Durante o caminho até a praça ficamos em silêncio, até a Lilly por incrível que pareça, nenhuma de nós estávamos tranquila em relação ao encontro, mas precisávamos ir pela Elif. Estou com medo, talvez nunca tivesse imaginado passar por isso, as vezes acreditamos que tragédias só acontece com outras pessoas e que nunca nos ocorrera, vejo que essa minha perspectiva estava completamente errada. E agora eu e minhas amigas estamos sentindo na pele o quanto a realidade é cruel. Permaneço calada, pensativa, até o momento em que meu celular toca e assim quebrando todo o silêncio.__Quem é Isa? __ pergunta Ranna!
__ É nosso amiguinho?
__Não, é apenas o Jazon.__ lembrando que não comentei com elas que meu irmão estava casa.
__ E porque não atende? Em vez disso, fica aí olhando apenas.__ diz Lilly enquanto mexia No piercing do nariz.
__Com tudo que está acontecendo, eu nem tive tempo de dizer que meu irmão chegou hoje em casa, e não quero atender por que não estou onde disse que estaria ao nossos pais.
__ Nossa que legal que o Jazon chegou, em outra situação o chamaria para um passeio__ expressa Ranna com aquele olhar de alguém que tem uma quedinha pelo meu irmão.
__Ranna sempre foi caidinha pelo Jazon, não sei por que nunca disse a ele! É entediante ter que fazer várias visitas na casa da Isa, só com a desculpa para vê-lo.
__Ei, achei que iam lá para mim ver, bom saber Lilly que você acha entediante a minha casa, se não tivesse tão preocupada com a Elif, não gostaria de como eu ia lidar com essa sua revelação. __Digo a encarando, falando bem sério, e ela nem se intimida, parecia achar engraçado.
__ Mas voltando ao assunto de Jazon, infelizmente mesmo se não tivéssemos nessa triste realidade, ele não poderia se dar o luxo de passear com você amiga.
__ E porque não? Ele está namorando? Não me diga que ele a trouxe ? __ olho a cara de decepcionada da Ranna, e começo a rir
.__ Não amiga, ele está com a perna machucada.
__ Perna machucada? E como ele machucou? __ berra Lilly.
__Eu não sei, ele chegou hoje de táxi com meus pais, assim que cheguei em casa.
__Humm, que coincidência teu irmão chegar no mesmo dia que fomos atacadas, e ainda mais com a perna machucada, o mais estranho é que a outra figura encapuzada acabou levando o tiro na perna.__ comenta Lilly com um olhar de desconfiança.
__ Você acha que meu irmão tem algo a ver com tudo isso ? __ respondo subitamente, não gostando nenhum um pouco da acusação feita por ela.
__ Ficou mais maluca do que de costume Lilly? Conhecemos o Jazon há muito tempo, ele não faria isso garota.
__ Calma eu só estou assimilando, mas que é estranho é! Não precisam ficar alteradas.
__ Melhor você continuar calada garota! __ ordena Ranna com raiva.
__Ok ok, não falarei do seu amorzinho mais baby.__ Ranna só a encara pelo retrovisor e continua a dirigir.
Não atendo nenhuma ligação de Jazon, e continuo o caminho todo pensando no que Lilly havia dito, e o pior que Jazon esta machucado na mesma perna que a figura de madrugada foi baleado. Saio dos meus pensamentos, com a voz de Ranna dizendo.
__Chegamos!
__ Ainda são 7e 45__ diz Lilly Enfiando algumas bolas de mascar na boca.
__Vamos esperar até 8 horas aqui dentro do carro. __ digo me incomodando com o mastigado horrível de Lilly. ___ dar de parar? Ou pelo menos mastiga de boca fechada!.
__ Vou descer dessa droga, vocês estão insuportável! __ diz Lilly abrindo a porta e saindo, enquanto se agasalhava mais em sua jaqueta de couro preta, estava muito frio, sorte que todas viemos bem agasalhadas. Com touca, luvas, jaqueta etc..
__Volte para cá garota! Está escuro aí fora e não tem ninguém por aqui. __grita Ranna.
__ Realmente! Entra Lilly, não queremos ter outra amiga para salvar. __ digo saindo dó carro para puxá-la.
__ De qualquer forma vamos ter que sair mesmo, ou esqueceram dos nossos querido amigos sequestradores. E aqui estou respirando, você me sufoca Isa, saudades da Elif __ Lilly aproveitando o momento como sempre, para ser irônica!
Porém, antes de conseguir trazer Lilly de volta para dentro do carro, escuto passos, e antes que virasse para dizer para Ranna não descer do carro ela já havia saído, o lugar estava muito sinistro, vazio e escuro, a pouca luz que tinha era de alguns postes, que mais pareciam pisca pisca, e bem adiante havia o lago, onde a lua clareava as suas águas, e na frente do lago tinha um banco Branco de madeira, já bem desgastado, pelos fenômeno naturais e por falta de zelo naquele lugar, que para mim parecia cena de terror, onde as vitimas seriam mortas a qualquer momento, Mas o pior não era o banco e sim quem estava nele, tinha alguém lá sentado, e sua roupa totalmente preta se destacava na pouca tinta branca daquele banco. Estávamos todas juntas, meu coração batia acelerado, Ranna apertava Minha mão fortemente. Enquanto Lilly começou a gritar.
__Quem é você ? Porque não mostra a cara? Você e seus amiguinhos no qual ouvíamos apenas os passos, e as suas respiração ofegante, Que porra é essa ? Não curto essas brincadeiras! __ relata Lilly a situação.
__Aproxime meninas, não precisam ter medo! __Diz a voz computadorizada, que vinha do banco a nossa frente.
__ Por que não para com esse joguinho e revela logo quem é você!__ responde Ranna.
__ hahaha (gargalhadas), ué achei que já soubessem, acho que escutei vocês discutindo isso em uma bela reunião, após um aparecimento esquisito em sua porta Isa!__ fala a tal voz esquisita.
__Anne?__ Digo nervosa com a resposta.
__ hahaha (gargalhadas) desculpe decepcioná-las, peguem elas ! __ ordena a voz computadorizada.
__Correm! __ grito amedrontada, e começo a correr para o lado, onde havia uma pequena reserva florestal com as meninas, porque havia pessoas atrás da gente, com a escuridão, não consegui seguir adiante, não sei se minhas amigas conseguiram, porque acabei tropeçando e caindo de cara no chão e quando tento me levantar, sinto alguém por cima de mim, puxando fortemente meu cabelo para trás, e colocando um pano com cheiro de clorofórmio muito forte, fazendo as poucos meus olhos fecharem por completo.
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Sedentas por vingança
Mystery / ThrillerEra uma noite qualquer, ou melhor era o que Isabelly achava que seria. Em seu quarto, em meio a seus pensamentos, em meio de um temporal, porém, ela sentiu uma enorme vontade de ir até sua janela e olhar lá fora, e naquele momento mal ela sabia que...