Meu Advogado Babaca

Capítulo 44

Emma

Victor e eu acabamos de voltar de Boston, ele me deixou em casa e foi embora, o fim de semana com ele foi muito legal, apesar dos pesares a gente até que teve um fim de semana “romântico” ele insistiu em fingirmos está noivos até na frente da Sabrina, porém eu falei que não que ela poderia contar para nenhuma das meninas, eu disse pra ela que perdi uma aposta e por isso ele estava comigo no jogo, a festa que fomos estava lotada, os jogadores dos Lakers e dos Celtics até foram lá, eu e Victor saímos com as nossas camisetas cheias de assinaturas dos jogadores, O fim de semana foi tudo de bom, eu não queria que acabasse pra não ter que enfrentar a Liv.

Ela já me ligou umas duas vezes pra me lembrar de ir falar com ela, fora as mensagens que ela deixou.

Assim que cheguei em casa, notei que a Katie e a Isa não estavam, subi para o meu quarto e guardei as minhas coisas, troquei de roupa, coloquei uma calça jeans, tênis branco e um cropped preto, peguei a minha bolsa e desci a procura da chave do carro, e não encontrei no lugar de sempre, fui encontrar na mesinha de centro da sala.

Peguei o carro e saí do prédio, cheguei na casa e os portões foram abertos, estacionei o carro e abri a porta, entrei e escutei algumas vozes vindas da sala de estar.

- Você não pode fazer isso, ela é minha filha! – Escuto na medida que vou me aproximando.

- É minha filha também, foi decisão dela, eu não obriguei a nada e você concordou. – escuto Liv dizer.

- Eu não sabia que ficaria três meses sem vê-la.

Depois de me aproximar percebi que a Liv está discutindo com o Yan.

- EU NÃO... – minha irmã se cala por um momento ao me olhar e torna falar – Eu não quero saber, nós discutimos isso, você concordou, eu concordei então acabou a discussão, vai embora. eu tenho outros assuntos a tratar.

- Eu vou embora, mas eu quero ficar com a minha filha durantes esses dias que ela ficar aqui. – Yan dá as costas pra ela e me vê olhando a cena. – Olá Emma.

- Ãn... oi, Yan.  – Falo e ele passa por mim indo embora e bate a porta assim que sai.

Olhei para Liv que colocou sua mão na cabeça e sentou no sofá.

- Eu realmente preciso de um sossego de tudo isso. – Ela diz olhando para o teto.

- o que você quer falar comigo?  - Perguntei me aproximando.

- ainda tem mais essa. – ela diz suspirando. – por favor sente-se, Emma.

- posso dá uma sugestão? – perguntei enquanto sentava e ela me olha – deveria sumir por um tempo, parar de ser robô, sabe?

- Emma, se eu sumir, tudo desmorona, tá tudo uma bagunça, e eu sou a única faxineira que sabe arrumar.

- Era só uma sugestão, você vai acabar explodindo desse jeito.

- Eu sei. – Ela respira fundo – mas vamos mudar de assunto, você não está aqui para falarmos de mim e sim de você.

- O que?

- Emma, você precisa decidir o que vai fazer a respeito da firma, não dá pra você ficar desse jeito, isso tá virando uma bola de neve. – ela diz bem séria.

- Eu sei, eu sei. Eu na verdade já tinha pensado a respeito, eu gosto de trabalhar na firma, e eu não quero ir para outro lugar.

- Você não tinha começado tudo isso para se vingar do Victor ou algo assim? Está na hora de abandonar o barco.

- acontece que agora eu sou a capitã desse barco. – Digo e tudo fica silencioso por um minuto.

Olivia me encara por muito tempo e eu fico sem reação nenhuma, apenas a encaro de volta.

- Você gosta dele. – Ela diz e sorri.

- De quem? Eu não gosto de ninguém, tá doida? – respondi fingindo uma falsa sinceridade, já está tão na cara assim?

- Emma, eu não vou te julgar, eu sabia que isso ia acabar acontecendo, e eu estou feliz por isso. – Ela sorri mais uma vez e percebo que acabei de cair em uma emboscada.

Olivia é uma pessoa muito sorrateira, e eu não acredito que caí nessa, e não acredito que não percebi isso antes.

- Como você descobriu? – Perguntei e ela cruza as pernas antes de começar a falar.

- Bem, você anda dando muita bandeira ultimamente, mas no dia da balada eu vi vocês dois e foi aí que percebi que você está apaixonada por ele. – Ela olha para o chão e continua. – Você nunca mentiria a respeito de algo se não levasse a sério, é uma das coisas que eu gosto em você, você é sempre sincera. E você não está sendo ultimamente, e isso me levou a pensar o motivo.

- Se você descobriu é só uma questão de tempo para os outros descobrirem. – minha expressão muda para algo que não consigo descrever em uma palavra é uma mistura de alívio e tristeza.  – Eu queria contar, mas eu não tenho nada com ele, e tenho medo de não conseguir ter nada nunca.

- Emma, você gosta dele e isso é suficiente, mas realmente você não pode ficar assim por muito tempo, você tem que decidir se vai dá mais um passo para frente ou vai voltar e desistir. – Ela pega na minha mão. – Faça uma boa escolha, e lembre-se que sua família está aqui pra você.

Liv beija a minha cabeça e me deixa sozinha com meus pensamentos.

Por que ela foi falar sobre isso logo agora? Estava dando certo jogar tudo para debaixo do tapete.

Me levantei, triste pelo tapa na cara que levei da vida e saí pela porta da frente, entrei no meu carro e dirigi Até a casa do Victor.

Desci do carro e abri na porta, as palavras que eu quero falar estão na minha cabeça e eu e estou ansiosa, a porta é aberta e quando vejo a imagem de outra pessoa que não ele na porta tudo some.

- Emma? O que faz aqui? – Giovanna pergunta abrindo os braços para me abraçar.  – Eu senti saudades de você. Faz tempo que não nos vemos.

- Sim, faz tempo. – Falei de uma forma monótona que nem eu reconheci.  – Ah, seu irmão está?

- não, ligaram pra ele do tribunal ou algo assim, ele foi trabalhar. – ela diz.

- você não quer entrar? Eu tô esperando a Elisabeth pra gente passar a tarde juntas.

- Eu adoraria, mas não posso, tenho que resolver algumas coisas, só passei aqui rapidinho.

- ahh, entendi, então deixa pra próxima, você me parece mais ocupada do que antes. – Ela sorri e eu saio caminhando de volta para o meu carro junto com a minha decepção e minhas dúvidas.

Voltou para casa com uma nuvem negra sobre a minha cabeça entro no quarto e me coloco a chorar, pensado em tudo o que vivi.

Em algum momento peguei no sono e acordei com dor de cabeça, me levantei da cama e olhei no espelho, meus olhos estavam inchados e cocei os olhos indo para o banheiro, lavei meu rosto e me encarei novamente.

- Eu tô um caco! – Falei enquanto encarava meu reflexo, saí banheiro e comecei a andar pela casa, sozinha de novo, ao que parece Katie e Isa ainda não voltaram seja lá onde estejam.

Nesse momento da minha vida, não, do enredo da minha, acho que é o momento em que a mocinha se depara com uma parede que ela tem que dá um jeito de ultrapassar, eu não me sinto eu mesma nesse momento, e preciso encontrar uma saída desse labirinto.

Me movi até a cozinha, peguei uma garrafa de água e me hidratei, acho que toda a água que estava no meu corpo se foi naquelas lágrimas.
Sentei na ilha da cozinha, bebendo uma garrafa de água e tentando arrumar um jeito de parar de sentir o que eu estou sentindo.