Capítulo 31

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P.O.V  TOM

- oi Tom! - Diana fala

- Diana? - meus olhos se arregalaram

- filho, pensei que fosse gostar de rever Diana - minha mãe se pronuncia - ela veio passar um tempo com a família aqui em Londres.

- e-eu gostei mãe, só estou... surpreso - respirei fundo

- tenho uma certa culpa nisso, me desculpa por ter... você sabe - por uma fração de segundos meu olhar se cruzou com o dela - mas de qualquer forma, é bom te ver novamente.

- tá tudo bem, isso é passado - me lembrei que s/n ainda estava ali ao meu lado - ah, essa aqui é a S/n, s/n essa é Diana, uma velha amiga de infância.

- é um prazer - as duas se abraçaram

- o prazer é todo meu, vocês estão... juntos?

Eu não sabia o que responder e então um silêncio se instalou entre nós até Haz chegar.

- Diana! Quanto tempo - se abraçam

- Haz, como vai? Não te vejo desde quando tínhamos 15 anos e você não mudou nada.

- já de você eu não posso dizer o mesmo, está linda - a mesma fica envergonhada - ahn, Tom?

- sim? - direcionei meu olhar para o meu melhor amigo

- podemos trocar uma palavrinha? É rápido - assenti e fui com ele até uma parte da casa que estava mais vazia - você tá bem?

- sim, só estou surpreso - suspirei

- certeza? - assenti - sendo assim, beleza então.

Eu podia pensar em qualquer coisa, menos em que essa seria a supresa, não me entendem mal mas como vocês iriam se sentir vendo a garota que foi apaixonado em toda a sua infância e início da sua adolescência ali? Não estou dizendo que ainda sinto algo por ela, só estou... confuso.

Depois do almoço meus irmãos chamaram s/n pra jogar videogame, coisa que era normal, e consequentemente, fiquei sozinho com Diana.

- e então... vocês namoram? - ela pergunta quebrando o silêncio

- ahn, não - suspirei - ainda não, mas em breve.

- senti sua falta Tom, sinto muito por eu ter me distanciando tanto de você. Eu perdi contato com muita gente desde quando me mudei daqui - explica

- depois que você foi embora, eu tentei contato mas você nunca retornou - a mesma abaixou a cabeça

- e-eu fui tola, achei que resolveria meus problemas se me distanciasse das pessoas que mexiam comigo sabe? - franzi a testa confuso - eu gostava de você Thomas, desde quando éramos pequenos. Mas... acho que você nunca percebeu, pensei que se eu cortasse todo contato com você depois que me mudei esse sentimento seria esquecido, mas eu me enganei.

- olha Diana, eu... - suspirei - não tô muito afim de falar sobre isso agora, por um lado eu também sentia o mesmo por você mas muita coisa mudou e agora eu tenho a s/n, gosto muito dela e não quero estragar as coisas.

- ah, tudo bem - força um sorriso - eu entendo, não vim até aqui pra pedir uma chance, seria burrice. Espero que esteja feliz - sorri agradecido

- obrigado!

[...]

Diana havia ido em bora, meus pais estavam na cozinha conversando, meus irmãos jogando bola no quintal e s/n sentada no chão fazendo carinho na Tessa.

- ela não sabe né? - Haz perguntou

- sobre a Diana? - assentiu - não.

- o que vocês conversaram? Quando estavam a sós depois do almoço? - eu não queria falar sobre mas no final acabei cedendo

Expliquei pra Haz o que Diana havia falado, mas deixei claro que meus sentimentos por ela não existiam mais, talvez não que eu saiba, ver ela ali, diante dos meus olhos me despertou algo que por hora, eu não compreendi.

- Tom? - s/n se levantou e veio até mim - eu vou me encontrar com a Helena daqui a pouco e...

- quer que eu te leve? - a interrompi

- não, não precisa - a mesma suspirou - eu pedi um uber ele já deve estar chegando, só ia dizer pra não me esperar.

