Capítulo 46

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Desfrutem <3 (e não matem a autora)

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Todos já tinham suas tarefa e correram para fazê-las. Nicolas logo estava com Joana e os gêmeos, Christopher e Christian trabalhavam duro para tentar encontrar suspeitos que se encaixassem em uma tentativa de vingança. Jim já havia chamado Sofia, que agora cuidava da cena do crime. E Dulce tentava pegar várias informações sobre Anahí a fim de poder fechar a linha do tempo e poder descobrir para onde Anahí foi levada.

Herrera estava com Archie no laboratório de informática, ele tentava descobrir com quem Anahí havia falado por último e também encontrar câmeras que mostrassem o carro e para onde Anahí havia sido levada na hora do sequestro.

– Poncho, falei com o médico de Anahí, ele me disse que não havia nenhuma consulta marcada para Anahí hoje. Mas Nicolas, me ligou, e disse que Joana falou que ela estava animada com a consulta de hoje. Nem o médico e nem a amiga da Anahí quiseram falar sobre o que era a consulta.

– Não consigo entrar no celular de Anahí, não sem um mandado. – Archie interrompeu.

– Não precisa. – Era Sofia também entrando na sala as pressas. – Encontrei isso onde ela foi sequestrada, acho que o telefone dela caiu antes de ser levada. Pode ter alguma coisa importante. – Ela entregou o celular para Herrera. – E Herrera, tudo de relevante que encontramos está na sala de evidências um. Seria bom se você passasse lá depois.

– Claro.

– Com isso eu consigo trabalhar. – Archie pegou o celular já engatando um cabo USB. – Essas são os últimas mensagens que Anahí recebeu. Todas parecem do mesmo número.

Todas as últimas mensagens de Anahí apareceram no telão que Archie tinha disponível. Herrera se atentou a última mensagem dela:

"Olá Anahí. Tudo bem? Seus últimos exames foram mais conclusivos. Acredito que seja melhor falarmos pessoalmente sobre a parte técnica, porém acreditamos que há uma possibilidade de cura em relação a sua hipoacusia. Ainda não temos uma taxa de 100% de sucesso, porém é uma medicação a nível experimental e acredito que poderemos te incluir no programa de testes. Poderia vir amanhã no final da tarde no meu consultório para conversarmos melhor?"

– Hipoacusia? – Dulce pensou alto.

– Anahí está surda. E ela não me contou nada. – Herrera nem notou que prendeu a respiração por alguns segundos. Ele conseguia imaginar o pavor de Anahí sem poder ouvir, refém de sabe-se lá quem. Indefesa.

– Ela não contou nada para ninguém. – Saviñón disse com pesar. – Mas se o médico de Anahí não tinha consulta marcada, como essa mensagem foi enviada do celular do médico dela?

– Sofia, volte ao hospital e fale com o médico. Dulce, venha para a minha sala comigo.

Herrera foi acompanhado de Dulce para a sua sala. Sentou-se, precisava sentar, já não aguentava mais o peso que carregava, principalmente na consciência. Agora ele se sentia mais culpado do que nunca.

– Dul, seja sincera, você sabia que Anahí estava surda? Alguém aqui no laboratório sabia?

– Eu não sabia, e acho que ninguém sabia. Nem mesmo o Christian. Você acha mesmo que em uma situação dessas, a gente não contaria algo assim se soubesse?

– Que merda! – Esbravejou, deixando a ruiva impactada, ele não costumava falar palavrões. – A culpa é toda minha. Ela ficou com medo de me contar. E agora alguém que sabia disso, usou isso contra ela.

– Por que a culpa é sua? Por que ela não te falaria?

– Eu nunca falei isso para ninguém, mas quando eu conheci Anahí, supus que ela era surda, por estar na minha turma de deficientes auditivos. E ela ficou com vergonha de desmentir. Quando descobri, fiquei muito irritado, brigamos e eu a tratei muito mal. Quando ela me falou que estava grávida eu não acreditei nela, disse que era outras de suas mentiras e fui embora de São Francisco. Ela passou maus bocados por minha culpa, não é culpa dela, ela não me querer mais. – Ele desabafou por fim, contendo as lágrimas. – E agora, o acidente pelo visto a deixou surda e ela não pode confiar em mim, e o pior, eu não a culpo.

– Ela ter sido sequestrada, não é sua culpa. Nós vamos encontrar ela, e ela vai estar bem. Mas agora precisamos saber como ele descobriu isso, como ele sabia que ela estava surda, e principalmente, quem é ele.

