Sedentas por vingança

CARTA PARTE III

 Acordo com a gritaria de Iron,  Dustin e eu levantamos depressa da cabana para ver o que estava acontecendo, ele procurava por Luna. Naquele momento só DEUS sabe o aperto no coração, eu não queria acreditar que a mensagem da noite anterior, seria a resposta do sumiço de nossa filha. Aproximei-me de Iron e perguntei os detalhes, ele contou que acordou e Luna já não estava, e ela nunca foi de levantar antes dele e ainda mais sair sem dizer nada. Porém Iron mostrou-me um pequeno papel que ele havia encontrado no lado da cama onde Luna dormia, ele dizia não significar nada para ele, mas para mim estava claro, aquela foto minha e de Dustin em um pequeno recorte de um jornal no dia da nossa primeira entrevista para TV, e consequentemente, quando nosso querido chantageador nos ligou pela primeira vez, não tínhamos mais duvidas, nossa filha estava com ele. 

__ Sua mãe foi sequestrada? __ DIGO EM VOZ ALTA SEM QUERER.

Lohan me olha com aquela cara de julgamento , acompanhando uma de suas inusitavel  falas.

__ Só iremos descobrir se caso nossa amiga Hanna, consiga terminar a leitura da carta, NÃO ACHA ANNE? 

Reviro os olhos e volto a ficar em silencio, Hanna apenas voltou a leitura, ela estava muito péssima para dar moral para nossas conversas.

continuação da carta....

Eu já queria cair aos prantos, mas não poderia me dar esse luxo, minha filha precisava mais do que nunca de mim, aliás, de nós, seus pais. Dustin imediatamente recebe uma ligação, era um número desconhecido, ele atendeu, e sim, era ele, nosso chantageador, passando as regras do sequestro. Ele avisou que não deveríamos dizer nada a ninguém, caso contrário, LUNA, morreria. Anotamos o lugar e estávamos levando o dinheiro que ele exigiu. Seguimos em uma estrada estreita, e pouco movimentada, e o que tinha era só arvores, arvores muito altas, um verde assustador, sombrio, era o pior dia da minha vida, e que ironia, eu era amante da natureza., e agora praguejava cada copa de arvores que passávamos. Chegamos ao local, era bem longe da ordem, uns 90 km rodado, e o que vimos ao chegar foi uma fazenda pelo jeito abandonada e um estabulo, na mensagem dizia para entrarmos no estabulo, que nosso "animalzinho" estaria praticamente em casa, que "CANALHA". 

Em cada palavra lida por Hanna eu notava sua dor, seu semblante, suas lágrimas congeladas em sua face, que insistia em descer, porém Hanna não deixava, não queria que fosse vista daquela forma. Eu queria ajudá-la , queria amenizar sua dor, mas não sabia como e o que fazer, então me mantive em silencio. Olannah continuava da mesma forma, sentada, calada, como se ela estivesse petrificada,  ela era estranha, mas era uma mulher de bom coração. E eu sentia que ela iria nos ajudar muito, ajudando Hanna, a se conhecer, e se dominar, e depois buscaríamos matar cada desgraçado responsável por nossas dores.

continuação da carta...

Ao entrarmos no estabulo, nossa filhinha estava amordaçada, vendada e amarrada as mãos em volta ao um pau que sustentava uma parte de cima do estabulo, e aquele verme  se encontrava sentado em uma cadeira já velha próximo a Luna , com uma máscara no rosto, mas aquela voz, eu reconhecia e confirmava que sim, era o mesmo cara, que vem nos chantageando desde muito tempo. Mas eu nunca tinha lhe dado importância, ate então, foi tenebroso vê-la em tal situação, grávida de quase nove meses completo de você Hanna. Dustin logo ordenou que a soltasse, jogando a bolsa com a quantia exata que foi pedido. IMPLOREI EM LÁGRIMAS QUE SOLTASSE MINHA LUNA, mas o cretino se divertia com meu sofrimento, gargalhava em forma monstruosa enquanto pegava a bolsa do dinheiro, foi quando Dustin cometeu um erro irreversível. Atacou aquele ser repugnante, com vários socos , fazendo com que a mascara na qual escondia sua identidade caísse o revelando. E  quem poderia imaginar que aquele homem na qual nos fazia sofrer, era o zelador  JORDAN de uns de nossos apartamentos na cidade. Por isso eu o achava estranho, não era mudo, mas nunca falava, nunca ouvi sua voz, caso contrário eu o reconheceria. E isso revelava que estávamos sendo vigiados de perto,  e a qualquer momento ele iria agir, miserável! e ainda senti pena dele, e lhe dei diversas vezes quantia boa de dinheiro. E consequentemente, ele tirou um canivete de sua bota e foi pra cima do Dustin, e diante daquela cena, corri até Luna, que devido o pano na boca resmungava, ou melhor, tentava. consegui desamarrá-la, tirei sua fenda, ela gritou ao ver seu pai lutando com aquele homem, onde o sangue melava ambos, sem deixar saber de quem era o dono do sangue, mas com seu grito Dustin a viu , fazendo o impulso ainda maior, deixando de está em baixo, para tá em cima e mandava fugirmos,  sai no choro, puxando Luna, que queria voltar e ficar com seu pai, ela corria e ao mesmo tempo caia, e para piorar tinha começado a chover e estava escurecendo bem rápido. Mas não continuamos a correr por muito tempo, por azar, ou sorte, não sei, mas Luna, começou a se contorcer de dor, e subitamente se jogou ao chão, Hanna você havia escolhido nascer ali e naquele momento, eu tentei levantá-la, mas foi em vão, fui até o carro, estava quase  perto, faltava alguns passos, eu levaria o carro até Luna, e assim eu fiz, e ao chegar próximo de Luna, vi um vulto em meio aquele temporal vindo, devido aos faróis do carro. Desci ligeiro, na esperança que fosse Dustin, mas não, era JORDAN. Aquele momento eu não estava com cabeça para pensar o que havia acontecido ao Dustin, só tinha cabeça para Luna, no que aconteceria com ela. Implorei aquele imbecil, que a ajudasse, ela gritava muito, muito alto, até que parou, ela tinha desmaiado de dor, foi quando me desesperei, mas um soco me fez apagar e cair no chão.