24. Nós

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A casa de Anahi, estava escura e silenciosa enquanto eu andava a passos largos até a varanda da frente, meu coração batendo freneticamente. Antes que pudesse bater, a porta se abriu.

Minha respiração parou.

Ela usava uma pequena camisola branca que parecia brilhar ao luar. Seus cabelos pendiam em ondas suaves e eu queria enterrar meu rosto neles.

“Poncho”, ela disse, seus olhos me implorando. “Por favor.”

“Posso entrar?”

“Não.”

“Por que não?”

Seu lábio inferior tremeu. “Por que? Eu não confio em mim mesma para ficar sozinha com você.”

“Por favor, Any. Eu tenho que falar com você.”

“Não, Poncho. Não pode haver nada entre nós.”

“Já existe algo entre nós.”

Ela não negou isso. “Mesmo se houver, não podemos agir de acordo. E quanto mais nos torturarmos, pior será.”

“Nada será pior para mim do que me afastar de você sem lhe dizer como me sinto. Eu fiz isso uma vez antes e foi o maior erro da minha vida.”

Seu rosto registrou o choque. “O que você quer dizer?”

“Eu quero dizer que sempre quis você. Desde o momento que vi você, eu só era muito covarde para fazer qualquer coisa sobre isso. Eu não sabia o que dizer ou como dizer isso. Eu só sabia que você era a garota mais perfeita que já conheci e eu teria feito qualquer coisa para estar com você”

Ela fechou os olhos em agonia. “Alfonso. Meu Deus.”

“Eu perdi minha chance com você então e talvez merecesse, por estar com muito medo de falar e dizer como eu me sentia. Talvez merecesse ver você se apaixonar por meu irmão ao invés de mim. Mas talvez não fosse nossa hora. Então é a nossa vez agora.” Seus olhos se abriram devagar. Eles estavam molhados de lágrimas.“Diga-me que você não sente nada por mim, Any e eu vou. Diga-me que você nunca poderia ser feliz comigo. Diga que eu nunca poderia ser o que você quer.”

“Eu não posso.” Sua voz tremeu.

Ela não tinha me convidado, mas isso não me impediu de cruzar a entrada e tomar seu rosto em minhas mãos. “Então deixe-me amar você, do jeito que eu sempre quis.”

Uma lágrima escorregou por uma de suas bochechas. “As pessoas vão falar, as pessoas vão dizer que é errado.”

“Fodam-se as pessoas. Isso é entre você e eu.”

“Estou com medo.” Sua voz era suave e melancólica.

“Eu sei que você está. Mas não há nada para temer, eu prometo.”

“Há”, ela insistiu, mas seu corpo balançou em direção ao meu.

“Diga a palavra”, eu sussurrei, esfregando um polegar sobre seus lábios macios e cheios. “Diga que você me quer e eu sou seu.” Os três segundos que ela levou para me responder foram os mais longos da minha vida.

“Eu quero você, Alfonso. Eu quero que você me ame.” Não perdi tempo.
Chutando a porta atrás de mim, eu a peguei em meus braços e a levei até as escadas, com a camisola brilhante no escuro.

Dentro de seu quarto, a coloquei de pé, tirei a camisola de seu corpo e tirei a calcinha que usava embaixo dela. Então eu a peguei de novo e a deitei na cama. Nós dois estávamos respirando com dificuldade.

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