The Sex Club

Capítulo 53: Dois empresários:

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Citação do dia:

"Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz." - O Pequeno Príncipe – Antoine de Saint-Exupéry.

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Dia 275 – Sábado:

Noah-

Um dejavu quando para no exato lugar, que o vi pela primeira vez. Continua monopolizando a minha atenção e se destacando na multidão, como se ninguém mais fosse digno de uma olhada sequer. Ainda se veste como a noite, no rosto, a mesma máscara preta imponente. O jeito que dança, segue sendo meu ponto fraco. Um... de muitos.

A música termina e ele vem na minha direção, olhos azuis cravados em mim. Mesmo acostumado a ter sua atenção, minhas pernas vacilam. Às vezes é complicado agir com naturalidade diante de tanta beleza.

(Daddy) - Parece que estava procurando alguém.

Sorrio ao reconhecer a primeira frase que me disse.

(Demon) - Eu estava, agora já encontrei...

Empurro seu ombro com o meu.

(Daddy) - Então, como quer brincar hoje?

(Demon) - Com submisso ou submissa.

Arqueia as sobrancelhas, olha no relógio.

(Daddy) - 30 minutos no quarto de sempre.

(Demon) - Você precisa de 30 minutos pra achar um submisso?

(Daddy) - A casa é muito grande.

Encolhe os ombros como se fosse uma eternidade e sai. Não entendeu o motivo do meu espanto, achei pouco tempo para encontrar alguém disposto a isso.

Encosto no balcão com minha dose de vodca nas mãos. Passo meus olhos pelo local, tentando antecipar as loucuras que faremos. Depois de diversas confusões seguidas, nossa vida voltou à normalidade e voltamos a frequentar o Clube do Sexo. Sei que pode parecer estranho, tendo em vista, que estamos em um relacionamento sério, mas de alguma forma, esse lugar faz parte da nossa história e pelo menos por enquanto, tem melhorado alguns aspectos da relação.

Eu tive tabus e fui reprimido sexualmente durante muitos anos, devido a criação rígida que recebi. Desde que encontrei coragem para explorar os ambientes e experiências deste lugar, me conheci, me libertei, me superei. Percebi que não devia oprimir ou negar meus instintos primitivos. Não vale a pena abdicar dos desejos e muito menos, fugir de quem você é. Hoje, faço tudo o que for preciso pelo meu prazer e não me contenho, apesar das opiniões contrárias.

Posso assegurar que nada me falta dentro da relação a dois. Estou apaixonado pelo homem mais incrível que já conheci, temos uma conexão que só pode ser explicada se considerarmos a existência de vidas passadas. Ele me cuida, me faz feliz e me satisfaz. Estar aqui, querer essas aventuras, não tem a ver com o meu namoro ou com ninguém, isso é sobre mim, sobre, finalmente, não ter vergonha do que desejo. De que adiantaria sair e sentir falta das noites incríveis que tive e tenho? Por mais louco que pareça, meu lado sensual aflorou e sentiria falta de cada um dos disparates que o Daddy planeja. Esse universo de máscaras, chicotes e correntes me atraí de uma maneira inédita e arrisco pensar que, chegada a hora de parar, sou aquele que vai sentir mais saudades.