Capítulo 33

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P.O.V  TOM

Eu estava fazendo a pipoca quando de reponde a campainha toca, eu não estava esperando ninguém mas fui atender.

- podemos conversar?

- Diana essa não é uma...

- eu só preciso que você me escute Tom, prometo ser rápida - assenti e levei ela até a cozinha - se lembra sobre o que nós conversamos naquele dia na sua mãe?

- sim mas o que isso....

- não consigo Tom - me interrompe - não consigo te esquecer, eu sinto sua falta. Sei que você tem a ela agora mas lembra de todos os momentos que nós passamos, foram tantos anos de convivência.

- que acabaram. Não faça isso Diana, não tente fazer a minha cabeça. Existia sim sentimentos mas isso ficou no passado, nós seguimos caminhos diferentes, não cabe a você agora chegar e tentar fazer tudo aquilo voltar.

- mas Tom...

- não Diana, eu a amo e não vou deixar que você estrague tudo agora que voltou. - respirei fundo

- Tom olha nos meus olhos e me diga que você não sente nada. - segurou meu rosto - me diga que não quer nada, me diga que você não ficou confuso quando nos reencontramos aquele dia.

- não é você quem eu quero Diana, sabe disso. Nós nunca passamos de algo além do que melhores amigos e quer saber? Isso realmente foi ótimo. Você mudou, não é mais aquela garota que eu passei minha infância, você nunca foi assim, o que deu em você agora?

- o que deu em mim? Thomas eu te amei durante toda a nossa adolescência, até os meus 17 anos. Realmente acha que te esqueci depois que eu me mudei? Eu não fazia ideia de que você sentia o mesmo por mim, nós poderíamos estar juntos agora.

- mas não estamos. Não encha minha cabeça com essas coisas tá legal? - me afastei da mesma - e como eu disse, isso é passado e não cabe a você fazer todos aqueles sentimentos de adolescente voltar, porque isso não vai acontecer. Seja madura o suficiente pra aceitar isso, você sempre foi "mimada" - fiz aspas com os dedos - mas eu não via maldade naquilo, você não pode ter tudo o que quer, ainda mais se isso for eu.

- Tom por que você tá... - s/n entra na cozinha - desculpa, não quis interromper.

- não esquenta, eu já estava de saída. - Diana pisca pra mim e vai embora

- tá tudo bem? - s/n se aproxima e segura meu rosto

- não sei porque ainda tento ser legal com ela. Lembra do que eu te contei né? - assentiu - então, ela...

Contei tudo para s/n que escutava tudo na maior paciência do mundo, coisa que eu admirei muito.

- e então eu disse que ela não poderia ter tudo o que quiser, ainda mais se isso for eu. - suspirei - eu não devia estar de enchendo com isso, me desculpa.

- não, tá tudo bem. Você já me ouviu falar muito sobre o... enfim, você sabe, pode conversar comigo sempre que quiser.

- você é um anjo sabia? - sorri - não vamos mais falar sobre isso, essa foi a última vez que eu falei com ela.

- ela era sua melhor amiga Tom, por que não...

- não s/n, não iria dar certo. Você não viu o jeito que ela falava, ficar perto dela só vai me fazer ficar mais estressado.

- relaxa ok? Você está férias, não vai se estressar com coisas bobas - assenti - vamos, já deixei a tv pronta. Eu levo a pipoca e você o refrigerante.

[...]

- Tom - senti alguém me balançando - amor, acorda

- ahn? Eu dormi? - pergunto coçando os olhos - o que foi?

- japonês? Estou com fome - resmunga - Haz avisou que ia sair e que não era pra esperar ele.

- sair? Quem sai em plena segunda feira? - me sento na cama - você ficou acordada?

- eu dormi junto com você também - rimos - você pode por favor pedir a comida?

- o que vai querer?

- o mesmo que você - assenti - ah e o seu celular estava tocando. - fala

- quem era?

- não sei, não vi. - franzi a testa

- vê aí quem era, vou lá na cozinha ver se eu acho o número do restaurante. - assentiu

Fui até a cozinha e peguei o cartão com o número do restaurante.

- amor, eu... - me aproximo da mesma e vejo que ela estava tentando enxugar algumas lágrimas - ei, o que aconteceu?

- n-nada, eu só... - se levanta - preciso usar o banheiro.

Peguei meu celular e fui ver quem tinha mandado mensagem... Diana.

"até quando vai negar isso pra si mesmo Tom? Sei que ainda sente algo, bem lá no fundo. Por que você não larga essa garota e fica comigo? O que ela tem de tão especial?"

Ódio. Isso é o que me define agora.

- amor, abre a porta - bati duas vezes - por favor.

- ela tem razão Tom, o que eu tenho de tão especial?

- abre a porta, por favor - a mesma abriu e saiu ainda com os olhos vermelhos - você não vai dar ouvidos para o que ela fala.

- você não sente nada por ela? Eu vi como você...

- olha pra mim, olha nos meus olhos. - levantei o rosto da mesma - é você quem eu quero, quero dividir minha vida com a pessoa que eu amo, não vou deixar que ninguém estrague isso, principalmente ela. - puxei a mesma para um abraço - eu te amo, eu te amo mais do que já amei alguém nesse mundo.

- eu te amo... muito. - levantou o rosto e acariciou meu rosto - muito mesmo. - colei mais os nossos corpos e selei nossos lábios, num beijo intenso e calmo, que podia ser interpretado de várias maneiras diferentes.

Eu quero vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora