Capítulo 37

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Victor

Comecei o dia de bom humor, porém depois de algumas entrevistas para minha nova secretaria, uma reunião com os sócios júnior da firma o meu humor está péssimo, hoje tive que assumir um caso que lida com homicídio, uma marca multimilionária e a máfia turca.

Odeio casos que tenho que lidar com assassinos ou prostitutas e esse eu tenho que lidar com os dois. Acontece que nesse caso há dois empresários que foram acusados de matar uma prostituta, porém não sabem se foi meu cliente ou o dono de uma rede de lojas ligado a máfia, claro ninguém sabe dessa parte da máfia turca, apenas o cara que é inteligente o suficiente pra conhecer a concorrência e quem eles representam.

No caso, eu!

Eu poderia ficar aqui pensando sobre essa merda de caso, porém prefiro sair e afogar minhas mágoas com comida e já que está na hora do almoço é isso que vou fazer.

Pensei em chamar Emma para me acompanhar, porém ela está em reunião e eu não quero atrapalhar.

Saí da minha sala e caminhei em direção ao elevador, quando cheguei no andar de baixo comecei a caminhar despreocupado pelo saguão em direção a saída do prédio.

Escutei o som característico de saltos batendo contra o chão em toques rápidos e me virei tendo a visão de Emma caminhando atrás de mim.

- Não me convidou para almoçar com você? – Ela pergunta ao se aproximar.

- Achei que estivesse em reunião, não quis incomodar. – ela se virou para mim e começou a me analisar, ficou encarando por longos segundos.

- O que você tem hoje? Está diferente. – diz aprontando para minha face.

E incrível a maneira como ela consegue saber isso.

- Estou um pouco irritado, não quero falar sobre isso. – Digo e começo a andar novamente.

- Eu também, queria algo que me fizesse ficar mais calma. – Ela insiste me acompanhando.

Parei para encara-la por um segundo e vi um sorriso safado em seus lábios.

- Eu estava indo almoçar, podemos pedir algo na minha casa, comer e depois apreciar a sobremesa.

- Podemos apreciar a sobremesa e depois comer. – Ela diz e sorri novamente para mim.

- Me permite acompanhá-la até minha humilde moradia?

- Não precisa pedir duas vezes. – Responde e toca no meu braço após passar pela porta.

O carro dela estava parada a frente e abri a porta para que entrasse, em seguida entrei do outro lado, ela pediu ao motorista que nos levasse para minha casa, enquanto eu buscava o número de algum restaurante.

Depois que chegamos Emma dispensou seu motorista e atendeu uma ligação enquanto passava pela porta.

- Argh! Que cara chato. – Ela diz muito irritada com a pessoa que acabou de ligar. – Me dá um minuto, vou ligar para a Flint.

- A vontade. – Falei tirando meu blazer. E afrouxando a gravata.

Emma foi para a cozinha e eu me deitei no sofá enquanto pedia nossa refeição pelo celular.

Depois de terminar o pedido apenas fechei os olhos e coloquei meus braços atrás da cabeça.

- Acho que está ficando velho. – Ouço Emma dizer e abro os olhos vendo ela me encarando.

- Engraçadinha, por que acha isso?

- Estava dormindo.

- Não estava, apenas fechei os olhos aguardando sua ilustre presença. – sorri – me parece que finalmente a patricinha está sabendo o que é trabalho de verdade.

Meu Advogado Babaca Onde histórias criam vida. Descubra agora