Oi gente, fiquei uns dias desaparecida, mas já estou aqui com mais um capítulo para vocês. Espero que gostem. Desfrutem <3
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Herrera concordou, despediu-se da mãe e saiu do quarto hospitalar lançando um olhar cúmplice para a perita. Ainda que tivesse mentido muito no passado, ele não confiaria ninguém mais do que nela para cuidar de sua mãe tão frágil naquele momento. Do lado de fora pôde conversar com mais tranquilidade com o médico.
- Ela está bem, os machucados foram superficiais. – Explicou. – Já tratamos, e estamos deixando em observação, ela apresenta dores abdominais. Estamos esperando o resultado dos exames e lhe daremos alta.
- Obrigado.
Herrera estava aliviado depois de falar com o médico e saber que tudo estava bem, apesar disso, ainda tinha medo do que poderia acontecer. Aquilo era realmente somente um aviso e ele temia por sua mãe, era somente ela que ele tinha e o modo que poderiam utilizar para se vingarem dele. Pouco importava se fizessem algo contra ele, poderia se defender, mas morreria se sua mãe pagasse por uma vingança que era para ser para ele.
Do lado de dentro estava Anahí Portilla, ela se aproximou da mãe de Herrera e sorriu. Ela lembrava muito Julia, não pode se conter. Tudo que ela esperava que Julia fosse parecida com ela, na realidade era parecida com sua vó, um sentimento de ternura a envolveu com a lembrança de sua pequena.
- Olá senhora Herrera, - Anahí gesticulou – eu sou Anahí, colega criminalista de Alfonso. Ele é meu supervisor. – Anahí sorriu. – E eu preciso fazer a coleta em você. Compreende bem? Minhas mãos estão um pouco enferrujadas. – Anahí soltou um riso contido.
Com dificuldade a senhora ergueu os braços, tentando gesticular.
- Você é Anahí Portilla?
Anahí estranhou. Como ela sabia?
- Sim, sou eu.
- Poncho me falou de você. Me falou sobre São Francisco, me falou sobre sua chegada em Las Vegas. – Ela sorriu. – És tão bonita quanto ele disse. Percebi o modo que ele olhou para você.
Anahí negou com a cabeça, com um sorriso meio embaraçado e o rosto levemente avermelhado.
- Sou velha e sou surda, mas não sou burra. – Ela afirmou. – Ele me conta tudo, quase tudo... Ele me nega que ainda ama você, e eu não acredito. Eu sei que ele ama você e sei que você ama ele, vejo isso no modo que olha para ele.
- Bem, eu posso começar? – Ela tentou desviar o assunto, e Ruth aceitou, ela estava cansada, e já havia conversado muito.
Pouco a pouco, Anahí foi sinalizando o que iria fazer, e fazendo com calma, ela também fez várias perguntas para a vítima sobre o ocorrido, mas de pouco ela se lembrava, a única coisa que a senhora pôde afirmar é que era uma vingança para Herrera e que pela primeira vez temia por ele. Estava preocupada com seu filho.
Anahí tentou acalmá-la e por fim terminou.
- Vou sair para que Poncho possa vê-la. – Ela disse por fim.
- Antes me diga uma coisa. Poncho me disse que você falou em gravidez antes de ir embora, mas ele disse que era outra de suas mentiras. Eu não acredito que uma mulher séria minta sobre isso, mas ele não quis me ouvir. Você esteve grávida?
O que Anahí podia fazer? Não queria mentir para Ruth, mas também era altamente arriscado falar a verdade.
- Não posso...
- Não me minta Anahí. – Ela ordenou com face irritada.
- Senhora Herrera, Alfonso está sofrendo ameaças. Olha o que aconteceu com a senhora. – Justificou-se.
- Então ele existe? Eu tenho um neto?
- Eu tenho que proteger... – Anahí tinha um olhar suplicante, enquanto gesticulava para a senhora.
- Uma mãe sempre protege seu filho Anahí. Não contarei nada para Poncho, por enquanto. Este segredo ficará guardado. Protegeria Poncho se pudesse, mas protegerei meu neto com meu silêncio. – Ela sorriu.
- Netos. – Anahí deu ênfase. – Gêmeos. – Ela sorriu. – Um casal.
Anahí precisava falar disso com alguém, e se fosse com a avó paterna de seus meninos, ótimo. Ela se sentia com um peso a menos em suas costas, ainda mais que Ruth havia concordado ser mais seguro manter isso em segredo até que tudo se resolvesse. O que elas não podiam esperar era que alguém observasse aquela conversa pela janela de vidro do quarto de observações.
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Acho que essa surpreendeu todo mundo né? Não lembro de ninguém no post anterior que tenha optado pela letra C. Não é que o Ponchito falou da gravidez da Any para a mãe dele, e que não havia acreditado. Pelo visto dona Ruth deu o conselho certo pra ele, mas ainda sim, ele é uma porta e não ouve né?
O quiz do próximo capítulo é aberto, isso mesmo, aberto, ou se vocês preferirem DISSERTATIVO. Vou lançar uma pergunta, um fato que vai acontecer no próximo capítulo e eu quero as teorias de vocês de como isso vai acontecer.
No próximo capítulo uma pessoa da equipe do trabalho de Anahí vai descobrir sobre os gêmeos, e vai ligar a aparência de um deles a Alfonso quase que instantaneamente.
A questão é: O que ocorreu até esse momento para que isso ocorresse? Quais fatos geraram essa situação nada favorável para Any?
Se alguém chegar perto, amanhã posto dois capítulos juntos!
VALENDO!
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Good Morning ✖ AyA {finalizada}
FanfictionAlfonso Herrera é supervisor do turno da noite do laboratório de criminal de Las Vegas, e é convidado para dar um semestre de aulas sobre entomologia forense - no que ele é especialista - na faculdade de São Francisco. Filho de mãe surda e já quase...