Anahi
Dez dias se passaram. Dez dias sem alegria e sem cor, durante os quais eu apenas me arrastei para fora da cama por amor a Alana. Ela era tudo o que eu tinha e embora todas as manhãs fossem piores do que a anterior, obriguei-me a levantar, me vestir e colocar um sorriso no rosto.
Mas ela não era boba. No domingo à noite enquanto jantávamos, perguntou por que não o tínhamos visto durante todo o final de semana. Eu disse que ele estava ocupado.
“Vocês ainda são bons amigos?” Ela olhou para mim com expectativa sobre a mesa de jantar.
“Somos, de certo modo. Não podemos passar tanto tempo juntos como antes.” Empurrei um pouco de comida no prato, mas não tinha vontade de comer. Na verdade, eu estava vagamente enjoada com a visão dela.
“Ele ainda pode ser minha pessoa especial na escola?”
“Não sei, Alana.”
“Mas o dia está chegando.”
“Estou ciente disso.” Eu tinha visto o lembrete da Sra. Lowry em sua mochila na sexta-feira quando ela chegou em casa e em vez de lidar com isso então, a enfiei na geladeira com um imã próximo a outra pintura que Alana tinha feito de sua família. Então eu ignorei por dois dias. “Eu só não tenho certeza se ele poderá estar lá.”
“Mas ele falou que ia.”
“Eu sei. Mas ele está ocupado.”
“Ele prometeu!”
“Às vezes as promessas se quebram!” Levantei da mesa e raivosamente, joguei meu jantar no lixo enquanto ela chorava, sentindo-me enjoada, cansada, culpada e sobrecarregada com tudo. Fechei meus olhos, exalei. “Sinto muito, Alana. Vou falar com ele sobre isso, certo?” Ela não respondeu, apenas continuou a chorar em cima de seu espaguete, fazendo-me sentir mais do que nunca como se eu não fosse o suficiente. Chorei para dormir naquela noite, certificando-me de fazer isso em silêncio, para que Alana não me ouvisse.
Chorei pela garota por quem ele se apaixonara naquela época, quando eu usava uma camiseta com um abacaxi e sorria com todo o meu coração e queria me apaixonar. Por Alana, que merecia uma mãe melhor que eu, que merecia dois pais e um lar feliz, que merecia uma vida de promessas cumpridas. E por mim mesmo, pela dor da falta de Alfonso, pela vida que nós dois poderíamos ter compartilhado e pela dúvida esmagadora que continuou a me sufocar. Eu estava engasgando com isso.
Mas por quê? Por que eu não poderia ter certeza de ter feito a coisa certa? Onde estava o alívio que achava que encontraria com certeza, sabendo que estava protegendo a mim mesma e a minha filha de ficar com o coração partido, como eu ia passar pela dor de perdê-lo se não tivesse essa convicção?
Quarta à noite fui ao Vinho com Viúvas e não pude nem falar quando chegou a minha vez. Tess perguntou como eu estava e tudo que pude fazer foi balançar a cabeça, apertando meus olhos. Elas não me pressionaram, mas cada uma delas me disse que estava lá para mim se eu precisasse de alguém para conversar.
Na noite seguinte, Margot ligou. Ela e a Georgia vinham me checar a cada dois dias. “Como vai você?”
“OK. Ou tentando estar.”
“Sinto muito.” Ela fez uma pausa. “Ele procurou você ou qualquer coisa?”
“Não. Tenho certeza que está tentando me superar, assim como estou tentando superar a ele. É a única coisa que podemos fazer.”
“Você tem certeza?”
“Sim.” Mas isso era mentira. Eu não tinha certeza de nada, além de quão miserável eu estava sem ele. Mil vezes peguei o telefone para ligar para ele, como prometi a Alana que faria, mas todas às vezes, eu lembrava o quanto doeu vê-lo sentado ao lado daquela mulher no bar e eu desistia.
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Proibida Para Mim
Любовные романыQuando o irmão gêmeo do meu falecido marido voltou para a nossa pequena cidade, eu tentei evitá-lo. Tudo em Alfonso me fazia lembrar o homem que perdi e a vida que planejamos juntos, e depois de dezoito longos meses lutando apenas para conseguir sa...