- não vai dormir lá em casa? - negou

- vou dormir na casa dela hoje, amanhã meus pais chegam e bem, vou buscar eles no aeroporto. - o uber havia chegado - a gente se fala - me deu um beijo na bochecha e foi embora

Por um lado eu sabia que ela havia percebido o que estava rolando, me senti mal por isso, eu nem ao menos a expliquei o que tinha acontecido. Diana é meu passado, s/n é meu presente e futuro, disso eu tenho certeza.

P.O.V  S/N

- foi estranho o jeito que o Tom agiu sabe? Parecia nervoso, não sei - explicava para Helena

- o que ele disse? - pergunta

- ah, que ela é uma velha amiga de infância. Talvez eu esteja inventando coisa, pode ser só coisa da minha cabeça apesar dele nunca ter comentado nada sobre ela antes.

- você se preocupa muito amiga, eu sei pelo o que você passou e sei o quão doloroso foi mas não fique pensando que o Tom vai fazer o mesmo, ele é um cara legal e tenho certeza de que ama você.

- sei disso Lena, mas eu não consigo deixar minhas inseguranças de lado - suspiro - Tom ficou imóvel assim que viu ela, parecia que tinha visto um espírito.

- não vamos mais falar disso tá bem? - assenti - vamos fazer uma noite de skincare, o que me diz?

- acho ótimo, minha pele está horrível!

Depois de termos visto filme, cantado, feito skincare e conversar sobre coisas aleatórias Helena simplesmente apagou. Eu não conseguia dormir de jeito algum e teria de ir para o aeroporto amanhã buscar meus pais. Eu e Tom trocamos algumas mensagens e coisas básicas, preferi não tocar no assunto sobre Diana, mas ele não queria deixar passar, queria me explicar o que estava acontecendo. Fui para a cozinha pra não correr risco de Helena acordar e então atendi a chamada via facetime de Thomas.

[...]

- ... eu só queria pedir desculpas pelo jeito como agi hoje, eu fiquei surpreso quando a vi e bem, o resto você sabe.

- entendo Tom, é realmente difícil esquecer um amor de adolescência. - suspirei - mas não precisava ter se explicado, eu só tinha achado estranho o fato de como você ficou... incomodado?

- é mas não tem mais importância, isso é passado. Diana e eu não nos víamos desde os 14 ou 15 anos, só foi uma surpresa pra mim, não imaginei que seria isso que minha mãe havia "planejado" - fez aspas com os dedos

- ela era sua melhor amiga, fez parte da sua vida, no seu lugar eu também teria ficado surpresa, ainda mais quando se trata de um...

- podemos não falar a palavra "amor"? Eu não tinha noção dos meus sentimentos tá ok? Agora eu tenho, o suficiente pra saber que sou apaixonado por você. - senti minhas bochechas corarem

- você não tem noção de nada Thomas - ri - ainda mais sobre seus sentimentos.

- então está duvidando? - nego - não consegue acreditar que alguém posso se apaixonar por você não é? - assenti e abaixei a cabeça - pois deveria.

- e por que? Que diferença isso vai fazer?

- porque eu sou apaixonado por você. Eu amo você. Eu sou completamente louco por cada detalhe do seu corpo, cada curva, é como se você fosse uma obra de arte feita pelos deuses. - o fato da pupila dele se dilatar toda vez que falava sobre mim era algo que eu ficava admirada, como uma pessoa é capaz de amar tanto alguém? Ainda mais se esse alguém for eu?

- você me faz se sentir única, isso é uma das coisas que eu mais amo em você. - ele sorri - eu vou dormir tá bem? Preciso acordar cedo e buscar meus pais amanhã.

- ah, claro. Eu... te vejo amanhã? - assenti - sendo assim, durma bem e sonhe... comigo, se quiser.

- com certeza eu vou sonhar - rimos - boa noite.

- boa noite amor.

[...]

Eu quero vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora