7. Mensagens e Sorvetes

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Anahi

Na sexta-feira a tarde, enquanto me preparava para sair do trabalho, recebi uma mensagem de um número estranho. Meu coração começou a bater assim que li as primeiras quatro palavras.

Oi Anahi! É Alfonso.”

Porra. Estive no limite no último dia e meio, esperando que ele aparecesse sem aviso prévio. Meu estômago começou a se agitar enquanto eu lia.

Queria passar aí e ver você e Lana. Pode ser essa noite?

“Tudo bem?” Perguntou Georgia Valentini, uma das duas chefs e proprietárias da Valentini Farms B e B. Ela era tecnicamente minha chefe, mas a considerava uma amiga também.
“Toda a cor acabou de ser drenada do seu rosto.”

Eu olhei para cima e pisquei para ela. Dei-lhe a mentira habitual.
“Bem.”

“Você tem certeza?” Ela inclinou a cabeça, enquanto amarrava um avental na parte de trás da cintura.

“Sim. É…” Eu me senti tonta e suada de repente, tive que fechar os olhos e respirar fundo algumas vezes.

“Hei.” Georgia pegou meu braço e me levou até uma cadeira.
“Sente-se. Vou pegar um pouco de água.”

Obrigada.” Abaixei a cabeça entre os joelhos e esperei a sensação desconfortável passar, ouvindo o tilintar de cubos de gelo em um copo e a água corrente na torneira.

“Aqui.” Georgia colocou o copo sobre a mesa e pegou a cadeira em frente à minha.

Tomei alguns goles de água fria. “Obrigada. Fiquei um pouco tonta.”

“Você comeu hoje? Já almoçou?” Os olhos dela pareciam preocupados.

Eu balancei a cabeça, mas não conseguia lembrar se realmente tinha.

“Provavelmente não o suficiente.”

Ela se levantou e foi até a enorme geladeira, abrindo a porta. “Vou pegar algo para você.”

Não estava com ânimo para discutir. O sono não tinha sido fácil nas últimas duas noites e a exaustão estava me alcançando. “OK.”

Um momento depois, ela colocou um prato de salada de frango na minha frente com dois ovos cozidos ao lado.

Eu não estava com fome, mas obedientemente peguei o garfo que estendeu e peguei uma uva na salada.

“Obrigado.”

Ela sentou-se à minha frente novamente. “Quer me dizer o que está acontecendo? Você andou meio tensa e quieta nos últimos dois dias.”

“Eu estive?” Fiz uma careta. “Desculpa.”

“Não se desculpe. Você tem o direito de ficar quieta às vezes. Tudo certo?”

“Você não tem tempo para lidar com meus problemas, e precisa se preparar para o jantar.” Era o fim de semana do Dia do Trabalho, e nós estávamos lotados com reservas.

"Eu tenho tempo. E Margot estará aqui em breve para ajudar. Pode falar.”

Eu respirei fundo.

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