40. Acabou

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Anahi

Eu o ouvi chamando meu nome enquanto andava pela rua, ladeada por Margot e Georgia, cada uma das quais tinha um braço em volta de mim. “Não pare. Não quero falar com ele.”

“Mas talvez haja uma explicação”, disse Georgia.

Nós viramos a esquina para a rua tranquila onde eu estacionei. Raiva e arrependimento correram por mim. “Não! Pode haver uma desculpa, mas não quero ouvir.”

“Talvez ela seja uma amiga de trabalho”, sugeriu Margot.

“Oh, ela é uma amiga de trabalho, tudo bem. A mesma amiga que fodeu meu marido enquanto eu estava em casa com um bebê recém-nascido.” Margot gritou. Georgia fez um barulho similar de descrença.

“Sim.” A visão dela sentada ali com ele, tão presunçosa, sua mão em seu joelho, seus seios cheios praticamente em seu colo, tinha me deixado enjoada. Trouxe de volta todos os horríveis e miseráveis sentimentos de traição e insegurança que eu sofrera naquela época. Eu queria vomitar.

“Anahi!” Alfonso estava se aproximando, então me apressei, indo na frente das minhas amigas. Mas meu salto ficou preso uma fresta na calçada e caí de joelhos.

Margot e Georgia estenderam a mão para mim, mas eu fiquei lá e comecei a chorar.

A próxima coisa que eu vi foi Alfonso tentando me ajudar a ficar de pé.

“Você está bem, baby?” Lutei para afastar meus braços dele.

“Me solte. Eu não sou seu bebê.”

“Anahi, por favor. Deixe-me explicar.”

“Não.” Eu tentei começar a andar de novo e ele agarrou meu braço.
“Deixe-me ir, Alfonso.”

“Eu não posso”, ele gritou. “Eu tentei por anos deixar você ir, Anahi. Anos! Eu nunca pude!” Margot ofegou e agarrou Georgia pelo cotovelo.

“Eu não acredito em você!” Chorei. “Se isso fosse verdade, você não teria me machucado assim!”

“Foi apenas uma bebida!”

“Com a mulher que Miguel fodeu enquanto ele era casado comigo? Não, isso não foi apenas uma bebida. Foi o sinal final de que isso”, eu gesticulei para frente e para trás entre nós, “nunca pode dar certo. E eu fui uma idiota em pensar que poderia.”

“Oh meu Deus.” Seu rosto exibiu seu choque. “Anahi, eu não tinha ideia. Você sabe que eu não sabia!”

“Eu não sei nada, exceto que preciso ficar longe de você!”

“Por favor. Apenas me escute.” Agora ambas as mãos dele agarraram meus braços e eu não era páreo para sua força. “Minha mãe armou. Ela me enganou para ir ao bar e depois foi embora.”

“Por que você não partiu?”

“Eu só estava tentando ser legal! Eu não sabia que ela era a tal! Juro por Deus que teria ido embora se soubesse.” Ele balançou a cabeça. “Eu deveria ter ido embora de qualquer maneira. Eu sinto muito.”

“Tarde demais agora.”

“Eu pensei que estava nos fazendo um favor”, continuou ele.

“O quê?” Eu gritei. “Como isso seria um favor?”

“Minha mãe acha que eu só me apaixonei por você porque nunca me dei a chance de me apaixonar por mais ninguém. Pensei que se eu conhecesse a maldita garota que ela queria que eu conhecesse, poderia ir para casa e dizer: ‘'Adivinhe, mamãe? Eu conheci a garota e ainda estou apaixonado por Anahi’. Pensei que ajudaria a convencê-la a nos aceitar.”

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