Capítulo 50

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P.O.V S/N

Haz disse que iria dormir na casa dos pais, eu e Tom voltamos para casa, resolvemos assistir um filme qualquer que estava no catálogo da netflix.

- eu... eu já volto - Tom disse e se levantou indo em direção ao banheiro

Ele estava estranho nas últimas horas, inquieto, não parava de se mexer durante o filme, fiquei preocupada e fui atrás dele.

- Tom? - bati na porta - tá tudo bem? - ele abriu a porta então pude ver que seu rosto estava pálido

- eu não.... - tentou respirar fundo - acho que vou desmaiar - assim que ele terminou a frase seus olhos reviraram e por uma fração de segundos eu o segurei, logo deitando ele no chão por causa do peso

- Tom - segurei o rosto do mesmo - amor - meu coração batia forte - que porra, o que você tem?

Peguei o celular e liguei para Haz, falei para que ele viesse o mais rápido possível. Peguei algumas almoçadas e coloquei em baixo dos pés do mesmo, deitei a cabeça dele de lado e afrouxei suas roupas, tirei o casaco que ele usava, e desfiz o laço da sua calça.

- estou aqui tá bem? - eu falava enquanto acariciava o rosto do mesmo - Haz já vai chegar.

[...]

- o que aconteceu com ele? - Haz perguntou enquanto carregava Tom até o carro

- eu não sei, ele se levantou e foi no banheiro, eu percebi que ele estava estranho e fui atrás, quando ele abriu a porta disse que achava que ia desmaiar e desmaiou. Pode ser várias coisas, os médicos vão ter que fazer alguns exames, qual o hospital mais próximo?

- fica 10 minutos daqui - respondeu enquanto colocava Tom no banco de trás - vai na frente, assim ele tem mais espaço - assenti e entrei no carona

- ele nunca foi de passar mal - falei enquanto pensava alto - e ele se alimenta bem, pelo menos ele sempre come quando estamos juntos, eu notei que ele perdeu um pouco de peso mas achei normal já que faz atividade física.

- a saúde do Tom sempre foi boa - Haz disse

[...]

Tom foi atendido rapidamente, os médicos levaram ele para fazer alguns exames, uma enfermeira me entregou uma ficha pedindo para eu preencher.

- Tom Holland? - o médico chamou quando saiu de uma sala

- aqui - Haz disse - o que ele tem doutor?

- bom, nos fizemos alguns exames e os resultados apontam anemia. - meus olhos se arregalaram

- anemia? - o médico assentiu - como? Ele sempre se alimentou bem e nunca reclamou de nada.

- ele está com carência de algumas vitaminas, tem certeza de que ele tem se alimentado corretamente? Ingerindo legumes, verduras, tomando vitaminas?

- sim, ele... - pensei um pouco antes de responder, Tom havia perdido peso de algumas semanas pra cá, não estava mais indo na academia, ele comia, mas sempre pouco, uma quantidade menor do que ele é acostumado - pensando bem doutor, o senhor tem razão. A anemia dele é grave?

- os valores da hemoglobina estão abaixo de 8 g/dl, acho que uma transfusão de hemácias seria bom no momento, ele pode se recuperar mais rápido.

- ele está sedado? - o médico assentiu

- vamos esperar pra ver como ele vai reagir ao medicamento, caso não funcione a gente faz uma pequena transfusão pra estimular as células sanguíneas dele - eu e Haz assentimos - você se chama s/n?

- sim - assenti instantaneamente

- ele disse seu nome quando "acordou" - fez aspas com os dedos - mas sentiu tontura novamente e então sedamos ele, você pode ir vê-lo, quarto 32. Uma pessoa por vez.

- pode ir - Haz disse - só me avisa se ele acordar - assenti e fui a caminho do quarto 32

Entrei no quarto e vi Tom dormindo, tomando soro. A cena me doeu, eu nunca imaginei ver ele assim, sempre foi tão saudável, nunca nem mesmo reclamou de estar se sentindo mal.

- ei - arrastei a poltrona até a ponta da cama e me sentei na mesma - me desculpa - me debrucei na cama e segurei a mão dele - eu deveria ter percebido antes, teria feito você se alimentar melhor. Você me assustou sabia? - acariciei o rosto do mesmo - sei que não deve estar me escutando, claro né s/n ele está sedado - ri de mim mesmo - eu te amo.

Fiquei ali no quarto ao lado dele por um longo tempo, mas nada do mesmo acordar. As enfermeiras vieram aqui coletar sangue para alguns exames, trocaram o soro por outro que deveria fazer mais efeito.

- s/n? - era Haz na porta - vai comer algo, descansa um pouco - colocou a mão em meu ombro - eu fico aqui com ele - assenti e sai do quarto

Haz tinha razão, nós chegamos ao hospital não eram nem 10 na noite e agora são quase 4 da manhã. Fui até a lanchonete e pedi um salgado junto de um refrigerante, depois fiquei rodando do lado de fora, falei com Louise e minha mãe sobre o que tinha acontecido, as notícias correm rápido.

[...]

Eu quero vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora