Capítulo 51

396 40 28
                                    

Notas inicias: Não esqueçam de me seguir no insta e twitter. O @ é o mesmo pros dois: @unafenixfanfics 

Desfrutem ♥

__________________

Já era noite, Anahí não tinha posição para dormir, seu corpo todo ainda doía, e ela não queria ceder mais as medicações para dor. As medicações eram fortes, a deixavam sonolenta e um pouco tonta, e ainda sim não tiravam totalmente a dor, somente amenizavam. Não gostava da sensação, mas sabia que logo não suportaria mais a dor.

Ainda sim, sua mente não vagava pela dor, mas ainda pela conversa que havia tido mais cedo com o médico. Ela não se arrependia, sabia que tinha tomado a decisão certa, mas ainda sim, havia deixado de lado um tratamento que poderia curá-la. Por mais que tentasse afastar o pensamento da sua cabeça, ele voltava, rondava, era independente a sua vontade. Respirou profundamente, e sentiu suas costelas doerem toda.

– Ei, está com dor? – Herrera disse entrando no quarto, ele trazia uma bandeja com a janta.

– Eu estou bem. – Ela não queria preocupá-lo.

– Você precisa perder urgentemente essa mania de mentir e esconder as coisas Anahí. Eu sei que faz isso para proteger os outros, para não dar trabalho ou preocupação. Mas eu prefiro ter trabalho e preocupação. Eu prefiro que seja sincera contigo.

– Poncho, eu estou bem. É só um incomodo. Nada demais. – Ela sorriu.

– Não é não. Percebo que está com bastante dor e que não quer tomar os remédios. E além do mais, eu não estava falando somente disso.

– Como assim? – Anahí se ajeitou na cama com dificuldade, tentando sentar-se enquanto ele colocava a bandeja com comida sobre seu colo.

– Hoje você disse ao Christian que não havia tratamento para sua deficiência auditiva, e não é bem assim. – Anahí então o mirou com espanto. – Na realidade existe um estudo na Inglaterra que pode ser perfeito para você, e eu sei que você sabe disso.

– Poncho... Como você... – Anahí estava sem falas.

– Eu que falei com o seu médico e pedi para ele falar contigo. E ele também me disse que você recusou. Anahí, você vai sim, nós vamos.

– Eu não po...

– Ah, você pode. Você deve. – Ele a interrompeu com uma afirmação. – Assim que você tiver recuperada, eu vou tirar uma licença de um ano e nós vamos. Tenho certeza que a Dulce vai dar conta de tudo por aqui. Christian, Nicolas, Christopher e quem mais precisar. Agora, você, as crianças e eu, nós pegaremos o primeiro avião para Inglaterra e você vai participar desse estudo sim. Isso é importante para você, então é importante para toda a nossa família.

– Poncho eu não sei o que dizer. Eu... – Anahí estava surpresa, completamente sem palavras.

– Anahí, eu não estou pedindo nada em troca. Não estou dizendo que temos que ser um casal, mas somos uma família desde que os gêmeos nasceram, e é isso que a família faz. Enfrenta os problemas juntos, falam a verdade, conversam e tomam as decisões em família. Não sei se um dia vamos voltar a ter o que a gente teve em São Francisco. Mas vamos sempre estar aqui um pelo outro.

– Não Poncho, nós nunca mais vamos ter o que tivemos em São Francisco. – Anahí suspirou e percebeu que Herrera segurou a respiração por alguns segundos. – Naquela época você era muito diferente e eu era uma garota ingênua. Já faz mais de um ano, e apesar de parecer pouco tempo, eu cresci, amadureci, e hoje graças aos nossos filhos e a tudo que aconteceu de lá para cá, eu sou uma mulher completamente diferente. Assim como você hoje é outro homem. E eu quero te conhecer novamente, intimamente, confiar em você novamente e, por fim, sermos uma família e um casal. Muito diferente do que aconteceu em São Francisco, mas que pode ser muito especial também.

– E será Anahí, será! – Herrera falou aliviado e ao mesmo tempo emotivo ao ouvir as palavras de Anahí.

Ele se aproximou sobre seu corpo e lhe beijou os lábios. A boca de Anahí se entreabriu, aprofundando o beijo. As mãos de Herrera, delicadamente foram ate o corpo de Anahí, e ela tentou fazer o mesmo, mas assim que ergueu os braços, o beijo foi interrompido por um gemido alto, quase um grito.

– O que aconteceu? – Alfonso parecia assustado.

– Doeu. – Ela riu. – Desculpa. Ainda dói tudo, todo corpo.

– Que susto que levei. – Ele também riu, agora aliviado. – Vou trazer teus remédios para dor, e você vai tomar eles, não estou aberto a discussões.

__________________

Notas finais: "Herrera, pelo amor de Deus, se um dia eu falei mal de ti, desculpa", não sei vocês mas eu tô passando o maior pano pro Poncho depois desse capítulo. Dá pra notar o quanto ele amadureceu no decorrer dessa história?!!!!

51/53 - check!

Good Morning ✖ AyA {finalizada}Onde histórias criam vida. Descubra agora