J.V_8

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Escrita com meu amor ThalyaVieyra

Victoria: o que quer? E como me achou?

Continua...

João da Cruz: Victoria- ele a olhou surpreso então era ela a mulher que Maria lhe falava, não podia ser, o destino havia colocado mãe e filha frente à frente mais Victoria estava tão cega na sua dor que não havia percebido e nem sentido a voz do sangue, assim ele pensou- você é Victoria Sandoval a grande rainha da moda que falam?

Ela ergueu o queixo mostrando orgulho de tudo que tinha conquistado e saiu de trás da sua mesa caminhou até ele e ficou diante do rosto incrédulo.

Victoria: achou que eu ainda fosse uma pobre coitada? Uma simples empregada doméstica?- sorriu com cinismo- pois não sou... sou toda uma mulher fina elegante e bem sucedida... mais me fale... se não veio aqui por que já sabia quem eu era... por que veio então?

João da Cruz: ser empregada não é vergonhoso, o que causa vergonha é a soberba e ela leva a gente a solidão- ele olhou para ela- vim aqui falar com você sobre Maria desamparada você deve de saber quem é essa moça.

Ela riu com cinismo.

Victoria: não preciso dos seus sermões padre... Maria desamparada é? A conhece? Deixa-me ver... ela é causadora do por que não usa mais a gola eclesiástica? A garota não perde tempo e eu não perderei o meu falando dela- ela se voltou bufando de raiva por que não lhe agradava a proximidade entre os dois?

João da Cruz: não fale assim você vai se arrepender no futuro- ele respirou fundo- ela é uma das causas sim por eu não está usando a gola eclesiástica mais não é o único motivo, mais não é sobre isso que vim falar e sim sobre a maneira fria que você trata Maria, porque não deixa a menina arrumar um trabalho? Se não a quer aqui pelo menos deveria deixa-la conseguir um emprego para poder se manter, eu conhece você mais doce e meiga.

Victoria: a garota doce e meiga morreu... morreu quando você saiu daquele quarto sem se despedir... morreu quando perdeu quem tanto amava... morreu quando aquela cobra que eu fiz surgir do nada e brilhar me traiu junto com a amiga dela... ela vai sofrer... vai me pagar cada lagrima que derramei... quer saber o que mais... se ela é motivo do seu abandono ao sacerdócio vai atrás dela... me deixa em paz... nada do que disser ou fizer me fará mudar de ideia.

João da Cruz: as lágrimas que você as fizer derramar doeram mais em você do que nela, escute o que estou dizendo Victoria, deixe Maria em paz ela não merece que você faça isso, ela não tem culpa por seu marido ter te traído, não cause tanta dor a essa moça por que um dia você vai se arrepender do que está fazendo e talvez seja tarde para ter o perdão dela.

Victoria se enfureceu mais ainda ao ver como ele a defendia com tantas ganas, com tanta vontade ele a amava... estava apaixonado por aquela infeliz.

Victoria: a ama não é...- não foi uma pergunta- me disse que se afastaria da igreja... por que vai fazer isso... não é para procurar a nossa filha e sim por que se apaixonou por aquela... eu não quero o perdão dela...- se virou prendendo as mãos com força- saia daqui e não volte jamais- ela pensou em como tudo poderia ter sido se ele tivesse tido essa coragem no passado.

João da Cruz: eu a amo sim mais não como pensa, eu pensei que mesmo com tudo o que sofreu você ainda tinha sentimentos ainda tinha um coração mais vejo que estava errado você está cavando seu próprio poço da solidão e do sofrimento e me entristece muito ver isso- suspirou com pesar sabia que quando toda a verdade vinhesse a tona ela se arrependeria amargamente pela maneira como tratou a filha- você está tão cega na dor e no ódio que não ver o que é tão óbvio aos olhos- ele disse e saiu sem esperar por resposta não adiantava nada discutir com ela não os levaria a lugar nenhum.

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