Narrador(a):
A manhã de sábado amanheceu, mas as persianas fechadas impediriam que os raios de sol tocassem a pele branca como a neve que logo cairia no inversor que se aproximava.
S/n acordou um pouco após o almoço, quando o relógio já marcava por volta das uma da tarde.
Ela desceu as escadas de madeira geladas, fazendo ela andar nas ponta dos pés. Seu cabelo estava bagunçando, mas ainda sim bonito.
Ela caminhou até a cozinha esfregando os olhos ainda com sono e abriu a geladeira. A luz clara de dentro do móvel a fez piscar algumas vezes para se acostumar.
Pegou uma caixa de leite da geladeira e colocou na mesa enquanto fechava a porta da geladeira e pegava um achocolatado em pó para complementar seu café da amanhã que ironicamente era às duas da tarde.
Ela bebeu o líquido e ficou alguns minutos parada de pé na cozinha olhando para um ponto fixo aleatório, processando tudo o que tinha acontecido no dia anterior.
Lembrou-se da festa, que começaria às seis e meia, apesar de ainda faltarem horas para seu início, a garota bufou com preguiça deixando que o dono consumisse seu corpo novamente.
Após alguns segundos imóvel no cômodo com os olhos fechados entre dormir e acordar, a garota por fim balançou a cabeça espantando o sono e respirou fundo antes de ir para a sala e se jogar no sofá ainda com a seus shorts curtos e blusas sem alsas de dormir.
A televisão a despertou e quando já haviam se passado certa de uma hora e meia, seus pais chegaram em casa, estavam fazendo um certo barulho.
James- Que milagre, acordada há essa hora, S/n?- questionou enquanto entrava rindo com a esposa enquanto adentravam a casa.
S/n- Ande foram? Quando acordei não vi ninguém em casa.- falou enquanto desligava a televisão e olhava para trás do sofá para ver seus pais.
James- Sua mãe me apresentou todos os lugares que conhecia no Brasil, agora é a minha vez, não é querida?- perguntou olhando nos olhos da mulher e ela sorriu em resposta.
Juliana Cooper, mãe de S/n e esposa de James. Recentemente era difícil que sorrisse, por ter perdido um parente, meu primo, o qual ela era madrinha e se culpava por não ter passado segurança o suficiente para ele para que se abrisse com ela antes de fazer algo tão absurdo como se matar, mas às vezes é impossível prever algo assim, só as vezes.
Todos próximos de Juliana percebiam sua mudança de comportamento, como não ria como antes e seu olhar estava sem emoção, principalmente o marido e a filha.
S/n:
Ver minha mãe sorrir de forma tão sincera tirava um peso das costas do meu pai e certamente das minhas também. Seu sorriso era bonita demais para que o guardasse para si, pelo menos era o que meu pai sempre me dizia.
Tornei a olhar o relógio e ele por sua vez já marcava quatro da tarde. Minha barriga roncava de fome e decidi comer o resto do almoço que meus pais trouxeram quando voltaram.
Enquanto comia, o nome de Cedric retornou a minha mente. Algo nele não me era estranho, mas eu não sabia dizer exatamente o que. Comecei a analisar ele por completo na esperança de achar, mas apenas me enrolei mais.
Ele tinha a pele branca com algumas partes mais avermelhadas como a bochecha princu quando saia do esporte. Seu cabelo era moreno e um pouco longo, aparentava ser macio.
Seu nome também me chama atenção, nunca tinha visto ou ouvido esse nome antes, nem mesmo o de Draco. Agora meus pensamen se distrairam de Cedric e foram para Draco, também tinha algo nele, era como nós nos conhecemos desde o pensamento mais bobo ao pecado mais profundo, como se eu tivesse passado uma vida com ele, mas ao mesmo tempo conheço ele a apenas alguns dias.