Good Morning ✖ AyA {finalizada}

Capítulo 10

Desfrutem <3

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Anahí não sabia exatamente o porquê, mas havia aceitado quase sem titubear. Estava neste momento no apartamento do ilustre professor Alfonso Herrera. E não pode deixar de reparar tudo que estava ao redor.

Provavelmente quem pagara o hotel pelo tempo determinado de um semestre fora a própria faculdade, porém a decoração já parecia ter seu toque pessoal. Como ela imaginava, tudo estava organizado e impecável.

- Sinta-se a vontade. – Herrera disse ao ver Anahí invadindo seu espaço.

Isso para ele era algo completamente estranho, aquela não era sua casa, mas seria seu lar ao menos por seis meses. Durante anos de sua vida sempre detestou visitas salvo as da sua mãe. Não gostava de pessoas entrando em sua casa e bisbilhotando suas coisas. Sempre que podia preferia que os encontros de trabalhos fossem no escritório ou na casa de Dulce, e quando ela inevitavelmente acontecia na sua, ele se sentia completamente desconfortável como se sua vida toda fosse violada.

Não gostava de ser um livro aberto e nem queria.

Porém com Anahí tudo fora diferente, não pensou duas vezes antes de fazer o convite, e ainda pior: Ficou feliz quando ela aceitou. Estava prestes a pedir desculpas e retirar tudo o que havia dito quando recebeu um lindo "sim", vindos de lábios sorridentes. Ele percebeu e não ligou ao ver os olhos azulados de Anahí percorrendo sua casa, parecia que não havia problema nenhum em compartilhar sua vida com ela, embora isso soasse ambíguo em seus pensamentos, de algum modo que nem ele sabia explicar estava de acordo com as duas partes desta ambiguidade.

"Compartilhar minha vida com ela...". Sua mente vagou sobre isso alguns segundos.

Anahí percorreu pelo lugar e elogiou o mesmo para Herrera, tinha muito dele naquele ambiente. Ela olhou sobre a cômoda ao lado da televisão três porta retratos. O primeiro ele ao lado de uma senhora de cabelos grisalhos, magra, usava óculos redondos, aparentava ser distinta e parecia muito Herrera, previu que esta era sua mãe.

O segundo era Herrera junto a um grupo. Havia uma ruiva de olhos castanhos muito bem maquiada, muito bonita, cabelo impecável, também havia outra mulher na foto que também era loira e tinha olhos claros, porém não parecia ligar tanto a aparência física. Dentre esse grupo, aquém de Herrera havia três homens, um que parecia bastante jovem e era muito bonito, o segundo já parecia um pouco mais maduro e também tinha uma beleza invejável e por fim o terceiro um lindo rapaz de cabelos e olhos escuros. Todos vestidos com uniforme, provavelmente em um ambiente de trabalho, devia ser a família que Herrera havia mencionado.

- Esses são Dulce, Sofia, Christian, Nicolas e Christopher. A minha equipe. – Falou orgulhoso quando Anahí fitou-o.

Por fim ela olhou o ultimo quadro, ele não estava nesta imagem, era somente a imagem de uma mulher. Ruiva, de olhos claros e penetrantes, emanava sensualidade tão somente pela foto, tinha maquiagem clara que desenhava bem seu rosto, levava um crucifixo no pescoço e um sorriso único. Anahí tinha de admitir, era uma linda mulher, e ao olhar aquela foto parecia que via uma mulher segura de si mesma, como se estivesse sempre no controle.

Herrera não havia falado nada sobre ela. Seria alguém importante para ele? Sentiu seu estômago embrulhar.

- Essa é Heather. – Falou simples.

- Algo que eu deveria saber? – Perguntou calma, mas no fundo tinha medo da resposta.

- Heather é uma grande amiga. Já nos envolvemos fisicamente, só que o que realmente me interessa nela é seu lado intelectual. Ela é uma boa pessoa para conversar, talvez a única pessoa com quem eu tenha conseguido me abrir até hoje. Porém não há sentimentos, não acredito que Heather tenha a capacidade de amar, - ele sorriu ao recordar-se – e mesmo que tivesse, creio que ela dispensa tal sentimento.

- Amizade com benefícios. – Anahí sorriu, tentando esconder aquela ponta de ciúme que havia aparecido por imaginá-lo com outra mulher. – Não pensava isso de você. Não me parece fazer o estilo garanhão.

- E não sou. Para Heather sexo não é somente o ato em si, envolve muito mais que isso, foi uma boa experiência. – Ele ergueu a sobrancelha. – Porém creio que não queira ficar falando dela, não é mesmo?

Anahí desviou novamente o olhar para o retrato e depois para ele. Com um sorriso no rosto arriscou.

- Pelo menos seu coração está aberto. – Ela então se direcionou para o sofá e sentou-se no mesmo.

- Não tanto como gostaria. – Ele disse seguindo-a, assim que ela se virou para ele.

- Como assim?

- É que tem uma loira de olhos azuis, que usa um lindo rabo de cavalo e sempre têm perguntas astutas me deixando cada vez mais louco. Um pouco estranho para mim esse misto de novos sentimentos, mas que estou gostando de experimentar.

- Está? – A loira então se aproximou dele, sentando tão próximo de seu professor que pode sentir o calor que emanava de seu corpo.

- Sim, estou. – Falou com convicção, estranhando a si mesmo.

Onde Alfonso Herrera deixaria se levar tanto a ponto de deixar seu ceticismo de lado e entregar-se a seus sentimentos sem nem pensar nas consequências que viria? Isso se comprovou quando depositou sua mão sobre a perna dela, e começou a deslizar-lá, subindo por sua coxa e logo pela sua cintura puxando para si.

Os lábios de Anahí se entreabriram mostrando que aceitava aquele gesto de carinho, e logo começaram um beijo calmo e cheio de romantismo. O corpo de Herrera começou a apoiar-se sobre o dela deitando-a no sofá.

Anahí instintivamente parou de beijá-lo, precisava falar. Se não contasse para ele sobre aquela mentira, e sobre outro problema que rondava sua mente, talvez nunca falasse.

- Poncho... – Suspirou, tentando interromper aquilo.

- Anahí, me desculpe. Eu... Eu não sei onde eu estava com a cabeça. Sei que isto está indo tudo muito rápido e que você é apenas uma menina... – Ele demonstrou-se terrivelmente nervoso, como um cavalheiro.

- Não Poncho. Eu quero. – Ela o interrompeu. – Talvez como nunca tenha querido em toda minha vida, mas eu preciso te contar uma coisa.

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Será que ela vai contar? Será que vai rolar? Aiii... Vamos ver!