Meu Advogado Babaca

Capítulo 10

Victor

Não achei que minhas palavras iriam faze-la sair da sala com tanta furia, a Emma é diferente, não sei como fazer para entende-la.

Por que uma pessoa que não suporta estar no mesmo lugar que eu iria vir por vontade própria para o onde eu estou? Tantos outros lugares que ela poderia fazer a diferença, por que justo aquí? Eu não entendo a cabeça das mulheres e principalmente não entendo Emma Wilson.

Me levantei da cadeira e peguei meu blazer que estava pendurado, vesti o mesmo e abotoei os botões.

Eu não acredito que vou atrás dela, não acredito que vou fazer isso.

Saí da minha sala e parei em frente a secretária.

- Senhorita Flint, onde está Emma Wilson?

- Não sei, senhor Moore, ela saiu indo para o corredor, acho que desceu.

- Ok. - falei saindo em direção ao elevador.

Parei na porta e apertei o botão, olhei para os dois lados e vi a porta de emergência aberta.

Caminhei até ela para fechar,as parei na metade do caminho.

Essa porta nunca tá aberta, toda vez que eu subo eu a fecho.

Será se ela subiu? Não sería possível, sería?

Abrí a porta e fechei logo atrás de mim, comecei a subir os degraus da escada em direção ao lugar que eu conheço muito bem.

Puxei a maçaneta e olhei para os dois lados, não encontrei nada, escutei passos e segui de onde vinham esses passo.

Foi só eu fechar a porta e dar dois passos a direita que vi ela andando pelo lugar.

O que eu poderia falar para me redimir?

Acho que passei dos limites, talvez eu tenha debochado demais.

O que eu posso fazer?

Ela faz isso comigo, faz eu me sentir livre para falar o que eu quiser.

Como pode ser possível?

Devo começar me desculpando? Ela já ouviu muitas desculpas da minha boca.

- Eu não deveria ter te julgado sem te conhecer. - Ela parou seus passos e continuou de costas parada em frente a proteção do terraço. - Passei dos limites.

- Você tem razão. - Ela se virou. - Eu comprei as ações por motivos errados.

- O que?

- Comprei por motivos errados, e não me orgulho disso, porém nunca foi para impressionar ninguém, foi apenas para provar para mim mesma que eu sou capaz. - sorriu para baixo e olhou para mim - Eu não sou o tipo de pessoa que liga para o que os outros pensam de mim. Essa não sou eu.

- Qual foi o motivo errado?

- Me vingar de você, claro. - dei alguns passos em sua direção. - O meu objetivo era pegar tanto no seu pé enquanto estivesse aqui pra você me implorar para eu sair.

- Desistiu?

- Eu não desisto. - Ela levantou o olhar e fitou meus olhos. - Eu tenho limites, e esse plano era falho, por que eu sou uma ótima companhia.

- Corta essa. - Falei negando.

- Você se sente a vontade falando comigo, não?

Isso é verdade, ela é uma pessoa fácil de conversar.

- Eu não diria isso.

- O que veio fazer aqui?

- Eu não gosto de pedir desculpas para ninguém, principalmente porque eu nunca estou errado, mas não sei o que você tem que faz com que eu perca a razão.