34. Coração quebrado

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Subi para o meu quarto, fechei a porta e deitei na cama. Com as mãos atrás da cabeça, olhei para o teto e tentei fazer o que meu pai dissera - considerar as coisas do ponto de vista de minha mãe. Mas não pude. Não importa o quanto eu tentasse, tudo se resumia a uma coisa - nós estávamos felizes. Por que deveríamos nos importar com o que os outros pensavam?

Como o amor poderia estar errado?
Depois de um tempo, ouvi meu telefone zumbindo na cômoda, então me levantei e peguei. Era o Pete.

"Ei", eu disse. "Obrigado por ligar para mim."

"Sem problemas. Está tudo bem?"

"Eu preciso falar com você sobre algo."

"Uau. Parece sério."

"Meio que é."

"Você está bem?"

"Sim. Pelo menos fisicamente."

Ele riu. "Você precisa de ajuda mental?"

"Eu acho que poderia precisar."

"Bem, você está com sorte. Porque eu estou fazendo chili hoje e estou oferecendo uma sessão de aconselhamento grátis com cada tigela. Quer vir esta tarde? Perto das quatro?"

Olhei para o meu relógio. Já eram quase onze horas. Eu precisava falar com Anahi depois que ela terminasse de trabalhar, de preferência antes de ela aparecer aqui para pegar Alana.

Mas eu poderia chegar ao Pete às quatro. "Parece bom. Vejo você então. E obrigado." Nós desligamos e liguei para Anahi.

"Alô?" Minhas entranhas se aqueceram ao som de sua voz.

"Ei."

"Como você está? Tudo bem aí?"

"Sim e não." Porra, isso ia ser uma droga.

"O que está errado? Alana está bem?"

Ótimo, agora eu estava fazendo ela entrar em pânico. "Alana está bem", eu disse, o que na verdade, não era verdade. Eu sabia que sua dor de barriga não era decorrente de um problema físico, mas isso não significava que não fosse real. "Mais ou menos."

"Mais ou menos? Você está me assustando, Poncho."

Eu belisquei a ponta do meu nariz. Eu já estava fodendo isso. "Ela está bem. Quando você acha que vai acabar com o trabalho?"

"Estou quase pronta. Eu posso sair agora e ir buscá-la. Posso falar com ela?"

"Espere, não venha aqui ainda. Eu quero falar com você primeiro."

"Não. Eu quero falar com a Alana. Chame minha filha."

"Anahi, por favor."

"Chame- a."

"Está bem, está bem. Um segundo." Gemendo, saí do meu quarto e fui para o corredor. "Lana?" Eu chamei.

"Estou no meu quarto", ela respondeu Fui pelo corredor até o quarto de hóspedes que minha mãe havia dado para Alana. A porta estava aberta até a metade e eu podia vê-la deitada em sua cama. "Sua mãe quer falar com você."

Ela sentou e pude ver que estava chorando. Meu peito ficou dolorosamente apertado quando eu lhe entreguei o telefone e escutei o final da conversa.

"Alô? Sim. Apenas deitada na minha cama. Eu tive uma dor de barriga, então Nana disse para deitar. Ainda está. Você pode vir me pegar? Ok." Ela entregou o telefone de volta para mim.

"Olá?" Eu disse.

"Eu estou indo buscá-la." Apertei meus olhos fechados por um segundo.

"OK."

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