Twenty eight

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Como Houston era a cidade mais próxima daquele pedaço fomos para lá primeiro. Minutos após desembarcar Dinah ligou pra Mani e avisou apenas dela estar indo busca lá, pude ouvir que a nossa filha ficou chateada de não ir todas, mas ficou aliviada de ter uma de nós com ela. Nós faríamos essa surpresa...

Normani já nos aguardava na varanda de casa quando parei o carro, passava das 3 da manhã isso.

--- Pelo visto temos mais uma que não consegue dormir amor...

Dinah fala enquanto se solta do cinto. Mani ainda não tinha reparado no carro, olhava pra longe perdida em pensamentos.

--- Esse clube anda muito frequentado. Como a Laur dormiu eu fico aqui esperando a minha deixa pra sair.

Falo e deixo um selinho em seus lábios, diferente da sempre tão quente Miami, a cidade de Houston estava recebendo seu outono; batia um vento gelado ali e como eu já estava apaixonada por aquele clima.

--- Ainda bem que troquei de roupa ainda no aeroporto, que friozinho bom!

Vejo ela sair do carro e poucos segundos depois Normani ao perceber a sua presença sai correndo de onde estava se jogar em seus braços. Sorrir nessas horas é a única coisa que posso fazer, nossa família logo estaria junta novamente.

--- Eu senti tanto a sua falta minha garotinha...

Consigo ouvir Dinah falar enquanto abraça a nossa filha. Elas ficaram imersas em sua bolha por um tempinho até a negra se afastar e olhar com devoção pra Dinah, meu coração apaixonado que só, se inflou e quase explodiu de tanto amor.

Vejo Dinah falar algo e gesticular com a mão atrás do corpo, um claríssimo sinal pra que eu saísse do carro e fosse pra lá também. Abro um pouco do vidro traseiro por conta da dorminhoca e saio do carro; ao abrir a porta vejo seu olhar curioso pra saber quem era a pessoa ali.

--- Mamaaaaaaa...

Quase foi o meu fim! Quando seu corpo se chocou com o meu, o carro nos segurou com um baque meio barulhento. Eu rezei muito pra que Lauren não acordasse no susto; mas ela continuou ali apagada...

--- Que saudade do meu amor....

Dinah que até então estava do outro lado do carro dá a volta e nos abraça também, fazendo sanduíche de Normani. Que só nos olhava e sorria; realmente ficar longe assim dos filhos é ruim. Fica faltando alguma coisa ali, mesmo quando estão todos juntos.

--- Eu não quero mais ficar aqui, quer ficar junto de vocês. Só com as momys, por favor....

Ela fala enquanto segura a gola do meu casaco, esconde o rosto em meu pescoço e percebo dela começar a tremer.

--- Amor está ficando bastante frio aqui, vamos logo que ainda falta a Ally. E essa viagem demora um pouco mais...

Dinah fala enquanto abre a porta traseira do meu lado pra colocarmos a baby. Enquanto ela prende o cinto vou correndo pra varanda buscar sua mala; com todas no carro novamente aquecidas caímos na estrada rumo a San Antônio. Agora sim seriam quase 15 horas de viagem até lá e eu te digo, tem que amar muito porque vai ser basicamente 24 horas viajando...

O dia estava amanhecendo quando éramos quatro almas famintas dentro de um carro. E segundo o GPS do carro a lanchonete não estaca longe, espero que seja decente e que topem esquentar a comida que trouxe.

--- Quem está brilhando de fome além de mim!?

Ouvi gritos de EU e risadas me contagiando pelos quilômetros seguintes até avistar uma lanchonete estilo cidade de interior. Paro o carro alguns metros da entrada e descemos todas, por precaução entro primeiro pra vê como é o local; o cheiro é bom e a cara é de restaurante da vovó.

Hard to say goodbyeOnde histórias criam vida. Descubra agora