Oi gente, eu sei que o último capítulo foi bem pequenininho, maaaas ele era só uma transição, o capítulo de hoje compensa em tamanho... Mas não sei se compensa a raiva que vocês estão sentindo do Herrera.
Espero que gostem do capítulo de hoje.
Desfrutem <3
________________________________________________________Anahí não teve muito tempo para pensar em Herrera, muitas coisas haviam acontecido desde sua despedida nada agradável. Teria de apertar as contas, pedir um aumento ou até procurar um emprego que pagasse mais abandonando seu sonho de ser perita criminal um dia, e sua faculdade teria que termina-la o mais rápido possível, se não teria que abandoná-la.
Em um acordo com os professores e graças ao seu desempenho durante toda sua vida acadêmica, a loira conseguiu adiantar as provas finais, e finalizar o ultimo semestre que lhe faltava antes da chegada dos gêmeos. Afinal, a cada mês sua barriga parecia que duplicava ou triplicava de tamanho.
Ao final do oitavo mês de gestação já havia terminado tudo que lhe faltava da faculdade, porém não haveria dinheiro para formatura, e nem tempo. Na época de sua formatura, os bebês necessitariam quase integralmente dela.
- Como assim você não vai fazer formatura. – Tasha exaltou-se. – Eu pagarei se for preciso, os bebês poderão ficar algumas horas sozinhos. Você merece isso Any!
- Não é certo que pague. E desculpe, mas os bebês serão muito pequenos, e as solenidades geralmente são muito demoradas. Além disso, eu teria que deixar de trabalhar uma noite inteira, eu preciso do dinheiro Tasha. Eles irão precisar.
- Como assim? Na época da formatura você irá estar de licença maternidade.
- Eu vou encurtar minha licença Tasha. Na licença eu não receberei minhas horas extras, e o percentual noturno, esse dinheiro vai fazer falta.
- Você está maluca? Como assim? Seus bebês irão precisar de você também.
- Eu sei Tasha. Mas a minha realidade é diferente da sua. Você tem que entender.
Tasha entendia, porém ela era uma ótima amiga, uma amiga que se preocupava. Queria o bem de Anahí e a ajudaria financeiramente se fosse possível, porém ela jamais aceitaria. Pôde ajudar então de outra forma, uma ajuda dupla, pois havia uma amiga precisando de uma babá e outra precisando de um lugar para morar.
Fora perfeito para ambas. Anahí ofereceria um espaço em seu pequeno apartamento, que parecia ainda menor com as coisas dos bebês, e Joana cuidaria dos gêmeos quando a mãe tivesse que trabalhar, e ainda poderia trabalhar durante o dia, enquanto Anahí estivesse em casa. Joana não poderia ser mais perfeita para o trabalho, ainda mais sendo de confiança de Tasha, ela jamais colocaria os filhos de Anahí na mão de alguém que não tivesse plena confiança.
A dupla era bastante agitada dentro da barriga, eles adoravam fazer acrobacias e dar chutes. Anahí logo percebeu que seriam uma dupla e tanto, já que enquanto um dormia calmo na barriga, o outro era se mexia, e quando o outro dormia era a vez do primeiro brincar. Apesar disto, a gestação fora muito tranquila, poucos enjoos e poucos desejos também. O parto fora ainda mais tranquilo.
De cesariana, primeiramente nasceu Julia, pequena, com pouco menos de dois quilos, chorosa, arrancou lágrimas de sua mãe com aqueles lindos olhos verdes e cabelos castanhos. Em seguida nasceu Noah, pouco maior que Julia, pesava dois quilos e duzentos gramas, chorou a pulmões abertos, e assim como a irmã ostentava lindos olhos verdes e cabelos castanhos. Eles eram lindos.
Anahí tinha certeza, aquele era o momento mais marcante da sua vida, algo que jamais poderia esquecer, porém nunca havia sentido tanto medo na sua vida. O que faria com duas crianças? Seria uma boa mãe? Daria conta de tudo? Céus! Sentia-se perdida.
E se ela pensava que os medos iam diminuir no dia seguinte, estava enganada, pois só pioravam. A cada choro, ela não sabia se era fome, cólica ou fralda suja. Quando um parava, o outro começava, e nem toda a ajuda da jovem Joana e da enfermeira parecia suficiente para acalmar seu coração.
