Capítulo 40

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P.O.V TOM

Eu estava esperando o médico voltar com notícias dela, Haz estava sentado ao meu lado mexendo no celular.

Ela não tinha comido nada durante a manhã toda, quando ela acordou resmungando já ia dar umas três da tarde, ela estava branca como papel, os lábios secos, pelando de febre. Não pensei duas vezes antes de trazer ela para o hospital.

- você é o namorado? - uma enfermeira perguntou colando a mão em meu ombro - pode preencher a ficha dela por favor?

- ah, claro - olhei para Haz - me chama se o médico vier aqui. - ele assentiu

Preenchi toda a ficha, que não era difícil, e voltei justo na hora que o médico saiu do quarto.

- Tom Holland? - ele perguntou

- sim? - dei um a passo a frente

- ela quer te ver - assenti - está tomando soro, só pode ser liberada depois que acabar tudo bem?

- tá bem - me virei para Haz que também estava em pé ao meu lado - você espera aqui?

- vai lá - deu um tapinha em minhas costas como incentivo

Fui até o quarto, ao abrir a porta vi ela deitada, já estava com a sua cor normal, os lábios rosados e os olhos um pouco vermelhos.

- queria me ver? - perguntei enquanto ia até ela e me sentava na beira da cama

- queria que ficasse aqui comigo - pegou minha mão e entrelaçou nossos dedos - meu avô não iria querer que eu ficasse assim.

- você é forte - acariciei o rosto da mesma - tudo isso vai passar. Quer que eu cancele o voo?

- não Tom, nós vamos - ela disse - estamos planejando isso desde antes de você voltar das gravações.

- a gente pode esperar amor, até que você se sinta melhor.

- tá tudo bem, foi só um choque pra mim, minha crise atacou ali e... isso aconteceu - suspirou - me desculpa tá bom? Não era a minha intenção isso acontecer e nem ter tentado fazer aquilo, eu não pensei na hora e as minhas emoções estavam falando por... - a interrompi

- não precisa se explicar, sei o quão doloroso pode ser perder alguém que você ama.

- sobre aquilo tudo que você disse - ela se ajeitou de um jeito que pudesse me olhar melhor - tudo foi verdade? Ou só...

- tudo. Cada palavra, é verdade que meu coração ainda bate por você... quando você apareceu na minha vida eu estava em um dos meus piores momentos, então você me iluminou, me salvou, e ainda me salva. Você virou minha outra metade e é você quem eu quero, eu quero você. Quero poder compartilhar tudo ao seu lado, ver você se tornar uma grande mulher, quem sabe ter uma família junto de você daqui alguns anos? Você conseguiu fazer com que eu me apaixonasse e amasse incondicionalmente pela primeira vez, eu olho pra você - segurei o rosto da mesma que já estava chorando - e vejo quanto tempo perdi por não ter te conhecido antes. Sei que não fui o seu primeiro amor, seu primeiro relacionamento, mas pretendo que - segurei a mão dela - eu seja o seu o último.

- e você vai - selou nossos lábios - quando a gente se conheceu eu pensei que aquilo não ia passar de um mal entendo sabe? Tipo, qual a probabilidade de esbarrar com o Homem Aranha em Londres e virar amiga dele? - rimos - aí você me chamou pra ir para a Premier junto com você, passou a ficar mais na minha casa do que na sua, e então... bum. Me vi apaixonada por você, e agora estou aqui fazendo uma quase declaração de amor pra você porque eu te amo Thomas Stanley Holland, eu te amo com cada célula do meu corpo e eu vou te amar até o meu último respirar.

- que lindo - Haz estava na porta - um casal se declarando, vou chorar.

- o que você... você não disse que ia esperar lá fora?

- é mas eu também queria ver ela, é minha amiga sabia? - se aproximou de s/n - como se sente futura Holland?

- bem - rimos - obrigada você também.

- não precisa agradecer, somos amigos, amigos fazem isso.

- você já é quase um irmão Haz - segurou nossas mãos - e vocês dois são a minha família. - deixei um beijo no topo de sua cabeça

- não roube melhor amigo - falei para ela e depois me virei para Haz - não roube minha quase namorada.

- relaxa - Haz disse e deu um tapinha em meu ombro

[...]

algumas horas depois

- então ela já pode ir pra casa? - perguntei ao médico que estava cuidando ela

- sim, só certifique-se de que ela está comendo. Caso ela não queria comer nada, faça-a comer - falou - pode ir lá chamar ela, vou por na ficha dela que dei alta - o médico disso e se direcionou para a recepção

Fui até o quarto para chamá-la e vi que a mesma havia adormecido. Me aproximei dela e acariciei seu rosto.

- amor - sussurrei - já podemos ir pra casa - ela abriu os olhos - o médico te deu alta.

- preciso pegar minhas roupas lá no apartamento, as que estão na sua casa já estão acabando - disse

- você desfez suas malas desde quando chegou? - negou - então é só eu pegar as malas e o resto das suas coisas que estiverem lá - franziu o rosto - não vou deixar você ficar naquele apartamento sozinha.

- mas Tom...

- sem mas, pode ficar lá em casa e cancelar o aluguel de lá - ajudei ela a descer da cama

- não tenho escolha não é mesmo? - neguei com a cabeça - não vou tentar discutir então.

Eu quero vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora