Capítulo 61: Os traumatizados:

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Citação do dia:

"Nada atrás de mim, tudo à minha frente, como acontece sempre na estrada" - On the Road – Jack Kerouac.

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Dia 314 - Quarta-feira:





Josh-





De volta a velha rotina e vida normal.

Passamos três dias incríveis na estação de esqui. Esquiando em todas as pistas, fazendo passeios românticos, tendo jantares a luz de velas, piqueniques com vistas maravilhosas e claro, transando na hora que desse vontade, ou seja, o tempo todo.

Meu namorado esquia muito bem e conseguimos nivelar as aventuras, por ter habilidades equivalentes.

Essa escapada, foi, exatamente, o que precisava para recarregar minhas baterias, após reviver tantos sentimentos no meu país de origem e casa de infância.

Depois de tanto tempo fugindo, finalmente, posso dizer que fiz as pazes com o meu passado. Agora, vou seguir em frente carregando um peso bem menor.

No trabalho, percebo que quando se está no comando, uma semana é o suficiente para acumular muitas decisões e afazeres. Os primeiros sete dias, foram completos pesadelos, espero que hoje a situação esteja mais amena.

Entro no batalhão, apressado como sempre, vou direto para a minha sala e começo a revisar a escala do mês, uma das tarefas de que menos gosto. O que não muda nada, tenho que fazer do mesmo jeito.

Batidas na porta, perco a concentração. Peço para entrar.

(Bailey) - Beauchamp, esse é tenente Miller, ele veio transferido do 32, lembra?

Procuro as informações na memória, encontro sem dificuldades.

O recém chegado entra na sala e me estende a mão. Aperto com firmeza.

(Josh) - Miller, seja bem-vindo, estamos felizes em ter você aqui no 21. Se instale, se informe sobre tudo, qualquer problema ou dúvida, minha porta está sempre aberta. O May também pode te ajudar no que for preciso.

(Miller) - Obrigado Capitão. Estou feliz por estar aqui. Não vou te incomodar sem necessidade porque imagino que deve ser muito ocupado.

Acho o tom um pouco estranho, talvez ríspido? Não sei direito.

(Josh) - Sim, sou ocupado, mas minha equipe é prioridade.

Dois sorrisos amarelos. Não foi a melhor primeira impressão.

Sigo trabalhando até a hora do almoço. Meu amigo se junta a mim para comer e revisar alguns informes novos.

(Bailey) - E aí, como foi voltar pro Canadá depois de 4 anos?

(Josh) - Foi bom, parece que encerrei uns assuntos inacabados.

(Bailey) - O Jaden tá melhor?

Penso um pouco nos desafios que meu irmão tem que enfrentar todos os dias.

(Josh) - Tá se cuidando, depressão não tem cura, é um trabalho diário e contínuo. Precisa continuar vendo o terapeuta e tomando os remédios. Além disso, tem a deficiência na perna que demanda cuidado com consultas e fisioterapia. Coitado do meu irmão, 16 anos e passando por tudo isso.

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