Ir para casa foi um susto ainda maior. Agora não havia todo o suporte hospitalar para ajudar ela. Tinha somente Joana e ela mesma. E se eles ficassem doentes? E se precisassem de ajuda? E se ela não conseguisse dar o peito? E se...
Os medos começaram a passar com o passar dos meses, assim como novos medos surgiam. Aos poucos ela aprendia a conhecer seus filhos e a saber distinguir cada um dos choros. Aos três meses de idade, os pequenos já mostravam que estavam longe de ser o que eram dentro da barriga. Dormiam quase a noite toda, e acordavam somente na hora das mamadas. Eles eram calmos, doces e ela já não imaginava uma vida onde eles não estivessem.
- Vá descansar Anahí, eu fico com os garotos. – Joana sugeriu. Anahí estava cansada, ainda sim aproveitava o máximo perto dos filhos. A loira sabia que teria pouco tempo com eles quando voltasse a trabalhar.
- Obrigada Jô. Porém eu gosto tanto de observá-los dormir. Isso me acalma. – Ela sorriu.
- Mas você também precisa descansar um pouco. Dormir. – Ela enfatizou a última palavra. – Eu cuido dos pequenos, estou descansada. Daqui três horas eles já estarão berrando por você de novo. – Ela riu baixo.
- Verdade. – Anahí concordou, largando o paninho de Julia sobre o berço.
- Pode dormir na minha cama. Que eu fico aqui. Assim fica um pouco mais a vontade.
Anahí obedeceu, estava realmente exausta. Pelo pouco espaço, o berço que os bebês dividiam, era espaçoso, e ocupava metade do quarto da loira, as roupas e fraldas dos bebês também tomavam quase todo seu guarda roupa que já não era tão grande. A cama de Joana acabou ficando na sala, pois não havia outro lugar. E ela tinha uma pequena cômoda para colocar suas roupas. Joana estava contente, pois não tinha onde ficar desde que havia chego em São Francisco. Anahí havia caído como um anjo, e os bebês já faziam parte da sua vida, mesmo dentro da barriga. Ambas haviam criado uma linda amizade e se davam muito bem dividindo o apartamento.
A loira se deitou na cama de Joana, e Freddie veio como de costume pulando sobre a cama e deitando-se sobre a loira. Ela acariciou o gato que ronronava sem parar e mexia as patinhas colocando as unhas para dentro e para fora em um movimento conhecido por afofar ou amassar pão. A mesma caiu em um sono profundo.
E como em um piscar de olhos, havia se passado um ano desde que Herrera havia sumido de sua vida, deixando dois lindos bebês, que a propósito estavam perto dos quatro meses de vida. Fazia exatamente uma semana que ela os deixava sozinhos durante a noite para trabalhar, e ainda que trabalhasse, seu pensamento e seu coração estava sempre com os gêmeos, sua preocupação era diária.
- Anahí. – Disse seu chefe passando pelo corredor. – Preciso de você na minha sala, agora. – Seu tom era sério e isso amedrontou a jovem legista. Não poderia perder o emprego justamente nesse momento. Seu chefe era um homem justo e sempre havia sido legal com ela, havia ajudado no enxoval dos bebês, e já estava pensando há algum tempo para convidá-lo a ser padrinho de um deles juntamente com sua esposa. Porém não pode deixar de pensar no pior, se ela fosse demitida, como ficaria ela e suas crianças?
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Gente, em algumas histórias eu faço tipo um quiz no final, tipo, com várias continuações possíveis e vocês comentam a alternativa que vocês acham que é a certa. Eu vou fazer nesse capítulo, se vocês gostarem, faço nos próximos.
Quiz: O que vocês acham que vai acontecer com a Any nos próximos capítulos em relação ao emprego dela?
A) O chefe dela vai propor uma transferência para Anahí para outra cidade.
B) O chefe dela vai ter que demitir ela, mesmo com muita dor no coração, devido a corte de custos. Devido a isso ela vai procurar um emprego em outra cidade.
C) O chefe dela terá que cortar o salário dela, o que torna o emprego inviável, para poder sustentar ela e os filhos, e ela acaba buscando outro emprego em outra cidade.E aí? Qual vocês acham que é a alternativa certa?
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Good Morning ✖ AyA {finalizada}
FanfictionAlfonso Herrera é supervisor do turno da noite do laboratório de criminal de Las Vegas, e é convidado para dar um semestre de aulas sobre entomologia forense - no que ele é especialista - na faculdade de São Francisco. Filho de mãe surda e já quase...