pra lá, e agradeci muito quando vi que o mesmo estava vazio. Arrumei um jeito de travar a porta e me sentei no chão mesmo a puxando pro meu colo, abraçando minha menina que estava tremendo.

--- Mama ta aqui minha princesa, calma. Deixa eu vê a mãozinha deixa.

Peço e ela estende a mão vermelha pra mim e com a outra procura uma abertura na minha blusa. Deixo um beijo onde está vermelho e libero em seguida meu seio pra ela que abocanha apressada me fazendo retesar pela força que ela está usando.

Uns 5 minutos depois meu celular começa a tocar e consigo atender sem que ela faça qualquer barulho.

+ ligação on

--- Oi amor.

--- O que aconteceu com vocês? Cadê nossa menina? Vocês estão bem? Responde Dara !

Só faço dar risada.

--- Calma meu amor, estamos bem. Um doido que conseguiu segurar a Lauren pra tirar foto e deixou sua mão no pulso dela, mas pelo susto imagina como ela reagiu né.

--- Pelo amor de Deus não me diz que ela se mostrou!?

--- Não, não isso não. Tô trancada no banheiro e sentada com ela agarrada no meu peito. Preciso de mais uns minutos até conseguir subir, será que dá?

Ouço um suspiro de alívio e ela logo continua.

--- As meninas se assustaram mas passamos sem problemas, não sei qual é desse povo com ela. Justo com ela. Avisei que vocês tiveram problemas pra sair e que a entrevista vai atrasar um pouquinho.

Nessa hora Lauren para de mamar e me olha assustada. Aí é que percebo que a fralda vazou, por ela estar de saia não molhou sua roupa mas minha calça já era.

--- Vida tem como você descer aqui com minha bolsa ou pedir pra alguém trazer? Tivemos um contratempo e preciso me trocar.

Bem desconfiada ela concorda e avisa que um dos seguranças está descendo com a bolsa. Agradeço e aviso já estar subindo. Alguns minutos depois ouço batidas na porta e consigo pegar, a troco e coloco uma leging da Dinah que está ali e segurando em sua mão subimos rumo ao estúdio.

No elevador termino de arrumar sua roupa e cabelo, ganho um selinho com gosto de leite e um obrigada seguido do abraço. Assim que entramos arrumaram o ponto eletrônico em sua cintura e ouvido, foi posicionada junto das outras e puderam começar. As mesmas perguntas de sempre foram feitas e respondidas de forma tranquila, até o radialista notar no meio da música DSYLM o pulso vermelho dela.

Hard to say goodbyeOnde histórias criam vida. Descubra agora