Então como um estalo, uma ideia surgiu na cabeça de Herrera:

– Eu já sei como.

...

Anahí foi todo o caminho quieta, de cabeça abaixada e tentando prestar atenção no máximo de coisas que conseguia, como, por exemplo, quantas vezes o carro fazia curvas e se virava a esquerda ou a direita. Quantos quilômetros andava reto. E tentava perceber como o carro trepidava, assim poderia saber se estava em asfalto, paralelepípedo ou estrada de chão. Ela não sabia se tinha real noção do tempo, mas parecia que havia ficado ao menos duas horas andando de carro.

Quando o carro parou, ela tremeu. Era aterrorizante não saber o que acontecia a sua volta. Iriam matar ela ali? Iriam pedir resgate? Se ela ouvisse, ao menos poderia argumentar, tentar atrasá-los, mas agora amarrada, sem poder ver ou ouvir, estava totalmente a mercê do que eles quisessem fazer com ela.

Mesmo tentando se debater, um dos homens a arrancou do carro. Era alto e forte, pois ela nem teve chance de reação. O cheio era de folhas e grama, a pouca luz que entrou pelo capuz em sua cabeça, mostrou que ainda era dia. Ela então foi empurrada para dentro de algum lugar, o piso parecia de madeira pelo modo que cedia quando ela pisava, e o cheiro dentro era de álcool e comida velha. Ela foi colocada em uma cadeira de madeira com braços. Então cortaram o fitilho que segurava seus braços juntos, e prenderam suas mãos, com as mesmas abraçadeiras nos braços da cadeira. Fizeram o mesmo com os pés de Anahí, prendendo-os nos pés da cadeira.

Quando tiraram o capuz de sua cabeça, ela manteve os olhos fechados e virou o rosto o quanto pode, para não ver os sequestradores. Então sentiu uma mão no seu queixo, ela tentou mordê-la, mas levou um tapa forte na cara, que fez a cadeira pender para o lado e quase cair. Ela gemeu de dor, mas manteve os olhos fechados.

O homem então pegou ela pelo rosto novamente, e forçou seus dedos contra as pálpebras dela, forçando abrir os olhos.

– De olhos abertos. – Foi o que ela conseguiu entender quando foi forçada a olhar.

Ela então abriu os olhos. Haviam dois homens grandes em um sofá, e o homem que estava a sua frente não era grande, mas ela também não o reconhecia. Teve que piscar algumas vezes antes de sua visão voltar ao normal e se acostumar com a luminosidade. Ela tinha certeza que ele não estava no carro quando a pegaram, ele tinha um perfume forte, que não havia sentido antes.

– Anahí Portilla. Eu sei que você entende o que eu falo, ainda que não escute sequer uma palavra. Como você se sentiu sendo surda e cega? – Ele riu sarcástico.

– Vai se ferrar. – Ela cuspiu as palavras.

– Quem vai se ferrar é você. – Ele sorriu. – Você, depois seus filhinhos e por fim Herrera.

– Encosta nos meus filhos e eu como as suas vísceras seu desgraçado.

– Ficou corajosa é? – Ele riu. – Quero ver se vai continuar corajosa depois que eu acabar com você. Quero que você sofra muito e que quando estiver na mesa do legista, Herrera saiba disso. Mas prometo que a morte dos seus filhos vai ser rápida. Eles não vão sentir dor nenhuma.

– Fica longe dos meus filhos seu filho da puta. – Grunhiu.

Ele então deu outro tapa no rosto de Anahí, mas esse foi tão forte que a derrubou no chão junto com a cadeira. Ainda no chão, ele deu dois chutes seguidos contra o abdômen de Anahí, ela pode apenas gemer enquanto tossia bolas de sangue, e em seguida ela perdeu a consciência.

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Quem aí chutou em D e acertou? Ponchito sabe que ela tá surda e ainda se culpa por isso (finalmente, ele sabe de quem é a culpa né?). E o que a Any tá sofrendo já :( , aaai doeu em mim.

E o quiz de hoje é:  Até o final do próximo capítulo, há quantas horas Anahí estará desaparecida?

A)6h
B)12h
C)72h
D) 120h

E aí gente, qual meu nível de maldade? A, B, C ou D?

Good Morning ✖ AyA {finalizada}Onde histórias criam vida. Descubra agora