Darvin

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Após algumas horas descansando, desperto, noto que Lilly e Ellif ainda dormiam.
Levanto-me, mancando, minha perna ainda doía muito, me aproximo da grade da cela e olho para os presos da cela a frente, todos jogados em suas camas desconfortáveis, apenas respirando,  porque não havia esperança em nenhum. Me levo a imaginar se chegaremos a esse ponto, eu desejo ter minha vida normal, desejo ver meus pais, eu não quero passar o resto  da minha vida em uma cela.
Sinto as lágrimas rolar, até escutar alguém vindo, retorno o mais rápido possível para minha cama, esfrego as mãos no rosto e me deito.

__lilly, Elif e Isabelly, de pé agora!___ grita tacando o  cassetete na grade da cela.___ cuida garotas inúteis, sejam mais ágeis.

Levantamos todas, ele abre a porta e ordena que saissemos.

__ para onde irá levar a gente? __ pergunta Elif.

__ Cala boca sua idiota! Não dirija a palavra a mim, aqui só fala se eu pedi.

Andamos por alguns minutos até chegar na sala do senhor Darvin.

__ Olá minha meninas?__ Articula sentado em uma cadeira.___ como estão?

__ com vontade de socar sua cara.__lilly grita

__ Lilly, Lilly, vejo que seu jeito gentil é  difícil ser esculpido.___ afirma levantando.

__ Você pode fazer o que for, de mim só receberá isto seu louco assassino.

__ Poxa Lilly, você me acha assasino ? Aí que triste.___ diz se aproximando e segurando no queixo de lilly fortemente.

__ larga ela senhor!___ digo, ele me olha e ordena aos guardas que me coloquem na cadeira, algemada.

__ O que pretende fazer com ela? Deixa ela em paz, não ver o que seu homem idiota fez a ela, está toda machucada __grita Lilly

__ Agora as segure rapazes, quero que elas veja a sua querida amiga sentir algumas coisas indesejáveis, ah! amordaçem as bocas delas duas, não quero ouvir seus gritos.

Ele vem até mim, amordaça minha boca, já imagino que o que virá não será nada agradável.

__ Estou aqui neste lugar minhas queridas a um certo tempo,  sabe sou bem pago, e bem realizado em meus trabalhos, e vocês são muito importante, porque sem vocês, e sem os demais que por aqui passaram  e os próximos, isto seria impossível realizar. Portanto ,  desde já obrigada princesinha.___ ele fixa seu olhar em mim, colocando suas luvas e passando sua mão em meu rosto.

O  medo percorria meu corpo, a incapacidade de não poder fazer nada contra o que iria me acontecer,  me destruía, aquele monstro deveria usar a medicina para salvar pessoas, em vez disto, nos mata ao pouquinho,  nos prendendo  e aplicando drogas desconhecidas.

__ vejo no seu rosto o medo, hahaha (gargalhada), gosto de transmitir esse sentimento, me sinto mais empoderado.___alega se levantando e indo até a mesa buscando sua maleta.

Acompanho ele pelo olhar, ao abrir a maleta, vejo vários objetos médicos, tais como de uso para cirurgias.
Sinto meu coração acelerar, nao aguentaria sentir mais dor.

__Querida Isabelly, ou melhor Isa, já que somos amigos agora, bem melhor não acha?, pois bem, queria me desculpar mais precisarei fazer isto.___Diz apanhando entre os utensílios médicos, um bisturi.___ Make your best mistakes cause we don’t have the time to be sorry. (Cometa seus melhores erros pois não temos tempo para a culpa)__ canta uma música enquanto rasga minha pele.___ muito inspiradora essa música minha querida,  não é  mesmo?, por isso, não me arrependo de nada.

Enquanto sinto rasgar minha pele, meu corpo lateja de agonia,  de dor, minha respiração fica mais acelerada, pelo fato  dos  braços estarem presos a uma cadeira fria, sem poder relutar.
Com a boca amordaçada, só conseguia chorar, meu rosto estava repleto de lágrimas, acompanhado de uma gemedeira abafada.

__ Pronto minha querida Isa, vamos para o próximo braço.__ ele me encarava enquanto percebia meu olhar aterrorizado.

Deixando o meu Outro braço a sangrar, repetindo os mesmo cortes, ocasiando a mesma dor horrível, eu sentia pouco a pouco, a fraqueza me sucumbir.
Assim que ele finaliza, ele levanta e vem bem próximo ao meu ouvido, em uma voz bem arrepiante, ele afirma.

__ Esses cortes minha linda Isa, se não forem suturados, você irá sangrar até a morte, porém, como estou de bom humor hoje, darei a chance de você viver, mas dependerá da sua querida amiga Lilly, ela irá costurar você, só que tem um detalhe, o tempo será limitado,  e se caso ela não conseguir costurar seu braço, ambas morrerão.___ finaliza indo até os rapazes que segurava as meninas, aproxima de Lilly e aplica algo nela.__ solte ela,  minha lilly a partir de agora você tem apenas dez minutos.__ relata olhando para o relógio,__ se você não conseguir fazer a sutura em menos de dez minutos, você morrerá porque apliquei um veneno em você, e na minhas mãos há o antídoto, só aplicarei, caso consiga. E se falhar, sua amiga ser a deixada aqui para sangrar até morrer, e a querida Elif assistirá tudo. __ afirma com uma expressão de divertimento, como um gato brincando com o rato antes de matar.

Vejo lilly pegando agulha, apercebo suas mãos trêmulas, lhe dificultando, mas, lilly persiti, ela é  bem forte e o querido senhor Darvin parece surpreso com a força da minha querida amiga. Sinto cada agulhada entrando e saindo, e a cada furo doía mais, até chegar na última parte,  onde foi mais dolorido, sentir o puxão para juntar a pele e o nó para finalizar.

__ quatro minuto restante minha linda, antes do veneno atacar fatalmente.

Lilly me olha, eu tento ao máximo passar confiança pelo meu olhar, ela retorna e inicia tudo novamente, vejo que seu corpo suava muito, estava perdendo a cor, porém ela continuou até terminar e quando acabou ela caiu no chão. Eu queria gritar com o cretino, que andava lentamente até ela, ele parecia desapontado por ela ter ido até o fim, logo ele aplica algo nela e tira o pano da boca de lilly.

___Vejo que você é  mais do que uma garotinha mal educada, tem muita força, jurava que iria assistir duas morte hoje, poxa estou desapontado, e ao mesmo tempo feliz, tenho algo novo para assimilar em você lindinha___ ainda agachado, pegando no queixo de lilly e levantando___ como pode ser mais forte que um veneno?!__ mostra supressa em sua voz.

___ porque ainda vou te matar seu verme!___ retribui  lilly com a voz falha.

___hahaha(gargalhada) você é um amor.__ fala sarcástico soltando o queixo dela, fazendo o bater no chão.___As Levem para cela, amanhã tenho algo preparado para elas, e não será nada agradável.

Somos levadas de volta a nossa celas, meus braço latejava, minha perna não colabora, havia sido machucada demais em apenas um dia.

__ Amiga quero te agradecer por você ter salvo a minha vida, e por ter sobrevivido.___digo abraçando lilly, que estava bem fraca e tonta, ajudo ela até sua cama.

__ Eu quero sair daqui, sobrevivemos hoje, mas, e amanhã?___articula Elif.__por quanto tempo aguentamos?___diz indo até sua cama.

___ Vamos conseguir, precisamos ser fortes.__ respondo, mas nem eu acreditava nisso.

___ veja você toda machucada, costurada,  olha lilly quase morreu envenenada, eu não acho que ser forte vai ser suficiente, o mais óbvio é  morrermos aqui.__ berra Elif.

__ vamos descansar,  amanhã precisaremos de força, eu te entendo, porém surtar não irá nós ajudar.__ digo me deitando e virando para aquela parede.

Sedentas por vingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora