38. Chance ao amor

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Terça foi miserável.

Quarta-feira foi pior. Sem trabalho, não tinha nada para me distrair. Passei os dois dias deitada na cama sentindo pena de mim mesma e me perguntando se tinha cometido o maior erro da minha vida me apaixonando por Alfonso, ou se conseguiria ir embora. Pensei que os dias para mim me ajudariam a ver a resposta, mas não o fizeram. E senti sua falta terrivelmente. Ele era ao mesmo tempo a única pessoa que poderia me fazer sentir melhor e a causa da minha angústia.

Quarta à noite eu me recompus o suficiente para ir ao – Vinho com Viúvas – na casa de Tess, mas quase lamentei, porque todas nós estávamos tendo uma semana ruim. A irmã de Tess tinha sido diagnosticada com câncer de mama, Grace estava lutando com o aniversário da morte de seu namorado, a gata de Anne teve que ser sacrificada – a que o marido dela lhe dera no último aniversário antes dele morrer. Quando chegou a minha vez de falar, admiti o que estava acontecendo com Alfonso, mas disse que estava lutando com isso porque sua mãe desaprovava com tanta força. Tentamos consolar umas as outras, mas era difícil não sair da reunião imaginando a fragilidade da vida e a futilidade do amor.

Pensei em ligar para minha terapeuta, que eu não via desde agosto, mas fiquei constrangida com o revés e sabia que ela só me diria que isso tudo estava na minha cabeça, assim como Alfonso.

Mas não. Não era.

Na manhã de quinta-feira, o piano foi entregue e fiquei ali sentada encarando-o por uma hora, maravilhada com o fato de que havia apenas cinco dias que o tínhamos comprado. Eu estava tão esperançosa naquele dia.

Eu estava tão desesperada por alguma distração, liguei para Georgia para ver se precisavam de mim na pousada, por acaso.

“Nós não, mas você está bem? Você não parece muito bem.” Eu não queria preocupá-la, mas de repente a verdade saiu.

“Não. Eu não estou. Eu sinto que estou perdendo a cabeça.”

“Uau. É o Alfonso? Ou alguma outra coisa?”

“É tudo, mas acho que é o que está acontecendo com o Alfonso.”

“Gostaria de falar sobre isso?”

Mordi meu lábio. “Você não pode falar. Você está no trabalho.”

“Verdade, mas por que não nos encontramos mais tarde para uma bebida ou algo assim?”

“Eu tenho que ver se posso conseguir uma babá.”

“Faça isso. Vou checar com o Pete e garantir que ele possa ficar com Cooper. Devo convidar Margot?”

“Certo. Estou aberta a todos os conselhos.” Liguei para a minha babá e ela disse que poderia vir, então mandei uma mensagem para Georgia que eu poderia ir. Cerca de vinte minutos depois, ela respondeu.

Ótimo. Eu e Margot estamos dentro. Vamos tentar o novo bar de martini no centro da cidade. Por volta de cinco horas?

Claro, eu mandei uma mensagem de volta. Vejo vocês lá.

“Então o que aconteceu?” Perguntou Georgia. Estávamos sentadas em uma mesa pequena e redonda na parte de trás do bar, que era pequeno, pouco iluminado e não muito movimentado. Na verdade, eu não tinha certeza de como um bar de martini ia funcionar por aqui, mas era um lugar agradável, aconchegante e romântico. Até a música era perfeita, os velhos ritmos que eu amava. Se Alfonso e eu pudéssemos ser vistos juntos em um encontro, seria o local perfeito.

“Muito.” Peguei meu martini com Limão e tomei um gole. “E nada disso é bom.”

“Mas estava indo tão bem, pensei”, Margot se desesperou. Ela parecia em casa neste tipo de bar com sua elegante explosão loira e perfeitos lábios vermelhos. Ela estava bebendo um martini que parecia ameaçadoramente claro e bem simples, considerando a quantidade de instruções que deu ao garçom sobre como o barmen deveria fazê-lo.

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