Eu quero você

Capítulo 53

P.O.V S/N

mais tarde naquele mesmo dia

- Tom - balancei o mesmo - você precisa comer - acariciei seu rosto - vamos amor, sua mãe ligou.

- hum - ele resmungou e se escondeu de baixo da coberta

- ela pediu pra irmos jantar lá, disse quem tem tempo que a gente não se vê, o que é verdade.

- você já tomou banho? - tirou a coberta da cara

- sim, não te acordei porque fiquei com pena - sorriu para mim - antes que eu esqueça - estendi o braço até a cômoda e peguei o remédio que eu havia deixado ali junto com um copo de água - toma isso aqui.

- de novo? - resmungou e se sentou - eu já tomei dois remédios desde quando chegamos do hospital.

- você é muito reclamão sabia? - rimos - vou chamar o Haz tá bem? Já volto.

- ah não, e o banho de esponja?

- não vou dar banho em você - revirou os olhos - não depois do que fizemos, acho que você está em ótima condições.

- acho que estou febre, vê aqui amor - brincou

- não brinca com essas coisas Tom, isso é coisa séria sabia?

- é brincadeira - se levantou e venho até mim e só então eu percebi que ele tinha vestido a cueca box de novo - te amo - me deu um selinho

- também te amo - retribui - posso ir acordar o Haz agora? - assentiu - obrigada!

[...]

Fomos jantar na casa da família Holland, dessa vez oficializados. Nikki perguntou como Tom foi parar no hospital, como ela é mãe, tinha ficado preocupada, expliquei o que tinha acontecido e que agora ele já está bem, mas precisa ficar de repouso.

- já podemos planejar o casamento então - Dom disse fazendo eu e Tom nos engasgarmos com a comida

- Dominic! - Nikki chamou atenção - ainda são crianças, tem muito tempo pra pensarem nisso ainda.

- mãe - Tom disse - não somos crianças né.

- adolescentes então, não é porque são maiores de idade que são adultos.

- mas vocês pensam em casar, certo? - Dom perguntou

- ahn - olhei para Tom que estava com as bochechas vermelhas - sim, a gente pensa nisso, mas como um futuro distante.

- exato! - Tom segurou minha mão por de baixo da mesa - aliás, ainda vamos fazer um mês de namoro.

- você demorou pra pedir ela em namoro - Harry disse

- fiquei nervoso - Tom explicou

- ficou com medo de receber um não - Sam disse fazendo todos rirem

- Tom não queria acreditar que havia criado sentimentos por você em tão pouco tempo - Haz caguetou - daí como eu sou um ótimo cupido...

- de novo essas história não - Tom resmungou

- espere, tem mais. Ele vivia falando "não é possível, como posso ter criado sentimentos por ela tão rápido?", "será que digo o que eu sinto?", essas coisas sabem? Aí depois que eles começaram a ficar, me transformaram na própria tocha humana, e eu me arrependi seriamente de ter deixado isso acontecer.

- você ainda é uma boa tocha Haz - eu disse falando os outros rirem - e você não me contou sobre isso, contou?

- não lembro, acho que sim - Tom deu de ombros - não importa mais, já estamos namorando mesmo.

- vocês formam um casal tão lindinho - Nikki disse fazendo minhas bochechas corarem - você é foi a salvação na vida desse menino s/n, obrigada por isso.

- e ela ainda é mais legal do que o Tom, acreditam? - Paddy disse - videogame?

- melhor de três - disse me levantando junto do mesmo - e sem roubar.

- eu não roubo, Haz quem rouba!

- só por isso eu vou jogar - se levantou - Tom, S/n e Paddy, contra eu, Harry e Sam. Os perdedores lavam a louça.

- vou querer assistir isso - Dom falou

- sabem que vão perder - Tom disse vindo em direção ao sofá onde estava, eu, Haz, os gêmeos e Paddy

- só se for nos seus sonhos - Haz disse

- nos meus sonhos não tem videogame - piscou pra mim

[...]

- como o esperado - Tom disse - ganhamos!

- vocês tem a s/n no time, é óbvio que iriam ganhar da gente - Harry disse

*celular tocando*

-estranho, minha mãe nunca liga do nada - levantei do sofá - já volto - fui até o quintal para atender - mãe?

- não se preocupe, está tudo bem por aqui - suspirei de alívio - sua prima vai se casar e quer que você esteja presente no dia.

- Fernanda? Mas ela não começou a namorar a pouco tempo?

- Foi uns meses antes de Tom te pedir em namoro, mas quer que você venha, e disse que era pra trazer o Tom também.

- sério? - ela assentiu - Fernanda nunca gostou de mim mãe, porque isso agora?

- não sei filha, sua prima é louca, toda a família do seu pai é assim, você sabe. Mas o casamento só vai ser daqui alguns meses, novembro eu acho.

- depende de muita coisa mãe, você sabe.

- sei filha, como está as coisas aí?

- bem, o cargo como modelo fotográfica aqui ganha muito bem! 10 mil dólares no primeiro ensaio que fiz, Rachel disse que é porque comecei agora e que futuramente vou ganhar mais.

- bom, da pra você se manter aí. Mas se precisar de ajuda financeira eu e seu pai estaremos a disposição, não se esqueça.

- como está a vovó?

- ela lidou bem com tudo isso, Tom me contou como você reagiu... eu sinto muito querida, queria poder fazer algo.

- tá tudo bem mãe - meus olhos se encheram de água ao me lembrar - sei que ele está em lugar melhor.

- ele te amava, sei que está muito orgulhoso da mulher que você está se tornando, e está olhando você lá de cima, não importa a onde vá - senti braços em volta de minha cintura, sabia que era Tom - se cuida tá bem? Seu pai ainda não chegou do trabalho, deve te mandar mensagem mais tarde.

- ok mãe, até mais.

- até meu amor, amamos você viu?

- também amo vocês!

Desliguei a chamada e deitei minha cabeça no ombro de Tom, que continuava abraçado a mim.

- tudo bem? - ele perguntou

- tudo - respirei fundo para não chorar - tudo bem.

- quer ir embora?

- não tem necessidade, vamos esquecer isso, pode ser? - me virei pra ele

- como você quiser - limpou uma lágrima que havia escorrido e deixou um beijo em minha testa - vem cá - me puxou para um abraço - eu sempre vou estar aqui também? - assenti e me separei um pouco dele, o suficiente para olhar em seus olhos

- eu te amo tanto, você não tem nem ideia.

- tenho certeza de que não ama mais do que eu amo você - meu deu um selinho demorado - minha mãe fez sobremesa, a gente pode dividir um pedaço.

- aceito - rimos e então ele entrelaçou nossas mãos

- então vamos.

[...]