Capítulo 7

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Sentada no sofá com as pernas em cima de um pufe e com livros ao meu redor, não noto o tempo passar.

— Celina. Como foi seu dia? — Claire vem correndo e se joga no sofá ao meu lado e logo começa a mexer nos meus cachos.

— Muito bom, li livros muito interessantes, e o seu? — Ouço atentamente enquanto ela fala sobre as diversas aulas que teve e as tarefas que tem para fazer, nesse meio tempo Dion e Adriana se juntam a nós duas na sala.

— Eu não gostei do que ele falou, mas não queria socar ele como o Jack disse. — Os conselhos que Jack dá as crianças deveriam ser censurados.

— Dion meu bem, tem pessoas que só se sentem bem quando fazem os outros se sentirem mal, tenha pena dele por ser tão infeliz a esse ponto e não deixe ele te afetar, as palavras dele não valem a pena, então não as ouça, ok? — Ele concorda e quando acho que fiz um bom trabalho tenho que repetir a explicação, pois Adriana o convence que o mínimo seria um chute para ele ficar esperto.

As crianças sempre chegam antes dos mais velhos, depois de 40 a 50 minutos os outros quatro se juntam a nossa conversa.

— Disse a uma criança para socar a outra?

— Você queria que eu o mandasse perdoar o próximo? — Jack para numa posse exagerada de reflexão e depois chega bem perto de mim e grita. — Para isso temos você, Celi. Escuta, o menino que implicou com ele tem uma cara de tomate, juro! Eu mesmo pagaria 10 conto pra dar uma bolacha no Bob de os Vegetais.

— Cara, ninguém nem viu esse desenho. — John intervêm.

— Saberia a referência se não tivesse visto a merda do desenho?

Por um segundo sinto falta de quando todo mundo ficava em silêncio na minha presença, queria ter a liberdade para mandar todo mundo ficar quieto para poder ao menos pensar em paz.

— Cala a boca todo mundo! — Como um anjo no caos, Josie maravilhosamente grita. — Não quero mais ouvir vocês, povo chato, Jack pega esse seu tomate e enfia bem fundo na sua goela, e vocês, levantem a bunda do sofá que eu vou conversar com a Celina agora.

Sem o mínimo de educação, ela consegue o que quer, nunca vi ela gritar assim, mas confesso que foi invejável.

— Traz um chocolate pra sua irmã John, porque ela na TPM é pior que passar unha em vidro. — Eliza revela o motivo do temperamento da amiga e se senta ao meu lado no sofá. No outro lado, com cara de quem poderia matar um ser humano sem arrependimento, Josie pega uma revista em suas mãos.

— Celina, eu preciso que você me ajude a escolher algumas roupas, para um trabalho de moda. Tem que ser sua sincera opinião, pois tem que ser a opinião de alguém leigo no assunto.

— Tudo bem, vou fazer o meu melhor, o que tenho que fazer exatamente?

— As roupas que gostar e forem bonitas você circula. — Estranho, mas como já vi Dion cuspir pra cima para um trabalho de física, não vou questionar, por enquanto.

Pego a revista e vejo várias modelos em vários quadrados com roupas de diversos estilos. Tudo que é estranho eu não circulo e sempre tem uma pressão de Eliza ou até mesmo de Josie, que vira e mexe dizem frases como "mas e essa?" ou "essa é perfeita sem dúvida, não concorda?", resultado acabo circulando quase tudo.

Até que chegamos a uma parte de roupas íntimas, nesse momento, Eliza toma o catálogo da minha mão e começa a circular tudo que é coisa.

— Gente, isso é um luxo, olha que graça. — Vejo e concordo, mas trabalho é uma ova. Com o passar das páginas não acredito que aquilo seja para meninas de treze ou quinze anos.

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