Capítulo 32 - Hazel

22 1 2
                                    

Assim que as flechas começaram a chover acima de nós, iniciamos uma corrida tentando achar um lugar para nos esconder.

Kaayra: irei voar e tentar--
Urakin: nem pense nisso! Se abrir suas asas agora, vai levar flechadas direto nelas!
Helena: ele está certo Kay!
Kaayra: tá, ta!! Então só corram e tentem pensar em algo!

Annabeth, Arthur e Helena já estavam mais a frente abrindo espaço afastando plantas e lobos. Eu e Kay vínhamos logo atrás, eu conjurando algo para tentar nos defender e ela atirando facas nas árvores. Urakin e Leo vinham atrás de nós, evitando que parte das flechas nos atingisse.
Enquanto corríamos, uma flecha me acertou na panturrilha, fazendo-me quase cair, mas Kaayra rapidamente pegou minha mão, puxou-me para ela e caiu no chão, me deixando em cima dela. Flechas voaram, focando em nós.
Estava me preparando para sentir a dor quando senti algo fofo passando de raspão por mim. Kaayra gemia de dor e me abraçava, suas asas cobrindo nós duas como um escudo.

Hazel: está louca!?!?
Kaayra: eu prometi proteger vocês! Mas rápido, faz um escudo ou algo do tipo ao redor de nós todos!!!

Me concentrei e após um tempo consegui formar uma redoma invisível de proteção ao nosso redor. Kaayra tirou as asas de nosso redor. Ouvimos algo batendo com tudo na redoma. Era Leo, que não conseguiu parar a tempo e bateu de cara na redoma.
Eu e Kay nos levantamos, Urakin começou a arrancar as flechas das asas dela. Os seres que atiravam flechas começaram a nos cercar mais de perto.

Leo: *massageando o nariz* eles têm fogo no cabelo?
Annabeth: devem ter algo a ver com o Caipora... é um ser mitológico meio parecido com eles.
Urakin: pronto, todas as flechas retiradas Kaayra.

Algumas penas e sangue estavam no chão aos pés de Kay.

Helena: aha, ficou despenada *rio um pouco*
Kaayra: é *rio também* mas agora precisamos de um plano...
Arthur: acho que...não vai ser preciso... eles pararam de atacar.
Annabeth: verdade...
Hazel: você está bem Kay? *me aproximo dela*
Kaayra: Sim... dolorida, mas bem.

Os mini-caiporas estavam nos encarando.

Chefe-Caipora: *falando português* quem são vocês? Por que andam com esses... anjos? O que querem em nosso terreno?
Hazel: o que estão falando?
Helena: faço a menor ideia.
Annabeth: estão usando o idioma brasileiro.
Arthur: ele está apenas perguntando quem são vocês, por que estão andando conosco e o que querem aqui.
Hazel: *sendo irônica* que educado...
Leo: Hazel sendo irônica, essa é nova.
Kaayra: *falando em português* eles aqui não sabem o português direito. Somos dos Estados Unidos. Viemos aqui resgatar Ablon, o Anjo Renegado.
Chefe-Caipora: *em português* entrada de anjos não é permitida aqui! Vão embora!
Urakin: *em português* não vamos ir embora. Temos que resgatar o general. Não somos aliados dos comandantes dos cataclismos!
Arthur: se acalme Urakin...
Kaayra: *em português* Não me importo com essas coisas idiotas! Preciso resgatar meu pai e não será seres com cabelo de fogo como vocês que irão me impedir.
Annabeth: precisamos bolar um plano antes que a Kay cave a própria tumba.
Helena: isso é verdade.

Kaayra e Urakin continuaram discutindo com o Chefe-Caipora, com Arthur tentando acalmar os 3. Annabeth, Helena, Leo e eu começamos a tentar bolar um plano.

Annabeth: Leo, consegue controlar o fogo do cabelo deles?
Leo: provavelmente sim. Acho que consigo atrapalhar a visão deles com o fogo.
Annabeth: ótimo. Helena, preciso que você faça seres mortos aparecerem do chão para atrapalhar os lobos
Helena: fácil...
Annabeth: eu e Hazel vamos ajudar Arthur a afastar Kaayra é Urakin.
Hazel: isso vai ser meio impossível, mas ok.
Leo: ue, por quê?
Hazel: só Kay aguenta puxar Urakin
Kaayra: *em português* escuta aqui, seu anãozinho de fogo, quem por Hades você pensa que é para me tratar assim?
Chefe-Caipora: *surpreso. Em português* você... está falando algo em nome de um deus grego?

Quando nos preparávamos para executar nosso plano, uma moça muito bela apareceu. Era uma indígena meio alta, tinha um olhar tranquilo e gentil.

Moça: *em português* o que está acontecendo aqui?

O Chefe dos mini-caiporas explicou (acho que explicou) tudo para a indígena e essa nos olhou, sem demonstrar raiva ou coisas assim e começou a conversar conosco em inglês.

Moça: vocês podem desfazer a redoma.
Helena: como se nem sabemos quem é você?
Leo: É, vai que você é uma deusa louca que quer achar um meio de nós matar indiretamente
Moça: que seja. O que querem aqui?
Kaayra: *bufo* já disse que vim resgatar meu pai! E quem é você o tiazinha?
Annabeth: nem parece que Sally te ensinou a ser educada com estranhos aparentemente poderosos...
Moça: híbridos e anjos juntos procurando por um anjo?
Hazel: como você sabe que somos híbridos?
Moça: além de eu ser um oráculo e perceber que eu previ a chegada de vocês, o cheiro que emana de vocês deixa perceptivel que são híbridos.
Helena: ela tá literalmente dizendo que a gente fede então?
Arthur: ela não tá dizendo que vocês fedem...
Leo: o moça, eu tenho cheiro de quê?
Moça: duas tem cheiro de terra e defunto, outra de pergaminhos, um de madeira queimada e graxa e uma... *olho pra de asas* tem uma com cheiro de mar e sangue.... isso é estranho
Kaayra: o indígena alta, quer parar de falar o cheiro da gente e dizer logo a porra do teu nome? Diferente de você, nós não somos oráculos!
Moça: que insolência a sua, criança! Isso é jeito de tratar alguém mais velha que você?
Helena: tiazinha, minha amiga tá completamente certa em gritar contigo.
Moça: já conheci híbridos muito mais educados que vocês, credo.
Kaayra: o criatura. Da pra falar de uma vez se tu é amiga ou inimiga e a droga do teu nome?
Andira: Certo, certo. Eu sou Andira, a deusa da Lua e do Oráculo do povo Yamí, um povo que existia antes do dilúvio. E agora creio que é, de certo modo, uma boa vocês anjos saírem se meu território.

Um Milagre Entre SemideusesOnde histórias criam vida. Descubra agora