Capítulo 74

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P.O.V S/N

01 de junho - 21:34

Hoje é aniversário do Tom e bom... a equipe do elenco mais eu, Haz e Harry resolvemos fazer uma surpresa para ele, ou seja, todo mundo está fingindo que se esqueceu de seu aniversário. Obviamente, ele está chateado o dia todo, jogou várias e várias indiretas para mim e como uma boa namorada, me fingi de sonsa.

- o que você tem hem? - perguntei enquanto ele parava o carro

- o que eu tenho? Está brincando não está? - bufou - você faz ideia de que dia é hoje?

- primeiro de junho, o que tem demais nisso? - dei de ombros

- ah, ótimo! - revirou os olhos - realmente não sabe?

- vamos logo - falei abrindo a porta do carro - você me conta lá dentro, estou morrendo de fome.

Ele bufou mais um vez e depois saiu do carro, vindo atrás de mim marchando e resmungando. Abri a porta da casa em que estamos e deixei que ele entrasse primeiro...

- SURPRESA! - todos gritaram juntos

- ah - ele cruzou os braços e olhou para mim - está explicado.

- desculpa - corri para abraçá-lo - foi ideia do Harry, mas... feliz aniversário - me afastei um pouco dele e acariciei seu rosto - eu te amo. - selei nossos lábios enquanto algumas pessoas faziam "own"

- eu também te amo - ele disse assim que partiu o beijo, me abraçando novamente

Foi tudo bem simples, até porque no dia seguinte todos teriam de acordar cedo. Tom falou com todo mundo, agradeceu e depois de um tempo, quando cantamos o parabéns, todos se despediram e foram embora.

- e então? - perguntei enquanto me deitava ao seu lado

- obrigado - se virou para mim e abraçou minha cintura - só... - suspirou - você precisa mesmo ir amanhã?

- eu prometi aos meus pais - sorri fraco - são só duas semanas, vai passar rápido.

- eu sei mas depois você vai pra Londres.

- vai passar rápido - acariciei seu rosto - e além do mais você pode me ligar sempre que quiser.

- não é a mesma coisa de ter você aqui comigo - bufou

- está parecendo uma criança - soltei uma risada nasal

- e se eu tiver crises? O que eu faço?

- nós já conversamos sobre isso amor - me sentei e o encarei - não podemos ser tão dependentes um do outro assim, isso não é bom pra gente.

- porque nem sempre conseguimos estar e juntos e blá blá blá - ele se sentou - é só que... é difícil, porque quando você ama alguém você automaticamente sente necessidade de estar perto e não foi culpa minha ficar dependente emocionalmente de você, não foi intencional, só... aconteceu, e eu nem pude ao menos evitar - sorri fraco para ele

- não podemos evitar tudo, as coisas as vezes acontecem sem a gente nem perceber, como foi o nosso caso - segurei sua mão - também sou dependente de você, mas preciso aprender a lidar com a sua ausência em certas situações, assim como você precisa saber se acalmar sozinho, sem mim.

- mas...

- promete que vai tentar? - o interrompi

- argh - revirou os olhos - prometo. Posso ao menos te levar no aeroporto amanhã? - assenti e pulei em cima dele, o abraçando - eu te amo tá bom?

- tá bom!

- tá bom? - me sentei e cruzei os braços - tá bom?

- era só um teste pra ver como você ia reagir caso eu falasse isso - ele riu - e não foi tão ruim.

- ok - fui para de baixo das cobertas e me deitei de costas para ele - boa noite.

Ficamos em silêncio por alguns segundos.

- amor - ele chamou mas eu não respondi - amor.

- estou ouvindo Thomas.

- eu te amo.

- beleza - dei de ombros

- eu falei que te amo - me puxou para cima de si

- e eu falei beleza.

- não vou deixar você dormir até falar que me ama de volta - me abraçou, impedindo que eu me movesse - eu...

- não vou falar.

- amor! - soltou uma risada nasal

- eu também te amo - bufei

- podemos dormir de conchinha? - pediu - é meu aniversário.

- podemos - eu ri e deixei um selinho do mesmo

- boa noite - ele disse assim que passou seu braço por cima da minha cintura e beijou meu pescoço

- boa noite - sussurrei antes de apagarmos

[...]

Na manhã do dia seguinte foi tudo tão corrido que eu nem ao menos vi a hora passar. Tom me levou ao aeroporto, nos despedimos rápido porque ele tinha gravações e bem... agora estou aguardando meu voo. Vai ser bom estar em casa por um tempo.

"me avisa quando chegar" 10:14 - Tom

Eu estava sem internet então não consegui responder. Como é um longo voo, decidi apenas dormir, meu sono anda meio desregulado com as insônias que eu venho tendo e bom... apenas seis horas por noite. Resultado: um par de olheiras.

- atenção senhores passageiros, preparar para o pouso.

Quando sai do avião a primeira coisa que veio à minha cabeça foi responder Tom, peguei meu celular e enviei uma rápida mensagem. Eu já havia encontrado meus pais de longe.

"acabei de chegar, me manda mensagem quando acordar. Te amo" 01:28 - s/n

Tom já está dormindo pela hora, são 14 horas de voo e como o fuso horário é de Atlanta é de uma hora a menos, lá são 00:28.

Fui correndo até meus pais, deixando as malas de lado e os abraçando.

- está tão linda querida - minha mãe disse

- senti saudades de vocês - eu disse enquanto minha mãe limpava algumas lágrimas que escorriam - onde está a vovó?

- ficou em casa dormindo, o remédio deixa ela com muito sono - meu pai respondeu - vamos? Você tem muita o que nos contar.

[...]

Cheguei em casa, me acomodei em meu quarto, passei no quarto de minha vovó e deixei um beijo na mesma que já dormia. Mandei mensagem para Louise e disse para que viesse para cá assim que acordasse.

Não demorou muito para que eu pegasse no sono, dormir no avião não é tão bom assim. Acordei algumas vezes pela madrugada e acabei tomando um remédio para dormir de vez.

Querendo ou não, meus pensamentos estavam voltados para Tom. Eu sei como esse filme está sendo difícil de se gravar, o problema é que eu não duvido da capacidade dele, mas ele sim! E esse é o grande problema.

[...]

Eu quero vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora